Uso de cinto de segurança em ônibus pode aumentar em até sete vezes a chances de sobrevivência num acidente
Publicado em: 17 de janeiro de 2017
No entanto, hábito de utilizar o dispositivo ainda é pequeno: só 2% dos passageiros
ADAMO BAZANI
Os ônibus rodoviários são obrigados a ter o cinto de segurança em cada poltrona para os passageiros desde 1999. A obrigatoriedade vale em todo o país e serve para ônibus de linhas regulares e de fretamento que circulam dentro de uma mesma cidade, que ligam cidades diferentes e também em rotas entre estados e até para outros países.
No entanto, ainda poucas pessoas utilizam o dispositivo. O resultado pode ser expressado em números alarmantes: são 15 mil ferimentos e duas mil mortes por ano nas estradas.
De acordo com a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, apenas 2% de todos os passageiros têm o hábito de afivelar o cinto logo quando entra nos veículos rodoviários.
A Agepan – Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul, em campanha que tem a participação da Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal, ANTT, concessionária CCR MSVia e do Observatório Nacional de Segurança Viária divulgou um estudo que mostra que o uso do cinto de segurança nos ônibus rodoviários pode aumentar em sete vezes a chances de sobrevivência em acidentes.
A proteção, entretanto, é parcial. Isso porque, os cintos de segurança nos ônibus são apenas abdominais, ou seja, evitam que o passageiro seja lançado da poltrona. Há uma discussão que foi postergada por pressão de fabricantes de ônibus e viações que mostra que o ideal seria nas poltronas dos rodoviários, o cinto de três pontos, como dos carros de passeio.
Um projeto de lei neste sentido foi arquivado em 2015 pela Câmara dos Deputados. A alegação é que o cinto de três pontos necessita de uma fixação na estrutura dos veículos, o que não seria possível no caso das poltronas do corredor e também porque nem todas as poltronas do lado das janelas estão alinhadas às colunas.
Independentemente da discussão, o fato é que o cinto é essencial e os passageiros devem começar a ter este hábito.
As empresas de ônibus também devem informar por meio do motorista ou outro funcionário sobre a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança logo no início de cada viagem e nos pontos de embarque, mas na prática nem sempre isso acontece.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Del Rey Transportes escolhe Optibus para maior eficiência em suas operações de transporte público
Com medidas proativas, Praxio prepara clientes para entrega da DIRF 2025
Ola, por que varias empresas de onibus estao adotando esse tipo de padrao visual, predominante a cor branca, uma faixa em baixo e outra nos vidro laterais. lembrando que teve inicio com o grupo Princesa a qual pertence as Breda, Cruz, Itamaraty, Manoel Rodrigues, Piracicabana e Uniao. E agora surge mais empresas?