Corredor Rebouças perde passageiro mas continua importante
Publicado em: 16 de abril de 2012
Metrô tira passageiros do Corredor da Rebouças
No entanto, equipamento não perdeu a importância e ainda transporta milhares de passageiros
ADAMO BAZANI – CBN
O funcionamento integral da linha 4 Amarela do Metrô teria provocado a queda de 71 mil passageiros por dia no Corredor de Ônibus Campo Limpo / Rebouças / Centro.
Parte do corredor de ônibus faz o mesmo trajeto da linha metroferroviária.
A justificativa é a migração de parte dos passageiros dos ônibus em busca da maior velocidade do metrô.
No entanto, a manutenção do corredor de ônibus, que passa por reformas, é considerada essencial pelos ônibus atenderem a trechos onde não há circulação do metrô e demandas pontuais em trajetos menores.
O corredor de ônibus é visto como um equipamento que pode evitar a piora do quadro de superlotação do metrô, além de atender quem precisa passar pelos bairros sem necessariamente chegar ao centro.
Diante da queda da demanda, no entanto, especialistas defendem a redução do número de ônibus em circulação pelo corredor.
Isso deixaria o trânsito nas vias exclusivas mais rápido, com menos veículos de transportes coletivos.
Mas os especialistas dizem que a redução do número de ônibus contrariaria os interesses das empresas que também recebem subsídios por partidas realizadas.
A SPTrans nega e afirma que o número atual de partidas é necessário, mesmo com a queda na demanda.
A velocidade média dos ônibus do corredor caiu de 17,8 km/h em setembro do ano passado quando foi inaugurada a operação integral do Metrô, para 14 km/h neste mês de março.
A explicação, no entanto, reside no fato de o corredor estar passando por obras de modernização e ampliação, que devem deixar a velocidade dos transportes coletivos sobre pneus maior que no ano passado.
A demanda do corredor de ônibus em março do ano passado era de 399 mil passageiros por dia útil. Agora passou para 328 mil pessoas nas linhas que servem o corredor Campo Limpo / Rebouças / Centro. Ou seja, muita gente ainda precisa dos ônibus no corredor e seria um equívoco dizer que o equipamento se tornou obsoleto.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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Antes o corredor estava muito saturado, mas eu passo por lá em horários de pico (na parte paralela ao metrô)e a maioria dos ônibus ainda tem excesso de passageiros, mesmo com mais articulados e 15m. é só ver que vias “sobrepostas” a outras linhas de metrô tem demanda que chega a justificar corredor.
SPTrans só está fazendo negar a este corredor que ele funcione bem. Aquela eterna questão de considerar PRIMEIRO o usuário e a mobilidade, que continua não acontecendo.
Vejamos se com início de operação de Fradique Coutinho e Oscar Freire o número de partidas vai permanecer.
esse corredor ainda precisa de requalificação de verdade, para melhora-lo.
Amigos
Se metro ou ferrovia não fosse compativel com corredor de onibus a Prefeitura de São Paulo não estaria planejando fazer o Corredor Radial Leste (paralelo as linhas 3 e 11) e o Governo do Estado não estaria fazendo o Corredor Itapevi/Butantã,(paralelo a linha 8) entre outros exemplos de compatibilidade, que quando bem planejado traz inumeros beneficios a população.
Temos que lembrar também que a população de São Paulo cresce rapidamente e a tendência é de superlotar os sistemas que temos hoje, obrigando os governos a planejar novas alternativas de transporte coletivo para atender seus passageiros.
É logico que os atuais corredores de onibus deverão atuar de forma troncalizada, coisa que hoje não ocorre, porém, sempre serão muito úteis.
