Neobus acumula dívidas de R$ 200 milhões que serão assumidas pela Marcopolo

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Ônibus da Neobus. Marcopolo deve assumir dívidas de R$ 200 milhões

Notícia de que a Marcopolo vai assumir o controle acionário da Neobus elevaram ações em bolsa de valores

ADAMO BAZANI

A Neobus, encarroçadora de ônibus que começou as operações integrais do setor em 2000, possui um passivo em torno de R$ 200 milhões. Os débitos devem ser assumidos pela Marcopolo que divulgou nesta quarta-feira a carta de intenções pela qual anuncia que deve passar a ter o controle acionário da Neobus quando adquirir 55% do capital total e votante da L & M Incorporador, atual controladora da San Marino Ônibus – Neobus.

A Marcopolo já detém 45% da L & M e o negócio já era esperado pelo mercado.

A maior parte dos débitos da Neobus, no entanto, se refere à instalação da unidade em Três Rios, no Rio de Janeiro, inaugurada em 27 de março de 2014, que produz ônibus urbanos.

A negociação ainda depende do aval de autoridades de defesa da concorrência, mas já é dada como certa.

A notícia ao mercado fez com que as ações da Marcopolo na Bolsa de Valores de São Paulo disparassem, fechando na quarta-feira em alta de 8,12%

A Marcopolo anunciou que a marca Neobus deve continuar independente, mas que a negociação deve resultar em melhor aproveitamento de estruturas e redução de custos.

Hoje a Marcopolo detém em torno de 40% do mercado brasileiro de carrocerias de ônibus e a Neobus responde por 12%.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Maurício disse:

    Oligopólio descarado. Como o CADE é um órgão figurativo, vai deixar a coisa passar.

  2. ricardo sobral disse:

    Acho que a Mascarello e a Comil deveriam se juntar novamente para fazer frente ao gigante Marcopolo, senão serão engolidas por ele…..

  3. William de Jesus disse:

    Boa noite!

    Puts, agora é a Neobus?! Danou-se!

  4. Pedro disse:

    Empresa brasileira funciona assim empresa pobre, funcionarios palperimos e os patroes milionários, e quando falem o dono continua milionário, diferente das empresas alemãs, que os donos invetem nas empresas como sendo o seu maior patrimonio, ficando assim, empresa rica, trabalhador muito bem remunerados e o dono tendo o melhor patrimonio que existe que são empresas.solidas.

  5. Marcelo disse:

    A Marcopolo não dá ponto sem nó, pois a Comil, Caio e Mascarello não são páreos para ela, mais a Neobus principalmente com o lançamento do N10, representava um concorrente a altura para o G7. Aí aproveitando das dívidas da mesma foi lá e abocanhou mais uma.

    1. Zé Tros disse:

      Nem tanto Marcelo. Enquanto a Marcopolo vendeu 1619 carrocerias rodoviárias de janeiro a setembro, a Neobus vendeu apenas 373 carrocerias.

  6. Maurício disse:

    A Marcopolo evidentemente está cometendo abuso de poder econômico, com evidente afronta à Lei da Concorrência, já que agora passará a ter mais de 50% do mercado. Pior para o usuário e para as empresas de ônibus, que acabam optando pelos frágeis e horrorosos ônibus dessa empresa. Não sei até quando teremos de engolir o G7 nas estradas. É um pesadelo estético e um ode à falta de criatividade de design.

    1. Zé Tros disse:

      Até concordo com a primeira parte do seu comentário. Realmente, ela passa a deter uma grande fatia do mercado, o que faz com que tenha um maior poder de barganha ocasionando uma concorrência desleal no mercado.

      Sobre ser frágil, houveram muitas reclamações com relação aos primeiros modelos, mas, atualmente não está diferente de Comil e Mascarello, por exemplo. A que se destaca mesmo nesse quesito é a Irizar.

      Sobre ser feio, isso é muito subjetivo. E está bem longe de ser um “pesadelo estético”. Eu considero os modelos G7 muito bonito, mais precisamente a versão 1200. Diferente da Comil que não se firma num design mudando suas carrocerias constantemente. Tomara que agora com o Invictus, ela crie uma identidade para seus modelos.

      Até quando teremos que engolir os G7 nas estradas?. Até que os empresários optem pelos modelos concorrentes ou até que a Marcopolo lance o G8. Enquanto eles comprarem G7, teremos que engolí-los pelas estradas.

      1. Maurício disse:

        Realmente “gosto é gosto”. O G7 é a epítome da mesmice e da falta de criatividade. Os faróis “puxadinhos”, como se fossem de um carro esportivo não fazem sentido algum. E ainda temos a ditadura que é a falta de janelas para os passageiros, deixando a lateral reta e sem graça. Tudo é fechado, deixando o passageiro refém da manutenção do ar condicionado, que nunca é feito. A impressão que se tem é que os G7 foram desenhados por algum estagiário da empresa. Usam a fórmula batida e esgotada desse modelo de travesti de ônibus. A Marcopolo sempre foi uma empresa de segunda linha, à época da Ciferal e depois da CMA. Agora reina porque a lógica de mercado é preço e não qualidade, durabilidade e eficiência. O que melhorou foram os chassis e a motorização e não as carrocerias. E se não fosse a tecnologia dos motores/chassis de hoje, esses trambolhos pedados capotariam na primeira curva.

