História

Esplanada ABC – Rio e a arte de João de Deus Cardoso

pinturas de ônibus antigos

Ônibus da Esplanada ABC-Rio. Pintura com rosto de uma mulher da altura do veículo marcou época. Empresa da família Bataglia, tradicional investidora do ABC, incomodou gigantes do setor e fez a linha por pouco tempo

Esplanada ABC-Rio: Arte sobre rodas.
Antes de padronizações, seja por exigências de órgãos reguladores ou pela concentração de mercado nas mãos de poucos empresários, companhias de ônibus ostentavam verdadeiras obras de arte que cruzavam ruas, avenidas e estradas
ADAMO BAZANI – CBN
Material de Pesquisa: Ônibus Antigos Brasileiros
Os mais antigos devem se lembrar desta época. Cada empresa de ônibus era controlada por uma família, geralmente muito ligada à comunidade onde vivia. As companhias de transporte de passageiros, sejam urbanas ou rodoviárias, tinham nomenclatura, “cara” e cores próprias.
As empresas de ônibus, com suas pinturas únicas, antes tinham os desenhos inicialmente feitos pelos proprietários, presentes em todos os processos do negócio, por funcionários ou mesmo parentes.
Mas já nos anos de 1970 se destacam profissionais que atuavam na elaboração dos desenhos e cores aplicados nos ônibus.
Talvez a grande diferença dos profissionais daquela época e dos grandes escritórios de mídia de hoje, é que eles tinham conhecimento dos conceitos teóricos, mas acima de tudo ouviam os empreendedores de transportes e se esforçavam para resumir a filosofia das empresas nas latarias dos ônibus.
Um destes profissionais apaixonados por arte e transportes era João de Deus Cardoso.
Foram vários os trabalhos de destaque de João de Deus para empresas como Viação São Geraldo, Viação Itapemirim, Caruearense, Real Recife, Borborema, Dedo de Deus, Cidade do Aço, Viação São Camilo (Santo André) e Viação Esplanada (ABC Paulista) – tanto urbana como rodoviária.

pinturas de ônibus antigos

O arquiteto e professor da USP, João de Deus Cardoso, pode ser considerado um artista que sabia expressar a identidade das empresas de ônibus, dos locais onde operavam, e compatibilizava todas estas informações visuais aos modelos dos veículos. Os trabalhos foram para diversas empresas.

É de autoria de João de Deus, uma das mais marcantes pinturas de ônibus interestadual: da Esplanada ABC – Rio, que ostentava a imagem de um rosto feminino praticamente da mesma altura do ônibus.
O site “Ônibus Antigos Brasileiros” (http://onibusantigosbrasileiros.blogspot.com.br/), com a contribuição do colecionador Eduardo Monteiro, de São Paulo, trouxe um importante registro da atuação de João de Deus Cardoso.
É uma entrevista publicada pela revista Transporte Moderno, edição de janeiro/fevereiro de 1976, que fala sobre os trabalhos de João de Deus, com destaque para a pintura da Esplanada ABC-Rio. O título da matéria não poderia ser mais criativo: “E João de Deus criou a mulher”.
Diz a matéria da revista, que o sonho de ousar e modificar, presente em João de Deus, só foi possível de ser materializado porque um empresário do setor acreditou em seu trabalho. Era José Roberto Bataglia, em 1976 (ano da publicação), com 35 anos de idade, e frotista da região do ABC.
A família Bataglia, que foi uma das mais tradicionais do ABC Paulista e que tinha grande atuação até a entrada do Grupo dos Mineiros (Constantino de Oliveira, Ronan Maria Pinto e Baltazar José de Sousa) nos anos de 1980, já havia contado com outros trabalhos de João de Deus Cardoso, que era arquiteto e professor da FAU-USP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – Universidade de São Paulo.
Fazer uma linha rodoviária entre o ABC Paulista e o Rio de Janeiro era um sonho da família Bataglia.
A solicitação para a linha foi feita em 1970 e só depois de cinco anos, em novembro de 1975, é que a Esplanada colocaria seus ônibus Marcopolo III para circular.