O metrô linha 4 amarela ainda não possui todas as estações em funcionamento aliás, até chego a dúvidar se um dia isto irá acontecer mas a realidade atual é que esta linha já nasceu saturada e “falo” de experiência própria pois sou usuário da mesma todos os dias da semana. A qualquer hora do dia ou noite seus vagões estão sempre lotados e ainda mais agora em que a SPTrans empurrou os usuários de algumas linhas da area 8 para o metrô encurtando linhas até a estação Butantã ficou pior, ao meu ver aliás, a SPTrans com estas alterações das linhas, conseguiu aumentar o tempo de viagem ou de gasto, explico : Se quero ir ao centro por exemplo, meu bairro agora não tem linha para lá então, gasto em média 25 minutos esperando um bendito ônibus até a estação Butantã do metrô e lá pegar outro com diração aoa centro que, também demora e já vem lotado ou então, espero em média 25 minutos e quando chego ao metrô, tenho um gasto de mais R$ 1,65 para fzer uso do metrô por que a integração não é de graça, afora a baderna que se tornou no entorno da estação Butantã gerando a briga entre automóveis e ônibus no horário de pico. O automóvel, transita bem lentamente na faixa da direita a espera de alguém que está vindo de metrô, o ônibus já vem pela faixa da esquerda e vais “jogando” ou se jogando para a faixa da direita ou para para no ponto ou para entrar dentro da estação onde é o ponto final de determinadas linhas. Geralmente estes acontecimentos é na Avenida Vital Brasil sentido bairro-centro e somados aos congestionamento na Rua Pirajussara que dá acesso a Rodovia Raposo Tavares que no horário de pico é um enorme avenida congestionada faz um trecho de 5 kilômetros ser percorrido em 2 horas em média, este é o ônus da Brincadeira da dona SPTrans, acho que serve até de tema para próximas reportagens do Adamo.
Abraços,
Màrio Brian
Jair
Na Radial Leste corredor BEM IMPLANTADO pode ajudar na capilaridade, da mesma forma que o da Rebouças e do que DEVERIA existir na Paulista.
Mas o exemplo do Itapevi-Butantã da EMTU foi de lascar… EMTU se lixa pra qualquer forma de integração tarifária e/ou física. Dá pra confiar que um corredor dela será bem implantado?! Nunca esquecendo que CPTM 8 terá um monte de trens novos (já tem 12), mais rápidos, sem divisórias e intervalos de 3 minutos. Ou seja: aumenta MUITO a importância de integração bem feita pra melhorar a mobilidade, aproveitando todo este investimento. Mais um bom exemplo é o comentário do colega acima: EMTU age como se a Metrô Butantã fosse um mundo a parte, desperdiçando – mais uma – excelente oportunidade de melhorar a prestação de seus serviços.
Luiz Vilela
voce tem toda a razão na sua exposição de motivos acima. Eu só quiz demonstrar, no meu comentário, que os sistemas são compativeis e desejáveis.
A capilaridade do corredor de onibus Itapevi/Butantã é necessária para completar a linha 8 que tem estações com mais de 2 km. entre elas.
Mas a demora com que a EMTU constroi os corredores é absurda, veja o corredor Guarulhos/Tucuruví (linha 1) já tem 10 anos de iniciado e ainda não concluido.
Em outra ocasião, quando o assunto aquí era o baixo custo e a rapidez de construção dos corredores de onibus cheguei a perguntar (ironicamente) se as verbas do Metro e dos corredores de onibus vinham da mesma fonte, pois, construiram mais rápido uma linha de metro (prolongamento da linha 2 até vila prudente) do que aquele corredor de Guarulhos/tucuruví.
Agora o entorno da Estação Butantã é coisa de maluco. Inverteram mão de rua quando deveriam te-la feito em duplo sentido, e esqueceram de fazer um espaço para parar os automoveis com passageiros a embarcar/desembarcar naquele local. Parece até que os engenheiros da CET, Sptrans, Metro etc. não pararam para dialogar.
eu acho que eu entendi: o corredor é importante, mas tão importante quanto construi-lo é a EMTU operar com qualidade e respeito aos usuários.
Amigos
Ainda falando da Estação Butantã, agora a prefeitura de S.Paulo fala em fazer uma faixa de onibus na Av Vital Brasil para evitar os veículos que param, em frente a estação, para embarque/desembarque, sem providenciar um local adequado para os mesmos.
Como se priorizar o transporte público não tivesse que enxergar todos os modais e sua integração. Pode?
Sem dúvida, Jair.
E depois sou hostilizado por achar o fim da picada o tal corredor EMTU CPTM Itapevi-Metrô Butantã…
Cada vez mais o entorno da Metrô Butantã precisa de redistribuição profunda das linhas e várias adaptações viárias.