FUNDAÇÃO MARCOPOLO E O EXEMPLO DE EMPRESA COM ATUAÇÃO SOCIAL

ônibus

Ônibus da Marcopolo. A encarroçadora mantém desde 25 de maio de 1988 uma Fundação, que inicialmente atendia funcionários e familiares e depois, no conceito de empresa moderna, de maior interação com a comunidade onde desenvolve os negócios, começou a atender crianças e adolescentes em situação de risco social. Os trabalhos desenvolveram e atualmente, a Fundação Marcopolo tem várias frentes e realizações, como a mais recente ampliação e modernização do Hospital Geral de Caxias do Sul. Tudo porém foi possível através da união interna e fortalecimento dos funcionários que refletiu numa empresa com mais solidez e com condições de atuar no meio social. A lógica é simples, os funcionários são a força de uma empresa, se eles têm suas necessidades atendidas, a empresa vai bem e se a empresa vai bem, ela pode atuar junto a comunidade. Foto: Adamo Bazani

Fundação Marcopolo auxilia na modernização do Hospital Geral de Caxias do Sul
Entre as melhorias estão duas salas novas de cirurgia e modernização nas já existentes
ADAMO BAZANI – CBN
As empresas modernas, com uma nova lógica de negócios, não apenas se restringem aos seus ramos de atuação. Produzirem, venderem, ou prestarem serviços e nada além disso já não faz parte da atuação de empresas que sabem que possuem uma relação com a comunidade e precisam interagir cada vez mais com ela.
Afinal, uma comunidade bem atendida reflete num clima harmonioso que possibilita o melhor desenvolvimento dos trabalhos da companhia e até negócios mais prósperos.
Algumas empresas agem de forma isolada, muitas vezes há iniciativas dos próprios funcionários que desenvolvem ações em parcerias com as empresas onde trabalham e outras, com maior estrutura, possuem fundações, que atuam de uma maneira intensa e podem congregar vários agentes sociais.
O setor de transportes vem agregando cada vez mais iniciativas em prol de causas sociais e ambientais.
A encarroçadora Marcopolo possui sua Fundação que auxiliou, em parceria com outras empresas, como Colombo, Lupatech e Randon, o Hospital Geral de Caxias do Sul inaugurar duas novas salas cirúrgicas no dia 22 de julho.
Além disso, o repasse de R$ 720 mil permitiu a modernização das seis salas já existentes e de outros serviços do Hospital.
Para as salas de cirurgia foram comprados bisturis eletrônicos, três focos eletrônicos e um aparelho de vídeoendoscopia. O hospital recebeu, pelos repasses da Fundação Marcopolo, novo piso em algumas áreas, sala de médicos e vestiários.
Em comunicado à imprensa, divulgado pela assessoria da Marcopolo, consta a palavra do diretor geral do Hospital, Sandro Junqueira, que afirmou que ajudas como estas permitem que o estabelecimento de saúde atenda melhor a população de Caxias de Sul e municípios da região.
“O hospital pode oferecer atendimento cada vez mais qualificado aos usuários de Caxias e dos demais municípios da região”, afirmou Sandro Junqueira que destacou a importância da parceria com a Fundação Marcopolo, Colombo, Lupatech e Randon para a atualização tecnológica do hospital.
O diretor da Fundação Marcopolo, Osmar Piola, confirma que as empresas com uma mentalidade moderna e social se preocupam e agem em benefício da comunidade onde estão inseridas. Ele destacou os benefícios desta mais recente ação a quem necessita de atendimento médico.
As melhorias com novos equipamentos e aperfeiçoamento das instalações auxiliam a missão do hospital de sempre qualificar profissionais do setor de saúde, segundo o coordenador bloco cirúrgico do Hospital Geral de Caxias do Sul, Darcy Pinto Filho, que afirma: “o objetivo do hospital é prestar assistência e docência qualificada ao sistema de saúde e à formação de profissionais para atendimento da região. A ampliação do bloco cirúrgico é mais uma certeza do compromisso desta instituição com o seu usuário”.
O Hospital Geral de Caxias do Sul é administrado pela Fundação Universidade de Caxias do Sul, sendo estabelecimento de ensino e pesquisa desta Universidade. Todos os pacientes atendidos são pelo SUS – Sistema Único de Saúde. Por mês, atualmente, são cerca de 600 cirurgias, 1200 internações e 43 mil exames.

