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Licitação em São Paulo: menos linhas para o centro e novo monitoramento

Secretário de Transportes, Jilmar Tatto, explica as propostas para licitação dos serviços de ônibus em São Paulo.

Nova licitação de São Paulo prevê menos linhas até o centro e sistema renovado de monitoramento de frota
Jilmar Tatto diz que um dos objetivos do novo modelo é evitar sobreposições de linhas em corredores
ADAMO BAZANI – CBN
Além da implantação do Bilhete Único Mensal, pelo qual o passageiro por R$ 140,00 pode usar quantos ônibus forem necessários num mês, e da construção de 150 corredores exclusivos para ônibus, outro desafio do prefeito Fernando Haddad para a mobilidade urbana na Capital Paulista é a licitação do sistema municipal de transportes.
O sistema conta com cerca de 15 mil ônibus e só no ano passado, transportou 2 bilhões 915 milhões 095 mil e 482 usuários em 1331 linhas, das quais, 849 por regime de concessão e 482 de permissão.
A SPTrans – São Paulo Transportes, gerenciadora do sistema, e a Secretaria Municipal de Transportes realizaram na manhã desta sexta-feira, dia -1 de fevereiro de 2013, uma audiência pública para discutir a licitação do sistema.
Um dos objetivos anunciados pelo secretário de transportes, Jilmar Tatto, é racionalizar o sistema e diminuir a quantidade de linhas na região central de São Paulo, mas sem “reduzir a oferta para o passageiro”.
Entre as metas estão:
– Redução de sobreposições de linhas nos corredores estruturais de transportes.
– Redução no número de linhas que vão para o centro da cidade.
– Criação de linhas perimetrais, que ligam bairros e regiões, sem necessidade de passar pelo centro de São Paulo.
A infraestrutura básica do sistema não será modificada. Essa era a preocupação fundamental dos maiores empresários de ônibus que controlam boa parte das linhas em São Paulo, como José Ruas Vaz e Belarmino de Ascenção Marta.
A divisão de lotes deve continuar a mesma, mas as linhas perimetrais devem exigir alguma readequação operacional de parte destes lotes.
O secretário também afirmou que com a redução das sobreposições, a velocidade operacional dos corredores deve aumentar.
Hoje, no Expresso Tiradentes, antigo Fura Fila, a velocidade pode chegar a 25 km/h, mas na maior parte dos outros corredores, os ônibus têm um desempenho bem menor, em alguns casos não ultrapassando de 12 km/h.

Novo sistema de monitoramento e menos linhas para o centro de São Paulo são alguns dos pontos apresentados pela Prefeitura de São Paulo.

TECNOLOGIA:
Os transportes em São Paulo também devem contar com um novo sistema de monitoramento para controle da frota e das operações em tempo real.
Além de possibilitar uma melhor fiscalização, o sistema deve contribuir para que o passageiro tenha mais acesso às informações sobre os serviços, como localização mais precisa dos ônibus e a previsão mais correta de quando o ônibus deve passar pelo ponto.
Em relação a frota, as características vão continuar mistas: com minionibus, micro-ônibus, micrões (midionibus), ônibus convencional básico, ônibus padrão, articulado e ônibus biarticulado.
Todos, independentemente do porte, terão de apresentar equipamentos de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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