Greve de ônibus no Rio de Janeiro continua

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Garagens de ônibus cheias e vias sem serviços de transportes. Frota em circulação não chega a 20%. Ônibus que saíram foram depredados. Foto: Imagem Globocop

Greve de ônibus no Rio de Janeiro continua
Motoristas e cobradores decidiram pela manutenção do movimento que afeta ao menos 1,5 milhão de pessoas e impede 3,2 milhões de viagens
ADAMO BAZANI – CBN
Motoristas e cobradores de ônibus da cidade do Rio de Janeiro decidiram há pouco, em assembléia na tarde desta sexta-feira continuar com a greve que afeta ao menos 1,5 milhão de pessoas e impede a realização de 3,2 milhões de viagens das cerca de 4 milhões previstas.
Durante a assembleia, houve tumulto pelo fato de os manifestantes tentarem impedir a circulação do poucos ônibus municipais em funcionamento. Os ônibus de outras cidades operam sem restrições.
A frota em operação não chega a 20% dos 9 mil ônibus que pertencem ao sistema municipal do Rio de Janeiro.
O Rio Ônibus e o poder público devem entrar na Justiça contra a greve. A paralisação não cumpre o percentual de 30% de frota mínima previsto em lei. Além disso, contrariando também a lei, o movimento grevista foi realizado em menos de 72 horas antes da definição da greve (e não do estado de greve), que ocorreu na noite desta quinta-feira, dia 28 de fevereiro de 2013.
A repressão sobre motoristas e cobradores é grande. Ao menos 60 ônibus da Expresso Pégaso e da Viação Jabour, alimentadores do BRT TranOeste, foram depredados. Motoristas da Santa Maria também foram hostilizados.
O trânsito está acima do normal nas principais vias da cidade do Rio de Janeiro. A demanda do sistema metroferroviário é ao menos 20% maior agora, o que faz o Metrô Rio e a SuperVia adotarem esquema especial, inclusive com o controle do fluxo dos passageiros.
O sindicato pede aos trabalhadores:
– Aumento de 15% nos salários
– Redução da Jornada de Trabalho para 6 horas por dia
– Pagamento das horas extras em dinheiro e não em banco de horas
– Melhorias nas condições dos pontos finais
– Fim da dupla função, pela qual o motorista dirige e cobra ao mesmo tempo
– Plano de Saúde gratuito para o funcionário e mais três dependentes
– Aumento no valor da cesta básica.
O Rio Ônibus, que é o sindicato que reúne as empresas, ofereceu;
– 8% de aumento salarial para toda a categoria
– 40% de aumento salarial para os motoristas de micro ou midi ônibus, que dirigem e cobram ao mesmo tempo.
– Salário 20% maior para os motoristas com carteira nacional de habilitação categoria E que dirigem ônibus articulados.
– Aumento de 20% no valor da cesta básica.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Eric Moises disse:

    O que foi feito no Rio de Janeiro foi uma tremenda sacanagem, que faz com que o sindicato e funcionários percam o respeito, mesmo nas reivindiações justas. Colocar 20% da frota é pior que nada, serve só para vermos aquela cena deprimente no jornal de aglomeração na porta do ônibus e estes saindo com gente dependurada. E o vandalismo e depedração não se justificam de forma alguma. Eu costumo ser bastante favorável a greves e reivindicações, mas da maneira como foi feito, não se justifica.

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