Corredor Rebouças perde passageiro mas continua importante

corredor Rebouças

Demanda no corredor de ônibus Campo Limpo / Rebouças / Centro diminui em 71 mil passageiros a demanda depois da extensão do horário da Linha 4 Amarela do Metrô, que é paralela a boa parte do metro. No entanto, considerar que o corredor virou uma estrutura ociosa é ter julgamento precipitado. Ele é considerado fundamental para trajetos onde o metrô não atende e pequenos deslocamentos e a demanda atendida ainda é grande. São 328 mil passageiros por dia útil neste mês de março contra 399 mil no ano passado. Foto: Jonne Roriz, Agência Estado.

Metrô tira passageiros do Corredor da Rebouças
No entanto, equipamento não perdeu a importância e ainda transporta milhares de passageiros
ADAMO BAZANI – CBN

O funcionamento integral da linha 4 Amarela do Metrô teria provocado a queda de 71 mil passageiros por dia no Corredor de Ônibus Campo Limpo / Rebouças / Centro.
Parte do corredor de ônibus faz o mesmo trajeto da linha metroferroviária.
A justificativa é a migração de parte dos passageiros dos ônibus em busca da maior velocidade do metrô.
No entanto, a manutenção do corredor de ônibus, que passa por reformas, é considerada essencial pelos ônibus atenderem a trechos onde não há circulação do metrô e demandas pontuais em trajetos menores.
O corredor de ônibus é visto como um equipamento que pode evitar a piora do quadro de superlotação do metrô, além de atender quem precisa passar pelos bairros sem necessariamente chegar ao centro.
Diante da queda da demanda, no entanto, especialistas defendem a redução do número de ônibus em circulação pelo corredor.
Isso deixaria o trânsito nas vias exclusivas mais rápido, com menos veículos de transportes coletivos.
Mas os especialistas dizem que a redução do número de ônibus contrariaria os interesses das empresas que também recebem subsídios por partidas realizadas.
A SPTrans nega e afirma que o número atual de partidas é necessário, mesmo com a queda na demanda.
A velocidade média dos ônibus do corredor caiu de 17,8 km/h em setembro do ano passado quando foi inaugurada a operação integral do Metrô, para 14 km/h neste mês de março.
A explicação, no entanto, reside no fato de o corredor estar passando por obras de modernização e ampliação, que devem deixar a velocidade dos transportes coletivos sobre pneus maior que no ano passado.
A demanda do corredor de ônibus em março do ano passado era de 399 mil passageiros por dia útil. Agora passou para 328 mil pessoas nas linhas que servem o corredor Campo Limpo / Rebouças / Centro. Ou seja, muita gente ainda precisa dos ônibus no corredor e seria um equívoco dizer que o equipamento se tornou obsoleto.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Bruno Quintiliano disse:

    Antes o corredor estava muito saturado, mas eu passo por lá em horários de pico (na parte paralela ao metrô)e a maioria dos ônibus ainda tem excesso de passageiros, mesmo com mais articulados e 15m. é só ver que vias “sobrepostas” a outras linhas de metrô tem demanda que chega a justificar corredor.

  2. Luiz Vilela disse:

    SPTrans só está fazendo negar a este corredor que ele funcione bem. Aquela eterna questão de considerar PRIMEIRO o usuário e a mobilidade, que continua não acontecendo.

    Vejamos se com início de operação de Fradique Coutinho e Oscar Freire o número de partidas vai permanecer.

  3. esse corredor ainda precisa de requalificação de verdade, para melhora-lo.

  4. jair disse:

    Amigos
    Se metro ou ferrovia não fosse compativel com corredor de onibus a Prefeitura de São Paulo não estaria planejando fazer o Corredor Radial Leste (paralelo as linhas 3 e 11) e o Governo do Estado não estaria fazendo o Corredor Itapevi/Butantã,(paralelo a linha 8) entre outros exemplos de compatibilidade, que quando bem planejado traz inumeros beneficios a população.
    Temos que lembrar também que a população de São Paulo cresce rapidamente e a tendência é de superlotar os sistemas que temos hoje, obrigando os governos a planejar novas alternativas de transporte coletivo para atender seus passageiros.
    É logico que os atuais corredores de onibus deverão atuar de forma troncalizada, coisa que hoje não ocorre, porém, sempre serão muito úteis.

