Uso de cinto de segurança em ônibus pode aumentar em até sete vezes a chances de sobrevivência num acidente

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Ônibus rodoviário. Uso deve ser incentivado pelas empresas

No entanto, hábito de utilizar o dispositivo ainda é pequeno: só 2% dos passageiros

ADAMO BAZANI

Os ônibus rodoviários são obrigados a ter o cinto de segurança em cada poltrona para os passageiros desde 1999. A obrigatoriedade vale em todo o país e serve para ônibus de linhas regulares e de fretamento que circulam dentro de uma mesma cidade, que ligam cidades diferentes e também em rotas entre estados e até para outros países.

No entanto, ainda poucas pessoas utilizam o dispositivo. O resultado pode ser expressado em números alarmantes: são 15 mil ferimentos e duas mil mortes por ano nas estradas.

De acordo com a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, apenas 2% de todos os passageiros têm o hábito de afivelar o cinto logo quando entra nos veículos rodoviários.

A Agepan – Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos do Mato Grosso do Sul, em campanha que tem a participação da Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal, ANTT, concessionária CCR MSVia e do Observatório Nacional de Segurança Viária divulgou um estudo que mostra que o uso do cinto de segurança nos ônibus rodoviários pode aumentar em sete vezes a chances de sobrevivência em acidentes.

A proteção, entretanto, é parcial. Isso porque, os cintos de segurança nos ônibus são apenas abdominais, ou seja, evitam que o passageiro seja lançado da poltrona. Há uma discussão que foi postergada por pressão de fabricantes de ônibus e viações que mostra que o ideal seria nas poltronas dos rodoviários, o cinto de três pontos, como dos carros de passeio.

Um projeto de lei neste sentido foi arquivado em 2015 pela Câmara dos Deputados. A alegação é que o cinto de três pontos necessita de uma fixação na estrutura dos veículos, o que não seria possível no caso das poltronas do corredor e também porque nem todas as poltronas do lado das janelas estão alinhadas às colunas.

Independentemente da discussão, o fato é que o cinto é essencial e os passageiros devem começar a ter este hábito.

As empresas de ônibus também devem informar por meio do motorista ou outro funcionário sobre a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança logo no início de cada viagem e nos pontos de embarque, mas na prática nem sempre isso acontece.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Luiz Carlos Direnzi disse:

    Ola, por que varias empresas de onibus estao adotando esse tipo de padrao visual, predominante a cor branca, uma faixa em baixo e outra nos vidro laterais. lembrando que teve inicio com o grupo Princesa a qual pertence as Breda, Cruz, Itamaraty, Manoel Rodrigues, Piracicabana e Uniao. E agora surge mais empresas?

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