Viação Piracicabana tem primeira semana de operação em Blumenau tumultuada
Publicado em: 6 de fevereiro de 2016
Empresa e prefeitura dizem que situação será normalizada. Lotação, ônibus mal conservados e problemas de bilhetagem marcaram o começo do contrato emergencial
ADAMO BAZANI
Com agências de notícias
A prefeitura de Blumenau e Viação Piracicabana garantem que os transtornos que ocorreram nesta primeira semana de contrato emergencial nos transportes da cidade fazem parte de um processo de transição. E pode ser mesmo, no entanto, passageiros que dependem do sistema em Blumenau Santa Catarina enfrentaram diversas dificuldades para se locomoverem.
O contrato emergencial foi assinado em razão do descredenciamento das empresas de ônibus Nossa Senhora da Glória, Coletivo Rodovel e Viação Verde Vale que formavam o Consórcio Siga. De acordo com a prefeitura, estas três empresas de ônibus descumpriram cláusulas contratuais, desobedecendo tabelas de horários, itinerários e circulando com veículos acima da idade máxima permitida. Atrasos nos salários dos funcionários motivaram greves que prejudicaram os serviços aos passageiros.
Estas empresas de ônibus contestam a rescisão contratual na Justiça e dizem que a remuneração que a prefeitura repassava pelos serviços era insuficiente. Algumas tiveram dificuldades em financiar ônibus mais novos.
Uma nova licitação vai ser realizada em até 180 dias. Para que o poder público tenha tempo de organizar a concorrência, criou um contrato emergencial que foi assinado com Viação Piracicabana.
Os problemas em Blumenau começaram já em relação à quantidade da frota. De acordo com o contrato emergencial, a Piracicabana deveria começar com 190 veículos na segunda feira para, no final do mês de fevereiro, ampliar para 240 ônibus. Mas as operações começaram com apenas 80 ônibus e até esta sexta-feira, 150 estavam em circulação.
O resultado desta defasagem de frota foi superlotação nos veículos, terminais e paradas. Não bastasse o número de ônibus ser insuficiente, bem abaixo do previsto pelo contrato emergencial, muitos veículos quebravam constantemente. Estes ônibus são usados de outras regiões onde atua o Grupo Comporte, de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas, dono da Piracicabana, começaram a apresentar problemas mecânicos. Sujeira e até mau cheiro dentro dos ônibus eram outras reclamações dos passageiros.
A bilhetagem eletrônica também foi o outro problema em relação ao início da operação da Piracicabana. Os ônibus operaram com catraca livre de segunda a quinta feira. A passagem de R$ 3,65 só começou a ser cobrada na sexta-feira, no entanto, os passageiros relatam que em alguns validadores eram cobradas as passagens dos ônibus executivos, no valor de R$ 4,50.
A falta de informação também prejudicou os passageiros que não sabiam ao certo os horários e os itinerários. Os letreiros de muitos ônibus não funcionavam, ampliando as dificuldades.
RESPOSTAS:
A Viação Piracicabana garante que os problemas serão resolvidos, no entanto, admite que a operação não saiu como planejado pela companhia de ônibus.
Em relação à quantidade de veículos, a empresa diz que nos próximos dias mais ônibus irão para o transporte de Blumenau. Também atribuiu a oferta restrita de transportes ao fato de as empresas que operavam na cidade terem demorado para fazer as rescisões trabalhistas, impedindo que os funcionários fossem atuar na Piracicabana.
Sobre a falta de informação, disse que juntamente com técnicos da prefeitura, funcionários da companhia de ônibus atual informam os passageiros sobre horários, itinerários e alterações.
A respeito da conservação e limpeza dos ônibus, a Piracicabana informou que possui uma equipe de 48 mecânicos e que vai realizar neste feriado de Carnaval, quando as tabelas preveem menos viagens, uma Força Tarefa para atuar no conserto dos veículos.
Em relação à bilhetagem eletrônica, informou que o Consórcio Siga, que reúne as empresas descredenciadas, demorou para passar as informações necessárias para o funcionamento do sistema, tanto é que os dados foram obtidos por meio de intervenção.
A empresa também diz que vai ressarcir os passageiros que pagaram tarifa de R$ 4,50 e também atribui o erro às dificuldades que teve de conseguir os códigos da Bilhetagem Eletrônica com a Nossa Senhora da Glória, Rodovel e Verde Vale, no Consórcio Siga.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Com Diario Catarinense, G1, RBS
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Coitado destes usuários, vão sofrer para caramba com esta empresa, este grupo pertence ao Constantino é péssimo administrador e só ganha alguma coisa ofertando pixuleco, quem foi o felizardo desta vez???
Respeito mas não vejo dessa forma, pelo menos onde moro Araraquara, a empresa cruz de transportes do mesmo grupo atua com uma qualidade bem acima da média, veículos muito bem cuidados,atendimento de primeira qualidade, muito bom mesmo.
Boa tarde!
Bom, era de se esperar. Afinal, quando se contrata uma empresa emergencialmente como foi com a Piracicabana, não dá pra se esperar que tudo seja repleto de flores! Qualquer empresa, se fosse no lugar da Piracicabana, iria usar ônibus mais velhos da frota. Claro, “por que usar ônibus novos se não temos garantia de que iremos continuar na cidade?”. O objetivo no momento é lucrar, e isso está ocorrendo; ou acham que terem cobrado R$4,50 em algumas tarifas foi mera coincidência?
Os serviços da Piracicabana não são aquela maravilha. É assim na baixada santista, é assim em São Roque, e será assim em Blumenau.
ESSES ONIBUS DA EXPRESSO MARINGA QUE ESTAVAM EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS JA ESTAVAM RUINS ,E FORAM ENVIADO A BLUMENAU NA VIAGEM 4 ONIBUS QUEBRARAM NO CAMINHO, E AQUI FORAM SUBSTITUIDOS POR ONIBUS 0km PELO MENOS UNS 15 QUE CHEGOU PARA SUPRIR ESSES ONIBUS QUE FORAM EMBORA PARA BLUMENAU
O grupo no geral tem condições de ter frota boa e bom estado mais isso acontece quando e exigida por parte da prefeitura