Empresas de transportes dizem que vão suspender Bilhete Único Intermunicipal do Rio de Janeiro nesta segunda-feira

Com isso, por tempo indeterminado, não haverá desconto tarifário entre os meios de transportes da região metropolitana

ADAMO BAZANI

A Fetranspor, associação que reúne as empresas de ônibus do Rio de Janeiro, divulgou nota no início da noite desta sexta-feira, 2 de dezembro de 2016, em que informa que a partir desta segunda-feira, 5 de dezembro, os descontos de integração entre diferentes modais pelo Bilhete Único Intermunicipal do Rio de Janeiro não serão mais concedidos. Na nota, a Fetranspor também cita o comunicado como sendo de responsabilidade da CCR Barcas, SuperVia e Metrô Rio.

Ainda de acordo com a mesma nota, a suspensão é prevista em lei e ocorre por causa de atrasos nos depósitos dos valores dos subsídios por parte do governo do Estado do Rio de Janeiro.

Depois de sucessivas postergações no pagamento integral dos repasses dos subsídios pelo Governo do Estado do Rio, as concessionárias de transporte público informam que, a partir da zero hora de segunda-feira, dia 5 de dezembro, os usuários beneficiados pelo Bilhete Único Intermunicipal (BUI) não terão mais acesso ao desconto tarifário ao embarcarem em barcas, metrô, ônibus, trens e vans legalizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.  

 A suspensão está prevista na Lei estadual nº 5.628/2009, cujo artigo 21 determina que, na hipótese de o Estado não depositar o valor do subsídio, ficam os concessionários e permissionários do serviço desobrigados a efetuar a tarifa integrada para os passageiros que utilizam o Bilhete Único Intermunicipal. 

Destacamos que as empresas de transporte atenderam a todas as solicitações do Governo do Estado para a extensão dos prazos de validade do benefício aos usuários, no aguardo de uma solução, o que acabou não ocorrendo. Sem o repasse regular dos subsídios, torna-se inviável a manutenção do BUI.

 É importante lembrar que todos os cartões de transporte continuarão a ser aceitos normalmente, mas sem os descontos previstos na regra tarifária do BUI. Tão logo o repasse do subsídio seja normalizado pelo Governo do Estado, os valores da integração serão retomados.

Até o final da tarde desta sexta-feira, a dívida do governo do Estado para as operadoras de trens, metrô, barcas, ônibus e donos de vans legalizadas chegava a R$ 6 milhões. O dinheiro não estava sendo repassado porque as contas do governo estão bloqueadas judicialmente.

Os subsídios são para manter o valor de R$ 7,50 com possibilidade de dois embarques entre os diferentes modais. São cinco milhões de passageiros que contam com os descontos.

O governo do estado ainda não se pronunciou sobre o comunicado das operadoras de transportes

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. João Luis Garcia disse:

    Parabéns pela atitude, as concessionárias e permissionárias não são instituições de caridade.
    Aqui em SP algo também deveria ser feito por parte das empresas, pois a Pref Mun atrasa o repasse as mesmas e quem paga a conta, ou melhor não pagam as contas são as empresas.

  2. Luiz Felipe disse:

    O valor de 7,50 seria integração? Entre quais modais?

    1. Isso. Entre dois dos descritos no texto

  3. luis disse:

    Realmente ñ são intituições de caridade! Linge disso são instituições que mantém um pessimo serviço a população, com transportes velhos sujos e sempre lotados!

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