Esplanada ABC

Ônibus da Esplanada em frente ao Paço Municipal de Santo André, em 1975. Empresa circulou por poucos meses. Incomodou muita gente, trouxe inovações e marcou parte da história dos transportes na região

Diz a matéria, que a empresa foi constituída em duas etapas. Primeiro passou pela criação de uma identidade e depois houve a organização administrativa, inspirada nesta identidade.
Mas aí que surgiu o desafio. Inicialmente a ideia era demonstrar o caráter industrial do ABC Paulista, a principal característica da região, que em 1976 tinha cerca de um milhão de habitantes.
No entanto, a ideia poderia exaltar demais a máquina. Afinal, o ônibus já era uma.
Exaltar as belezas da natureza do Rio de Janeiro, o destino dos ônibus de Bataglia, seria “clichê demais”.
O Rio de Janeiro, desde esta época, já era conhecido, porém, por outra beleza: a da mulher.
No entanto, este destaque teria de ser equilibrado, sem ser vulgar, mas ao mesmo tempo atraente. E na entrevista ele mostrava já a importância do transporte rodoviário como agente de desenvolvimento ligando diferentes centros, mas também como serviço essencial para o bem estar das pessoas.
“O que se pretende não é vincular a imagem do ônibus com o Rio, mas levar o habitante do ABC a se desvincular do esquema do negócio, da poluição, preparando-o para o lazer” – disse João de Deus. – Em 1976, a poluição, o trânsito e a vida agitada do ABC Paulista já eram preocupações, que a história do artista João de Deus e a Esplanada já revelavam.
João de Deus, ao exaltar a mulher não quis reforçar um estereótipo. Por isso, fugiu de um “padrão de mulher brasileira”. Na verdade, a mulher dos ônibus da Esplanada era bonita simplesmente por ser mulher e o formato esvoaçante de seu cabelo avermelhado denotava outra realidade: o desenvolvimento urbano sobre a natureza.
O desenho do cabelo, segundo ele, “sub-repticialmente representa as linhas orgânicas de ondas, de montanhas, justamente os valores da paisagem que vão sendo esmagados pela fúria do crescimento da grande cidade, que é o Rio”.

João de Deus Cardoso

Íntegra da reportagem da revista Transporte Moderno, de janeiro/fevereiro de 1976, com um pouco da história da inovação da Esplanada ABC Rio e da pintura, que procurou exaltar a beleza feminina, sem estereótipos, e já mostrava que além de importância econômica, os ônibus rodoviários também fazem uma relevante prestação de serviço para o bem estar das pessoas.

A pintura da Esplanada ABC-Rio recebeu elogio de boa parte de profissionais da imprensa, do setor de design e de passageiros.
Mas como nada é unanimidade, houve os que criticaram e acharam a ideia e o tamanho do rosto da mulher um exagero. Também recebeu críticas pelo fato de o adesivo que compunha a pintura ocupar parte das janelas “prejudicando a visão dos passageiros a partir de algumas poltronas”.
Um dos segredos de João de Deus sempre foi compatibilizar a pintura ao modelo do ônibus.
Os jurados do concurso de pinturas da Revista Transporte Mundial acharam que as linhas e o desenho da Esplanada ABC-Rio se encaixavam perfeitamente ao modelo quadrado e moderno para a época do Marcopolo III, lançado no Salão do Automóvel de 1974.

Marcopolo III

Pintura foi considerada tão bonita e inovada para a época que serviu e propaganda para a encarroçadora Marcopolo. De acordo com profissionais da época, desenho elaborado por João de Deus combinava com as linhas do modelo de ônibus, lançado em 1974

Outros trabalhos considerados de destaque de autoria de João de Deus foram as pinturas da Viação Itapemirim e da Real Recife, em 1968, que rompiam os padrões de “pinturas tipo asa” e apresentavam faixas largas que subiam pelo teto dos ônibus. Dava a impressão de velocidade e grandiosidade do veículo, mas sem agressividade.
Com este design ele marcou tendência, já que este tipo de pintura foi muito imitado, diz a revista.

Esplanada Rio ABC

A inovadora pintura de João de Deus Cardoso também foi aplicada nos carros de apoio da empresa. Esplanada operou pouco por pressão de grandes empresas, mas não deixou de marcar época

Os avanços dos conceitos de atendimento aos passageiros, os ônibus modernos e inclusive a inovação do design da Esplanada ABC – Rio incomodaram as três empresas que faziam na época a linha Rio – São Paulo: Viação Cometa, Expresso Brasileiro Viação Ltda e Única Auto Ônibus. As “gigantes” do setor perdiam passageiros para a “dama de vermelho” do ABC.
Elas entraram judicialmente contra a Esplanada ABC – Rio alegando que a concorrência travada pela empresa do ABC não era leal, prejudicava os negócios das companhias já constituídas e sobrepunha boa parte dos itinerários.
Onze meses depois do início das operações na linha ABC – Rio, a Esplanada parava de operar a linha.

PARTE DA HISTÓRIA DA ESPLANADA URBANA DE SANTO ANDRÉ VOCÊ CONFERE EM:

Viação Esplanada, uma gloriosa que não teve o fim que merecia

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Material de Pesquisa: Ônibus Antigos Brasileiros

Comentários

Comentários

  1. Luiz disse:

    Aonde foram parar aqueles dias?

    1. orlando silva disse:

      Luiz, as coisas boas, só ficam na saudade. Morrem cedo e, á partir daqueles tempos até hoje, não encontramos mais empresários como JRB, que sabia de corpo, alma e coração sobre nossas necessidades em nossa região (tome o mal exemplo do Baltazar, que incorporou a Esplanada com a S. Camilo). Isso dói !

  2. MARIO CUSTÓDIO disse:

    Boa tarde ADAMO

    Lembrando que a Viação SENHOR DO BONFIM, de Recife – PE, também teve a figura da mesma moça na lateral dos seus ônibus. A pintura dos ônibus era vermelho e branco.

    Voltando ao caso das pinturas, continuo na minha opinião: para ajudar os passageiros e melhorar a mobilidade do sistema como um todo, inclusive ajudando na rapidez das linhas, cada empresa deveria ter sua própria identidade visual, mesmo que em consórcios, pois cada consórcio é um agrupamento de empresas.

    Ademais, nesta reportagem somos remetidos a um saudoso link, que trata da história da ESPLANADA.

    Meus comentários:

    a versão urbana da ESPLANADA saía primeiramente da R Luís Silva, entre a R Hortências e Av Andrade Neves, na linha VL HELENA – PQ D PEDRO II. Antes dos zebrinhas, trabalhava com Caios Bela Vista. Posteriormente passou a fazer a rota JD ESTÁDIO – PQ D PEDRO II, uma linha inesquecível. Foi sucessora da Auto Viação ANDREENSE. As cores da época, antes do verde, branco e preto, eram azul e branco e depois azul, branco e vermelho, sempre em listras, não havia estilização. Lembrando ainda que a ANDREENSE fazia a linha S ANDRE – PQ D PEDRO II via VL PRUDENTE, antes de iniciar sua jornada rumo à VILA HELENA, e depois como ESPLANADA, para o JARDIM DO ESTÁDIO. Os carros que a ANDREENSE usava eram os Asirmas e os Nimbus, de saudosa memória também.

    No outro link há uma citação da R CARIJÓS como rua tronco da ESPLANADA. Lamento informar que não. As ruas tronco da ANDREENSE e da ESPLANADA sempre foram a AV ANDRADE NEVES e a R HORTÊNCIAS. A Rua Carijós era a tronco das linhas VL LINDA – VL ALPINA e VL LINDA – S ANDRÉ, ambas operadas pela saudosa Auto Viação VILA ALPINA, depois Viação ALPINA, bem como da linha VL LINDA – PQ D PEDRO II (já mais recente), operada pela Viação S CAMILO, na pintura marrom e azul marinho. Os primeiros carros a operarem nessa linha foram os Caios Bela Vista.

    A R CARIJÓS, na época citada pela reportagem, ia com seu paralelepípedo, depois asfalto, até a esquina com a AV BRASÍLIA. Tudo acabava ali. Dali pra frente avistava-se uma estrada de terra, que depois se transformava em caminho. Quem seguisse por ali atingia o final do Jardim do Estádio atual, na confluência da Carijós com a Av. Adriático. Foi muito tempo depois que os ônibus do JD ESTÁDIO passaram a fazer ponto final nesse local e igualmente muito tempo depois é que a Carijós foi asfaltada e finalmente ligou a VL LINDA ao JD ESTÁDIO, ao SÍTIO DOS VIANAS e à VL LUZITA, além de um ramo para S BERNARDO DO CAMPO.

    Nada tira o brilho das reportagens do ADAMO. Mais uma vez, PARABÉNS!

    Abraços,

    MARIO CUSTÓDIO

    1. orlando silva disse:

      Realmente, Mario, acrescento mais: quando eu tinha 6 anos de idade, morando na URUCÂNIA, eu e meu vizinho Jeremias costumávamos fazer protótipos destas maravilhas com lata de óleo SOBERBO. Ficavamos encantado quando um dos ônibus desviava da Hortencias entrando por nossa Rua.
      E, na minha memória lembro: Viação Vila Alpina que ia do Jd Estadio à Vila Alice, enquanto a Esplanada tinha dois modelos de chassis (só sei do modelo dos volantes, o que mais achava legal era do volante de centro fundo e não do raso). Fiz amizade com motoristas. Nessa época o JRB tinha garagem na Rua do Salto (V.Alzira), já com o zebrinha, mudado do bairro Casa Branca. Lá na garagem eu consegui 100 calendários dos novos ônibus do ano de 1973, que ainda tenho de lembrança.
      O que mais me chamou a atenção é que toda a frota, já com ponto final na Av. Áurea, junto com o Vila Alpina, tinha em todos os Ônibus rádios. Nesse ano em diante comecei a andar sozinho aos 12 anos para ir à SP ver minha mãe.
      Nas idas de sábados eu saia ás 14:20hs de Vila Linda chegando ao P.D.Pedro II recém reformada e subia para a Sé para pegar os Bela Vistas da CMTC (419A-Aclimação, em frente à catedral),descendo na Machado de Assis, na Aclimação.
      Outro detalhe: eu sentava sempre no banco de 3 encostado na parede bem próximo d motorista, olhando o caminho e me imaginado dirigindo. No rádio, felizmente, tocava: DOMINGO FELIZ, DE ANGELO MAXIMO. Depois de 50 anos prestei muito atenção na letra da musica e isso me faz chorar até hoje. O quanto fiquei em minha infância sem os cuidados dela, pois era empregada.
      Por fim devo dizer que os maiores empresários, que tanto se preocupavam com conforto e segurança de seus passageiros, estes são esquecidos, enquanto os mais interesseiros em lucrar sem olhar o ser humano, brotam da noite pro dia e ficam. Tenho muito orgulho do José Roberto pela sua preocupação, sua obstinação pela qualidade do transporte.
      (Haviam 2 linhas uma até o Industrial e outra para o Parque Dom Pedro)..até o dia que Baltazar…. deixa quieto.
      Abraços,
      ORLANDO SILVA..(voltando para santo André)

      1. MARIO CUSTÓDIO disse:

        Boa tarde Sr. ORLANDO SILVA

        Interessante seu comentário. Eu também adorava ir na frente vendo o itinerário dos ônibus e me imaginando ser motorista. Noto na citação que a ESPLANADA fazia uma linha JARDIM DO ESTÁDIO – VILA INDUSTRIAL e minha memória me remete a isso mesmo. Certamente eram horários parciais da linha tronco JARDIM DO ESTÁDIO – PARQUE DOM PEDRO II. Finalmente, o Sr. cita calendários de 1973. Não tive conhecimento desses calendários, porém certamente devem ter sido um sucesso à época. Espero que tenha guardado pelo menos um, para registro histórico.

        Abraços,

        MARIO CUSTÓDIO

  3. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa tarde.

    Adamo excelente materia, inclusive pela divulgacao do blog do onibus antigo brasileiro.

    Este e o tipo de materia salutar.

    O impressionante e como o novo incomoda os conservadores.

    Como e dificil inovar.

    Att,

    Paulo Gil
    “Buzao e Emocao e a Paixao”

  4. Luiz Fernando Z. Fogli disse:

    Ádamo, gostaria de informar que a pintura da frota da Trans-Bus, nas cores verde, amarelo e branco, também foram criadas pelo João de Deus, e adotadas em 1977.

    Grande abraço,

    Luiz Fernando Z. Fogli

    1. MARIO CUSTÓDIO disse:

      Boa tarde Sr. LUIZ FOGLI

      Parabéns à TRANS-BUS que soube aproveitar a qualidade técnica do Sr. JOÃO DE DEUS e imprimir uma marca no seu design que foi muito importante na identificação pelos passageiros do ônibus da TRANS-BUS que chegaria ao ponto. Pena que os sistemas padronizados de hoje só prejudicam os passageiros, que demoram mais para enxergar seu ônibus, os empresários, que gastam mais com combustível, freios e pneus e o sistema, que demora mais para ser percorrido. Certamente se cada empresa voltasse a ter sua própria identidade visual, mesmo estando em consórcios, a mobilidade urbana seria muito mais rápida e o visual urbano das cidades seria mais vivo.

