Santo André corrige Vale-Transporte para R$ 4,50.

ônibus

Ônibus em Santo André. Vale-Transporte para empregadores passou a custar R$ 4,50, com novo ajuste. Custo não foi transferido para os passageiros. Foto: Adamo Bazani

Valor é pago pelos empregadores. Para os passageiros, custo continua sendo de R$ 3,50

Subsídios municipais serão reduzidos em R$ 500 mil por causa de alteração

ADAMO BAZANI

Com informações Janete Ogawa – Rádio ABC

Desde o dia 18 de julho de 2015, as empresas que possuem funcionários em Santo André, no ABC Paulista, estão pagando R$ 4,50 pelo deslocamento dos trabalhadores. No entanto, os passageiros continuam pagando R$ 3,50 nas catracas.

É que a prefeitura alterou o decreto sobre o Bilhete Único Andreense para corrigir os valores.

De acordo com o prefeito Carlos Grana, em entrevista à Rádio ABC, é uma forma de ajustar as contas do sistema após a implantação da integração tarifária.

“Antes cada empresa pagava R$ 7,00 (duas tarifas de R$ 3,50) quando funcionários usavam mais de um ônibus. Agora, são R$ 4,50” – explicou o prefeito.

Com a mudança, os subsídios municipais para integração por Vale-Transporte caem R$ 500 mil por mês. Após a implantação do Bilhete Único era de R$ 1 milhão e 350 mil. Agora, ficará em torno de R$ 850 mil mensais.

Essa diferença a mais para as empresas empregadoras, segundo Carlos Grana, volta a ser subsidiada pelo Governo Federal através do  abatimento do Imposto de Renda para a pessoa jurídica.

Pelo Bilhete Único Andreense, o passageiro pode usar três ônibus de diferentes linhas num mesmo sentido de viagem por uma hora e meia, pagando uma tarifa, que é de R$ 3,50.

Além do Vale Transporte, há as modalidades Especial, Melhor Idade, Escolar e Comum.

Os terminais de ônibus em Santo André, com exceção do Vila Luzita, não permitem integração gratuita física, ou seja, não é possível sair de um ônibus para o outro sem pagar tarifa, mesmo dentro do terminal. A integração só é possível pelo cartão eletrônico. Assim, quem paga em dinheiro não conta com desconto na tarifa.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. mobilidade.sa disse:

    Olha a conta da gratuidade dos estudantes chegando. Em um sistema puramente exploratório, não existe nada de graça. Quem vai pagar essa conta agora são as empresas, que vão abater do IR e repassar a seus custos e no fim quem paga mesmo é o contribuinte.

  2. Luizinho disse:

    É simples, basta a empresa substituir o “Vale-Transporte” pelo “Auxílio-Transporte” e então dão aos empregados um valor mensal correspondente a R$ 7,00 por dia podendo ser em dinheiro ou crédito em conta e aí a pessoa recarrega o bilhete normal e continua pagando R$ 3,50 – VT é benefício e não uma obrigação (claro que esse benefício é o mínimo que podem fazer, afinal, nenhum trabalhador quer “pagar” para trabalhar não é) as empresas possivelmente poderiam fazer isso.

    1. Paulo Gil disse:

      Luizinho, boa noite.

      Grande ideia, quebrou o sistema.

      Além das empresas gerarem empregos e ter alta tributação ainda vem mais essa.

      Empresário no Brasil é um herói.

      Abçs,

      Paulo Gil

      1. A lei 11.311/2006 não permite que o Vale – Transporte seja pago em dinheiro ao trabalhador, com algumas exceções.
        O VT é uma obrigação do empregador desde 1987 e foi criado em 1985

        Para isso, seria necessário mudar o dispositivo legal.
        A seguir:

        http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/vt_pecunia.htm

  3. É dar vale transporte em dinheiro é proibido, por que só em Santo André o Vale Transporte é mais caro do que o valor da catraca, as empresas de porte não sente com o valor do vale transporte, mais as pequenas empresas inscrita no simples nacional isto encarece muito e não tem incentivo principalmente as prestadores de serviços cuja a mão de obra é como se fosse matéria prima. o PREFEITO DE SANTO ANDRE precisa rever esta posição..

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