Dívidas durante gestão Doria com empresas de ônibus crescem R$ 81 mi, chegam a R$ 324 mi e total ultrapassa os R$ 240 mi em débitos deixados por Haddad
Publicado em: 15 de maio de 2017
Prefeitura ainda não conseguiu quitar débitos deixados por petista e endividamento cresceu. SPTrans esclarece que maior parte do débito foi herdada de Haddad e cita também “necessidade financeira da ordem de R$ 135 milhões para retornar os pagamentos ao prazo contratual original.”
ADAMO BAZANI
No momento em que empresários de ônibus e motoristas e cobradores negociam na campanha salarial, novamente entra em pauta o assunto sobre as dívidas da prefeitura para com as empresas de ônibus e o financiamento do sistema de transportes da capital paulista.
Segundo as planilhas da SPTrans São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema, às quais o Diário do Transporte teve acesso, a Prefeitura de São Paulo tem débitos R$ 324,19 milhões . O valor é referente aos repasses que deveriam ter sido realizados às companhias de ônibus, em especial, a respeito das interações e gratuidades.
Desta forma, de acordo com esses dados oficiais, a gestão Doria deve ao sistema de transportes, R$ 81,6 milhões a mais do que o prefeito anterior, Fernando Haddad, deixou como débito em dezembro do ano passado.
A decisão política do prefeito João Doria de congelar a tarifa em R$ 3,80 acaba pesando neste endividamento. Os custos das empresas para operar os transportes aumentaram, mas a tarifa continua nos mesmos patamares do início de 2016.
O congelamento foi uma promessa de campanha de João Doria e obrigou, inclusive, o Governo do Estado de São Paulo a congelar a tarifa básica do Metrô e dos trens da CPTM também em R$ 3,80 para que não houvesse descompasso entre os dois meios de transportes que são integrados pelo Bilhete Único.
No entanto, a Prefeitura diz que a maior parte desse endividamento se refere aos débitos deixados pela gestão Fernando Haddad, que estava em R$ 242,5 milhões. A gestão Doria diz que negocia com as empresas de ônibus.
Mas, pelas planilhas, a dívida continuou crescendo, o que significa dizer que ainda a gestão não conseguiu estancar a sangria do sistema.
Mesmo que a prefeitura consiga pagar todos esses débitos, a situação dos transportes coletivos em São Paulo ainda não terá uma solução. Isso porque, parte dessas dívidas é referente à forma insuficiente e ultrapassada de custeio do sistema.
Uma das esperanças para amenizar o problema está na licitação dos transportes, cujo edital deve ser lançado ainda neste mês, de acordo com promessa da secretaria de Transportes e Mobilidade. Entre os objetivos está reformular o sistema e a rede de linhas para reduzir custos operacionais.
O prefeito João Doria também afirmou que pretende, ao longo de sua gestão, revisar algumas gratuidades, como o limite das cotas para estudantes e os benefícios para idosos entre 60 e 64 anos.
O atual quadro influencia nas negociações e pressões durante a atual campanha salarial dos funcionários dos transportes.
As empresas de ônibus dizem que não têm como conceder os reajustes pleiteados devido à situação do sistema.
Apesar de não concordar com o aumento oferecido de 3% em duas parcelas nos salários e ameaçar paralisação de todos os terminais da cidade entre as 14h e 17h desta terça-feira, o Sindmotoristas admite que a atual situação do sistema prejudica os ganhos das empresas e dos trabalhadores.
SPTRANS DIZ QUE GESTÃO ENCONTROU SOLUÇÕES PARA DÍVIDAS DE HADDAD
Em nota, a SPTrans São Paulo Transporte, diz que a maior parte dos débitos se refere a dívida antiga, herança da gestão anterior e que, no dia 10 de maio, esta dívida alcançou R$ 302 milhões.
Ainda na nota, a gerenciadora dos transportes diz que a prefeitura equacionou e encontrou soluções para arcar com esses compromissos financeiros que não foram quitados por Haddad.
Confira na íntegra
Em resposta à reportagem veiculada nesta segunda-feira, 15 de maio, sob o título “Dívidas da gestão Doria com empresas de ônibus chegam a R$ 324 milhões e ultrapassam Haddad”, a Secretaria de Mobilidade e Transportes, por meio da SPTrans, esclarece:
Ao assumir a Prefeitura, a atual gestão encontrou uma dívida, herança do governo anterior, de R$ 242 milhões da SPTrans com as operadoras, além de uma necessidade financeira da ordem de R$ 135 milhões para retornar os pagamentos ao prazo contratual original.