FUNDAÇÃO NASCEU DE TIME DE FUTEBOL

A Fundação Marcopolo é reflexo desta nova postura das empresas em interagir com a comunidade.
Ela foi criada em 25 de maio de 1988, inicialmente para promover atividades e campanhas para o bem estar dos funcionários da empresa.
Em dezembro de 2003, a Associação dos Funcionários da Marcopolo foi extinta e incorporada à Fundação. As atividades eram mais voltadas para as áreas de saúde, educação e habitação.
Logo depois, em 2004, a Fundação Marcopolo começou a ter uma atuação na comunidade onde está instalada a sede da encarroçadora, em Caxias do Sul. O público inicialmente ajudado era de crianças e adolescentes que necessitavam de auxílio social.
Mas toda empresa consegue interagir com a comunidade externa se há união na comunidade interna, ou seja, entre os funcionários.
Afinal, os funcionários são a força para o andamento da empresa.
Se eles estão unidos e organizados, estarão numa boa situação e só assim poderão ajudar a comunidade.
E a história da Fundação Marcopolo começa nos anos de 1950, pela união dos funcionários em torno de uma paixão nacional: o Futebol.
Em 1958 foi criado o Grêmio Atlético Nicola. Além de futebol, o grêmio desenvolvia outras atividades esportivas para os funcionários da Carrocerias Nicola S.A., nome anterior da Marcopolo. A carrocerias Nicola foi criada em 06 de agosto de 1949 pelos irmãos Dorval Antônio, Nelson, João e Doracy Luiz Nicola.
A Nicola começou com 15 integrantes, sendo 8 Sócios : 2 pintores, 2 chapeadores,
2 carpinteiros, 1 lustrador, 1 gerente. Entre os primeiros nomes estão:
– Dorval Antônio Nicola
– Doracy Luiz Nicola
– Nelson João Nicola
– Arnoldo Fabian,
– Arno Steffen,
– Arno Evaldo Cornel
– Jacob Acker
– Américo Cunha Cerqueira
No ano de 1950, entrou na administração da Nicola & Cia Ltda, Paulo Bellini.
Em 1954, a empresa se transforma em Sociedade Anônima e tem o nome alterado para Carrocerias Nicola S.A.
Porém, com o passar do tempo irmãos Nicola foram deixando a empresa.
Em 1960, Doracy Luiz Nicola e Nelson João Nicola fundaram a fábrica de Carrocerias Manufaturadas Furcare.
No ano de 1967, o último Nicola, Dorval Antônio, foi para a Furcare.
A Carrocerias Nicola não tinha mais nenhuma Nicola em seus quadros.
Por questão de negócios e de marketing não havia motivo para manter o nome.
Bellini à frente da administração e outros integrantes da empresa fizeram pesquisa sobre qual seria o nome ideal para a companhia.
A resposta veio no VI Salão do Automóvel, em 1968. A então Nicola lançava o modelo Marcopolo.
O ônibus foi tão bem sucedido, por ser inovador, que a empresa começou a ser reconhecida pelo veículo. “Nicola? Ah, sim, a que faz o Marcopolo”.
A administração aproveitou o sucesso do nome e não teve dúvidas, o modelo transformou-se em marca.
Com a mudança do nome da empresa, o Grêmio Atlético Nicola passou em 1971 a se chamar Grêmio Marcopolo S.A.
Em 1981, o Grêmio deixou de ter um caráter apenas esportivo para assumir uma postura assistencial para os funcionários e parentes. Surgia a Associação dos Funcionários da Marcopolo.
O esporte também continuava, mas agora com ações sociais, cívicas e culturais Em 2003, ele foi incorporado pela Fundação.
A Fundação Marcopolo traz exemplos de como as empresas devem se relacionar com a comunidade, sendo agentes e participantes dela, e não apenas vendedoras de produtos e serviços, e de como a união de funcionários fortalece uma companhia e dissemina boas práticas nas famílias e sociedade.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. salomao jacob golandski disse:

    ola
    ainda na administração Nicola foi adquirida a carrocerias Eliziario , quando Marcopolo
    ainda era modelo , pois muitos pensam que a Marcopolo adquiriu a Eliziario . , para então
    mais tarde mudaram a razão social para Marcopolo carrocerias e onibus .
    salomão

  2. Gustavo Cunha disse:

    Bom dia.

    De um modo geral, ofertando emprego e condições de trabalho, com qualidade, pautando suas ações, internas e externas, nos princípios da honestidade e respeito, pois, podemos concorrer, uns com os outros, guardando o respeito; as empresas, agindo assim, já estão colaborando e muito, para com a sociedade.

    Havendo possibilidade, porque não ajudar ainda mais. Desnecessário até, divulgar o que se faz, pois, como é gratificante saber que, és parte de algo bem maior.

    Parabéns a Marcopolo, exemplo a ser seguido.

    Abraços e se cuida Adamo.

Deixe uma resposta para Gustavo CunhaCancelar resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading