VIAÇÃO ESTRELA DE MAUÁ DEMITE TODOS OS FUNCIONÁRIOS MAS AINDA QUER OPERAR

Estrela de Mauá

Ônibus da Viação Estrela de Mauá parados na garagem. Demissão de empregados também é considerada estratégia comercial da empresa.

Viação Estrela de Mauá manda funcionários embora, mas não desiste de operar na cidade
Sindicato diz que vai fiscalizar pagamento de dívidas trabalhistas
ADAMO BAZANI – CBN
A Viação Estrela de Mauá, que disputa o lote 02 de operações no município de Mauá, na Grande São Paulo, demitiu ontem todos os 130 funcionários que estavam registrados na empresa. A maior parte é da área operacional: motoristas, cobradores e fiscais. A diretoria e funcionários da área administrativa continuam.
A companhia perdeu várias ações na justiça contra a Leblon Transporte Passageiros, que presta serviços no lote 02 desde 2010, quando foi considerada pela Prefeitura de Mauá, em contrato assinado, vencedora da licitação.
O fato de a empresa ter demitido os funcionários não significa que ela desistiu da disputa jurídica e ainda pretende operar na cidade.
“A empresa deve continuar com os ônibus na garagem, que vai continuar montada e pronta. Se caso tiver uma mudança na Justiça, ela deve contratar novamente, dando preferência aos funcionários demitidos” – disse Erivan Vicente de Moura, diretor de patrimônio e coordenador da sub-sede de Mauá do Sintetra, que é o Sindicato dos Rodoviários do ABC.
“A Estrela de Mauá já tem ações trabalhistas contra ela e estava com pagamentos atrasados de vales e salários. Agora o sindicato vai fiscalizar se a Estrela vai cumprir o que prometeu em assembléia ontem e pague todos os direitos dos trabalhadores” – disse Erivan.
A Viação Estrela de Mauá foi criada em 2006 pelo empresário Baltazar José de Sousa para participar de licitações. Baltazar é procurado pela Polícia e é foragido por ser um dos maiores devedores individuais da União em todo o País, de acordo com o Ministério Público Federal. Ele monopolizou os transportes em Mauá por cerca de 30 anos.
Os editais para a licitação de 2008 foram retirados por funcionários dele na época, como Anicesar Antônio de Santana e Vicente de Paula Carvalho.
Até o dia 20 de maio de 2008, Anicesar e Vicente eram funcionários das antigas empresas de Baltazar: Viação Barão de Mauá (hoje Viação Cidade de Mauá) e Viação Januária.
No dia seguinte, eles já eram funcionários da Viação Estrela de Mauá e da TransMauá, outra empresa criada por Baltazar para participar da licitação e que também move ações contra a empresa Leblon.
Como o edital municipal e a lei nacional de licitação proíbem que empresas do mesmo grupo concorram num mesmo certame, a estratégia de Baltazar foi transferir a TransMauá e a Estrela de Mauá para outros nomes.
Em 2008 a Estrela de Mauá foi para o nome de Anísio Bueno e Anísio Bueno Júnior.
No dia 11 de julho de 2012, assumiu a empresa David Barioni Neto, sem experiência em transporte urbano, e que teria comprado a companhia de ônibus na época sem frota e sem contrato.
Dois dias depois, em 13 de julho, a Prefeitura desabilitou a Leblon, classificou a Estrela de Mauá e Transmauá e assinou um contrato com a Estrela dizendo seguir decisão do STJ – Superior Tribunal de Justiça.
O STJ negou que tinha dado esta decisão e a Justiça Paulista cancelou o contrato com a Estrela de Mauá.
No final do ano, o então prefeito Oswaldo Dias (PT) e o secretário de mobilidade urbana, Renato Moreira dos Santos, assinaram um contrato administrativamente, aproveitando as férias do judiciário, e a Viação Estrela de Mauá operou por 13 dias junto com a Leblon no lote 02.
Terminado o recesso, a Justiça mandou a Prefeitura, já sob o comando de Donisete Braga (PT) e a Secretaria de Mobilidade Urbana de Mauá, comandada por Paulo Eugênio Pereira, recolherem os ônibus da Estrela de Mauá.
Tanto Donisete Braga, Paulo Eugênio como David Barioni Neto desobedeceram a ordem da Justiça e os ônibus tiveram de ser recolhidos com a atuação da Polícia Militar.
O caso ainda segue na Justiça. A entrada da Estrela é considerada por profissionais do setor como uma manobra para a retomada do monopólio do chamado Grupo dos Empresários Mineiros.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. André disse:

    a Mauá Star não quer dar o braço a torcer de jeito nenhum!!!

  2. Josue Marcio Lopes disse:

    Pura estrategia. Ou compram a Leblon e nao tem funcionario a mais ou participam de uma nova licitacao sem divida trabalhista pendente.
    E mais barato mandar embora os funcionarios da Estrela que da Leblon.
    Funcionarios da Estrela: vcs foram usados pelo Barione e o Ronan.
    Mas nao precisa ser genio para saber que isso e um golpe com colaboracao do Doniste Braga, um cara que tem muita acao, tem muita participacao.
    LA VEM O GOLPE

  3. BRINQUEDOS DA ESTRELA disse:

    O cara ai em cima disse TUDO…

    Cade os defensores da Estrela???????

    Ah e. A Estrela nao defendeu voces.

    Voces foram usados como brinquedos… Brinquedos Estrela.

    Torco pelo futuro de voces mas que isso sirva de licao para voces nao arrumarem briga em nome de empresa nenhuma.

    Voces brigaram, xingaram o escritor e agora…… Os donos da Estrela levaram isso em consideracao.

    Sorte e fica a licao

  4. Numero disse:

    Eu era funcionario da Estrela. Me senti um numero. Culpa num e a Leblon. Foi voceis mesmo da diretoria que foram incompetenti

  5. Wesley Souza disse:

    Os funcionários deviam fazer igual aos da Cidade Verde com os ônibus, ai eu queria ver ela operar haha

  6. Marcos disse:

    O lobista fugitivo lula , que fez do planalto um balcão de negócio e o avião presidencial em motel , deixou seu legado , agora em Mauá eu ainda temo pela tal estrela, que é a mesma barão , voltar ajudada pelos ptralhas , não me esqueço o que o tal osvaldo fez no final de ano e o tal donizete também já mostrou de que lado ele está , eu estou acordado , já percebi a sacanagem , os intervalos da barão é menor que os intervalos da Leblon , pura estratégia , porque quando vai para o Centro os passageiros pagam e rodam a catraca , ficando assim mais dinheiro , e na volta o pgto. é feito no terminal , onde a prefeitura diz que o tal lote um tem mais linha por isso recebe mais , porém quem carrega mais passageiro pra voltar é a Leblon , tirem suas dúvidas aqui no Miranda , para cada um Leblon , sentido Centro , passa dois Cruzeiro , e o tal radial que foi inventado , o pt não presta e gosta muito de bajular empresário.

  7. Com isso, que paga é a População e os Bicos. Triste.

  8. CALIXTO disse:

    meu filho , o negócio é o seguinte: QUEM TEM , TEM, os caras da estrela estão rindo atoa, seis meses, sem trabalhar e ainda vão receber , até eu queria , essa moeda , rsrsrs

  9. denise saravy disse:

    tao rindo a toa pq todos eram pai e mae de família q ficaram com mts dividas por atraso de pagamentos agr foram roubados na cara grande com toda força,sem do .

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