BILHETE ELETRÔNICO PODE REDUZIR ASSALTO EM ÔNIBUS? Campo Grande diz que sim.
Publicado em: 20 de outubro de 2011
Uso de bilhete eletrônico reduz pela metade número de assaltos em ônibus de Campo Grande
Comparativo foi feito entre a primeira quinzena de setembro deste ano com o mesmo período do ano passado
ADAMO BAZANI – CBN
Campo Grande, no Mato Grosso do sul, aprovou a proibição do uso de dinheiro para pagamento de passagens de ônibus em algumas linhas do sistema.
O objetivo era reduzir o excessivo número de assaltos, alguns praticados com grande violência, que a cidade vinha registrando nos últimos meses.
Agora, os ônibus articulados da cidade só podem ter a passagem paga por meio de bilhete eletrônico.
E segundo a Assetur – Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, a medida surtiu efeitos positivos nas linhas onde só é usado o cartão.
De acordo com dados da entidade empresarial, o número de ações de assaltantes caiu de 30 na primeira quinzena de setembro 2010 para 13 na primeira quinzena do mesmo período de 2011, quando os passageiros não podiam usar dinheiro.
O presidente da associação, João Rezende, afirmou que a queda não pode ser atribuída somente a medida, mas que ela contribuiu muito para o número de assaltos.
A Polícia Militar em Campo Grande também tomou ações para prevenir a ação dos criminosos em áreas consideradas mais perigosas com maior incidência de assaltos.
Um dos problemas, no entanto, relatados pelos passageiros em Campo Grande, é a falta de locais para o carregamento de créditos ou compra dos cartões eletrônicos.
A entidade prometeu que deve aumentar em 300 o número de postos de venda e recargas de cartões.
Padarias, lotéricas, farmácias, bancas de jornais e até vendedores ambulantes que ficam perto de terminais serão credenciados para fazer os serviços.
Os créditos também podem ser comprados pelo site da Assetur:
http://www.assetur.com.br/aassetur.php
As empresas associadas são: Viação Campo Grande, Viação Cidade Morena, Viação São Francisco, Jaguar Transportes Urbanos e Serrana Transporte Urbano.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especialiaziado em transportes
Boa tarde.
Apesar de alguns contratempos, do tipo, dificuldade com recarga, dificuldade em saber utilizar o cartão, estamos diante de medida, simples e, de uma eficiência BRUTAL; pois, onde não houver a existência do cobrador, uma realidade, queiramos ou não, retira dos ombros solapados, dos motoristas, o malabarismo de dirigir e fazer conta de subtrair, além de, minimizar, a ocorrência de roubos.
Abçs.
Perfeito, Gustavo!
Só há vantagens, exceto por quem se apega à profissão de cobrador de ônibus.
Fica cômodo para os políticos: “atendem a classe trabalhadora” em nome de enrolar na implantação – global e com controle centralizado – de ferramenta com potencial de revolucionar a mobilidade. E evitam o trabalho duro e complexo.
É surpreendente como o tema não ganha destaque. Pior: alguns amigos aqui no blog já disseram que o tal cartão BOM seria administrado por empresa do Grupo Ruas.
Luiz,
É gostoso tomar conhecimento de evoluções, nos ônibus, admito. Além disso, é importante dialogar sobre a evolução das operações e dos meios de transporte, pois isso é a nossa realidade prioritária.
Vai da consciência, de cada um, conceder a importância necessária à estes temas.
Somente a conscientização, o debate respeitoso e as opiniões, de todos, é que construirão, um amanhã melhor.
Abçs. Mr. Engineer !
No início foi ruim, mas para quem usa cartão seja fornecido por empresa ou pela secretaria de educação (para os alunos) através da ASSETUR, o sistema funciona bem e quando a leitora não funciona, a roleta é liberada, o motorista chama a garagem, enquanto o ônibus vem, os passageiros são alocados no ônibus de trás e o ônibus que saiu da garagem substitui o ônibus com problema na roleta. E de fato os assaltos diminuíram, mas também com apoio da polícia que começou a fazer ronda à paisana e fardada. O pior que a maioria dos assaltos era para consumir drogas.