      Abraços,

      MARIO CUSTÓDIO

  5. Eduardo Monteiro disse:

    Fico muito feliz em ver esses arquivos que guardo há 40 anos serem disponibilizados na Internet.
    Temos de compartilhar informações, pessoal!
    Abraços.
    EDUARDO MONTEIRO

  6. MARIO CUSTÓDIO disse:

    Bom dia EDUARDO MONTEIRO:

    PARABÉNS POR TER GUARDADO COLEÇÕES IMPORTANTES DA MEMÓRIA DO TRANSPORTE.

    Quanto aos ônibus e suas pinturas, reitero o que escrevi em 27-02-2015 neste Blog: é uma pena que os sistemas padronizados de hoje só prejudicam os passageiros, que demoram mais para enxergar seu ônibus, os empresários, que gastam mais com combustível, freios e pneus e o sistema, que demora mais para ser percorrido. Certamente se cada empresa voltasse a ter sua própria identidade visual, mesmo estando em consórcios, a mobilidade urbana seria muito mais rápida e o visual urbano das cidades seria mais vivo.

    Acrescentando: os designers de pinturas de ônibus teriam mais empregos, pois usariam sua genial criatividade para formar as pinturas das empresas de ônibus, que são várias, ao invés de formar apenas a pintura estatal, aquela ditada pelo poder público, socializando a pintura, como se os empresários e seus designers não tivessem boas ideias. Insisto em dizer que não só o passageiro perde, pois demora mais para enxergar o ônibus de “sua” empresa ao longe, mas também o empresário e a própria cidade perde.

    O que seria dos postos de combustível, dos Bancos, dos supermercados, se o governo central determinasse que todos deveriam ter um padrão visual só, padronizado ao gosto do poder público? É o que fazem com os ônibus.

    Quem sabe um dia alguém acorda e determina que as frotas dos ônibus tenham suas pinturas padronizadas por empresa e não por consórcio ou sistema. Aliás, como é feito com as empresas de turismo e fretamento, onde cada qual tem seu próprio desenho e cor. E não deixa de ser um transporte público, porém por viagem certa e determinada.

    Saudações,

    MARIO CUSTÓDIO

  7. José Gusmao disse:

    Alguém pode confirmar se a pintura da extinta Pensatur também foi de autoria do joão de Deus. Achei este texto ao pesquisar pela internet ” no final dos anos 70 foi feita uma nova pintura p/Itapemirim e Pensatur pelo João de Deus Cardoso,que é esta da foto,em 80 a frota da Pensatur era basicamente O355 e O362 e já usava as famosas placas CZ,posteriormente a mirim acabou com a Pensatur e incorporou a frota a empresa,na série 3xxx. “

  8. Kleber Lima disse:

    alguem pode postar a foto de algum onibus da senhor do bonfim de recife-pe que tinha a mesma pintura nas decadas de 70/80?, por favor uma foto que dê pra ver o onibus inteiro

    1. MARIO CUSTÓDIO disse:

      Olá SR KLEBER
      Revendo e-mails antigos, deparei-me com sua solicitação de 29-09-2015, sobre a postagem no Blog de algum ônibus da Viação SENHOR DO BONFIM de Recife, com o rosto de uma moça estampado, igual ao da Viação ESPLANADA que correu na linha SÃO BERNARDO DO CAMPO – RIO DE JANEIRO. Tempos atrás enviei ao Blog foto de minha autoria que tirei nos idos dos Anos 80 com a lateral de um carro daquela empresa. Veja no Blog que lá estará em “Notícia/A Moça de Recife”. Sei que tirei outra foto, do carro de frente, porém não consigo encontrar em meus arquivos, já que tanto tempo se passou e na época nem de longe imaginava que teríamos Internet e fotos digitais.
      Espero ter contribuído para o resgate da memória do transporte por ônibus.
      Saudações,
      MARIO CUSTÓDIO

  9. Patricia disse:

    a familia Bataglia agradece pela bela reportagem, parceiros como Joao de Deus e Marcopolo, e principalmente pelo carinho dos passageiros pois sempre prezamos pela qualidade de atendimento.
    Obrigada!!

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