  5. Mário Brian disse:

    O metrô linha 4 amarela ainda não possui todas as estações em funcionamento aliás, até chego a dúvidar se um dia isto irá acontecer mas a realidade atual é que esta linha já nasceu saturada e “falo” de experiência própria pois sou usuário da mesma todos os dias da semana. A qualquer hora do dia ou noite seus vagões estão sempre lotados e ainda mais agora em que a SPTrans empurrou os usuários de algumas linhas da area 8 para o metrô encurtando linhas até a estação Butantã ficou pior, ao meu ver aliás, a SPTrans com estas alterações das linhas, conseguiu aumentar o tempo de viagem ou de gasto, explico : Se quero ir ao centro por exemplo, meu bairro agora não tem linha para lá então, gasto em média 25 minutos esperando um bendito ônibus até a estação Butantã do metrô e lá pegar outro com diração aoa centro que, também demora e já vem lotado ou então, espero em média 25 minutos e quando chego ao metrô, tenho um gasto de mais R$ 1,65 para fzer uso do metrô por que a integração não é de graça, afora a baderna que se tornou no entorno da estação Butantã gerando a briga entre automóveis e ônibus no horário de pico. O automóvel, transita bem lentamente na faixa da direita a espera de alguém que está vindo de metrô, o ônibus já vem pela faixa da esquerda e vais “jogando” ou se jogando para a faixa da direita ou para para no ponto ou para entrar dentro da estação onde é o ponto final de determinadas linhas. Geralmente estes acontecimentos é na Avenida Vital Brasil sentido bairro-centro e somados aos congestionamento na Rua Pirajussara que dá acesso a Rodovia Raposo Tavares que no horário de pico é um enorme avenida congestionada faz um trecho de 5 kilômetros ser percorrido em 2 horas em média, este é o ônus da Brincadeira da dona SPTrans, acho que serve até de tema para próximas reportagens do Adamo.
    Abraços,
    Màrio Brian

  6. Luiz Vilela disse:

    Jair
    Na Radial Leste corredor BEM IMPLANTADO pode ajudar na capilaridade, da mesma forma que o da Rebouças e do que DEVERIA existir na Paulista.

    Mas o exemplo do Itapevi-Butantã da EMTU foi de lascar… EMTU se lixa pra qualquer forma de integração tarifária e/ou física. Dá pra confiar que um corredor dela será bem implantado?! Nunca esquecendo que CPTM 8 terá um monte de trens novos (já tem 12), mais rápidos, sem divisórias e intervalos de 3 minutos. Ou seja: aumenta MUITO a importância de integração bem feita pra melhorar a mobilidade, aproveitando todo este investimento. Mais um bom exemplo é o comentário do colega acima: EMTU age como se a Metrô Butantã fosse um mundo a parte, desperdiçando – mais uma – excelente oportunidade de melhorar a prestação de seus serviços.

  7. jair disse:

    Luiz Vilela
    voce tem toda a razão na sua exposição de motivos acima. Eu só quiz demonstrar, no meu comentário, que os sistemas são compativeis e desejáveis.
    A capilaridade do corredor de onibus Itapevi/Butantã é necessária para completar a linha 8 que tem estações com mais de 2 km. entre elas.
    Mas a demora com que a EMTU constroi os corredores é absurda, veja o corredor Guarulhos/Tucuruví (linha 1) já tem 10 anos de iniciado e ainda não concluido.
    Em outra ocasião, quando o assunto aquí era o baixo custo e a rapidez de construção dos corredores de onibus cheguei a perguntar (ironicamente) se as verbas do Metro e dos corredores de onibus vinham da mesma fonte, pois, construiram mais rápido uma linha de metro (prolongamento da linha 2 até vila prudente) do que aquele corredor de Guarulhos/tucuruví.
    Agora o entorno da Estação Butantã é coisa de maluco. Inverteram mão de rua quando deveriam te-la feito em duplo sentido, e esqueceram de fazer um espaço para parar os automoveis com passageiros a embarcar/desembarcar naquele local. Parece até que os engenheiros da CET, Sptrans, Metro etc. não pararam para dialogar.

    1. eu acho que eu entendi: o corredor é importante, mas tão importante quanto construi-lo é a EMTU operar com qualidade e respeito aos usuários.

  8. jair disse:

    Amigos
    Ainda falando da Estação Butantã, agora a prefeitura de S.Paulo fala em fazer uma faixa de onibus na Av Vital Brasil para evitar os veículos que param, em frente a estação, para embarque/desembarque, sem providenciar um local adequado para os mesmos.
    Como se priorizar o transporte público não tivesse que enxergar todos os modais e sua integração. Pode?

    1. Luiz Vilela disse:

      Sem dúvida, Jair.
      E depois sou hostilizado por achar o fim da picada o tal corredor EMTU CPTM Itapevi-Metrô Butantã…
      Cada vez mais o entorno da Metrô Butantã precisa de redistribuição profunda das linhas e várias adaptações viárias.

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