      2. Zé Tros disse:

        A linha G7 foi lançada em 2009 e quando foi lançado estava muito a frente de seus concorrentes em design. Saiu do “quadradismo” para formas mais arredondadas e fluídas.

        A fórmula deu certo, tanto que foi seguida por outras encarroçadoras. Os faróis puxados, fazem parte do design moderno. Diferente dos modelos redondos simples usados antigamente.

        Quanto às janelas, há opção de janelas que se abrem como antigamente e tbm vidros inteiriços colados, geralmente usadas com ar condicionado, que tem sido a escolha das empresas para viagens longas. Isso não é excuisividade da Marcopolo, mas, de todas as encarroçadoras brasileiras.

        Recentemente a Irizar lançou na Europa o modelo i8, seguindo a tendência dos faróis puxados e janelas com vidros colados.

        A Marcopolo nunca foi empresa de segunda linha, muito pelo contrário. Sempre disputou a preferência das empresas com a Ciferal, NIelson, Busscar e Comil, no segmento rodoviário e urbano. A CMA sim, era uma empresa exclusiva da Cometa, assim como a Tecnobus era da Itapemirim.

        Outro equívoco é com relação ao peso. Atualmente tanto o modelo G7 como seus concorrentes são feitos de materiais leves, de fácil manutenção, exatamente para diminuir o peso do veículo e com isso baixar o consumo de diesel e carregar mais carga sem infringir a Lei da Balança.

  7. Ksilva disse:

    Gigante Marcopolo!! meu pai faz parte dessa empresa há 25 anos!! ele tem muito orgulho de trabalhar nesta empresa!

  8. A MARCOPOLO É MUITO BEM ADMINISTRADA.AS OUTRAS SAO DEFICITARIAS OU IRRESPONSAVEIS,PORISSO A MARCOPOLO É UMA VITORIOSA,SE EXISTE ABUSO DE PODER ECONOMICO É POR FALTA DE RESPONSABILIDADE DOS CONCORRENTES…..

  9. Rodrigo disse:

    Como o G7 é leve, se é feito quase que inteiramente de aço ? Internamente até podem se esforçar para torná-lo mais leve, pois usam basicamente plástico (de qualidade duvidosa). Um CMA pesava 16 ton e um Paradiso LD 1600 chega a pesar 29 toneladas. A performance de um Marcopolo não chega aos pés de um CMA, mesmo com com um motor antigo, qualquer motorista sabe disso.

    1. Zé Tros disse:

      Se vc comparar um modelo G7 com um modelo G6, o G7 é mais leve pq é feito de materiais mais leves.

      Comparar um CMA baixo com um Paradiso 1600 LD de mais de 4 metros de altura é um erro. Por ser mais alto, é natural que o LD ou o DD seja mais pesado.

      Quanto ao peso, não pode um chassi pesar no máximo 6 ton e a carroceria pesar 16 ou 29 ton.

      Com relação à performance, a comparação é relativa, pq depende muito da potência do chassi que está sob uma carroceria marcopolo.

      1. Rodrigo disse:

        Não dá prá comparar o desempenho de um CMA (carroçaria de duralumínio e piso mais baixo) com um G7, O Flecha Azul é superior em todos os aspectos ( estabilidade, espaço e tempo de frenagem, relação torque/potência/peso e durabilidade). Imagino o que seria desses Marcopolo se não fosse a tecnologia dos novos chassis. Será que capotaria em uma curva mais fechada ? Essas carroçarias de hoje demonstram que nem tudo que é “moderno” é melhor.

  10. Alessandro Wills. disse:

    Qualidade em ônibus só a buscar tinha…

  11. Michell disse:

    Além da Marcopolo Comprar a Neobus (ex-Thamco) a Mascarello Se Prepara Para Comprar a Comil

  12. Claudio disse:

    Vi um Cometa com a pintura vintage e lembrei dos Flecha Azul Automatico. Que maravilha de onibus, eu era rapaz novo e adora viajar curtindo o motor Scania e Cambio Automatico. Passava pelos outros onibus como um Cometa ! O unico progresso que tivemos, foi a instalacao de Ar Condicoionado, o resto, so perfumaria

    1. Maurício disse:

      Engano seu. O Flecha Azul teve 8 versões, com mudanças estruturais que eram invisíveis externamente. G7 não tem nada de moderno. Aquele farol ao estilo de carro que é perfumaria. Porque carroçaria da CMA, em duralumínio, além de mais resistentes e duráveis, só apresenta vantagens em relação a esses mastodontes pesados e ineficientes que vemos hoje nas estradas. Quem investe em modernização são os fabricantes de chassis. A Marcopolo parou no tempo.

  13. Rodrigo disse:

    O que faz um carro ser moderno não é sua aparência, mas sua performance. Quesitos como economia, estabilidade, custo de operação, durabilidade. Não é um farol “esportivo” que faz isso. Por isso concordo que o CMA Flecha Azul seja mais “moderno” que os G7.

  14. Michell disse:

    Tudo Que é Neobus (ex-Thamco) Vai Pertencer a Marcopolo

  15. Sinceramente os rodoviários da Comil são mais bonitos que os da Marcopolo. Um DD da Comil é mais lindo que o DD da Marcopolo.

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