Em 10 de maio, essa dívida, herdada, alcançou o valor de R$ 302 milhões. Essa dívida foi consolidada naquela data e, administrativamente, mediante concordância das operadoras, já foi programada para ser liquidada entre fevereiro e novembro de 2018.
Portanto, é incorreto dizer que “a dívida da gestão Doria com empresas de ônibus ultrapassa Haddad”, tendo em vista que a dívida foi originada na gestão anterior e, a maior parte dela, foi justamente herdada da administração Haddad.
Ao contrário do que o título sugere, a atual administração, em pouco mais de quatro meses à frente da Prefeitura, equacionou e encontrou soluções para arcar com compromissos financeiros não quitados pela gestão anterior com as operadoras do sistema de transporte coletivo municipal até dezembro de 2016.
NOTA SITE: Diante das explicações, o título foi ajustado
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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“A decisão política do prefeito João Doria de congelar a tarifa em R$ 3,80 acaba pesando neste endividamento (…) O congelamento foi uma promessa de campanha de João Doria e obrigou, inclusive, o Governo do Estado de São Paulo a congelar a tarifa básica do Metrô e dos trens da CPTM também.”
Esta informação procede? Até onde eu sei, tanto a prefeitura quanto o governo tentaram aumentar a tarifa, só foram impedidos pela justiça.
O Dória tinha prometido na campanha o congelamento da tarifa, mas logo quando assumiu, mudou de ideia.
Você está se confundindo.
A informação procede sim.
É assim: Governo e Prefeitura quiseram aumentar (e conseguiram decisão favorável – ler matérias anteriores) as tarifas INTEGRADAS. A BÁSICA de R$ 3,80, queriam SIM manter congeladas
Perfeito, obrigado pelo esclarecimento.
Mas ele não é político, é apenas um ¨ jestor ¨. Não se administra apenas com ações de marketing.
Concordo com a argumentação que havia uma divida da gestão anterior. Mais essa divida ja se soma a mais R$ 81 mi dessa nova gestão. Se houvesse equilíbrio nas contas a divida não haveria aumentado.
Logo logo essa divida vai chegar a 1 bilhão…..agora imagine qts cidades do pais tem dividas como essa aumentando a divida publica…que quem pagará é o povo com mais impostos e degradaçao economica do pais…..acho que esta na hora de começar tomar medidas para reduzir a divida como aumento da vida util dos veiculos de 10 a 15 anos, remoçao de pontos de wifi dos onibus, colocar onibus articulado onde precisa, pois existe linhas que vivem vazias e tem articulados, investir maos em onibus com motores dianteiros pois sao mais baratos…………essas medidas reduziram os custos do transporte abaixando a divida…..não adianta ter onibus traseiro, com wifi se a divida esta só aumentando…quem pagara a conta???? Depois que a divida for paga ai se investe em onibus traseiro com wifi…nao adianta a unica soluçao é essa….
Tudo isto não passa de uma estratégia com o propósito de retirar os COBRADORES de seu posto de trabalho! Este ano será muito difícil para o usuário do transporte público, por conta da grande chantagem que irão fazer contra a categoria na hora de decidir sobre o Dissídio Coletivo (reajuste salarial), que tem como data base 1º de Maio. Será um mes muito difícil pra todos nós, até que tudo se resolva!
Amigos, boa noite.
PREVISÍVELLLLLLLLLLLLLLLLLL
Tudo como dantes no quartel de Abrantes.
# CIDADE LINDA FEDIDA”
Sr Jestor, de uma voltinha pela cidade, mas a pé.
Trajeto:
Casper Líbero, Florêncio de Abreu 25 deMmarço, Rua Jorge Azem Rua Direita, Praça do Patriarca, Rua Sao Bento, 15 de Novembro, Largo General Osório Rua do Triunfo, Praça Julio Prestes e arredores num raio de 3 Km.
Quero que me mostre a Cidade Linda.
Agora dinheiro para quebrar muro tem né.
Compre cândida e sabão e limpe nossa cidade.
Se não souber o trajeto eu me ofereço de guia, afinal eu conheço a cidade e os seus problemas, pelo menso por onde eu circulo.
# CIDADE LINDA E FEDIDA
Att,
Paulo Gil