TROCA DE PINTURA DE ÔNIBUS EM MAUÁ LEMBRA AUTORITARISMO

ÔNIBUS DA LEBLON

A Visão da Águia, a agilidade e até meso a capacidade de assumir uma posição, mas tudo feito por seres humanos e para seres humanos, que representa o que deve ser um operador de transportes coletivos, expresso na pintura da Leblon, ponde dar lugar a algumas faixinhas onde predominada o nome de uma administração municipal, que enseja que a prefeitura seja dona dos ônibus, o que não é.Foto: Adamo Bazani

Troca de pinturas de ônibus foi na surdina
As empresas de ônibus de Mauá, que serão vítimas da padronização em época eleitoral, ainda não foram avisadas que terão de colocar um desenho que promove o poder público

ADAMO BAZANI – CBN

Uma decisão na surdina, sem diálogo e com ares de que o poder público faz tudo sem precisar dar satisfação a ninguém.
É assim que foi pensada e decidida a troca de pinturas de Mauá e será realizada a imposição da padronização das pinturas de ônibus na cidade.
A Prefeitura de Mauá já pensa na padronização, já tem um designer fazendo o desenho, que vai descaracterizar todas pinturas das duas empresas, principalmente da a Leblon, que tem desenho e significados próprios, mas ainda não notificou oficialmente as companhias.
Em Mauá operam duas empresas em dois lotes. O Lote 01 é explorado pela Viação Cidade de Mauá, que usa a antiga pintura de padronização do PT, e o Lote 02 é serviço pelo Grupo Leblon Transporte de Passageiros, que elaborou uma pintura especial para Mauá, com uma águia formada por rostos humanos, o que, segundo a empresa, denota que o operador de transportes deve ter a agilidade e a visão de uma águia, impondo respeito, mas tudo deve ser feito para o ser humano, pois os transportes são formados por seres humanos.
A empresa não revela números, mas investiu alto na pintura e em cores próprias, com tonalidades de prata e azul desenvolvidas para o ônibus.
Legalmente, a Prefeitura de Mauá pode já elaborar as pinturas e notificar as empresas.
Mas a atitude, no mínimo, é encarada como imposição.
Isso porque, não chamou as empresas de ônibus para conversar sobre a padronização e participarem do desenho e cores que irão na lataria.
Só neste mês as empresas serão chamadas. As mesmas empresas que já tiveram de sentar juntas, apesar das grandes divergências entre elas, para ajudarem o poder público quando houve necessidade de mudanças no sistema.
A Prefeitura, que deve criar uma autarquia para gerenciar os transportes, já determinou a data para o começo da troca das pinturas: o mês de outubro até o ano que vem, ano eleitoral.
O nome da administração pública deve ganhar mais espaço que o nome das empresas.
Uma atitude que virou comum nas cidades, que descobriram que os ônibus são uma grande oportunidade de divulgarem nomes de poder público ou cores de partido.
Muitos que vêm estampados em maior destaque nomes como PREFEITURA DE SÃO PAULO, SANTO ANDRÉ – SATRANS, URBS, etc pensam que os ônibus são da Prefeitura, o que em caso de troca de frotas, ampliação de linhas, etc, o ganho político fica para a administração pública.
Isso sem contar que para a população, é melhor identificar as empresas para saber qual a que está prestando melhores ou piores serviços e distinguir o ônibus que serve o seu bairro.
A Prefeitura de Mauá diz que não é arbitrariedade e que a padronização organiza o sistema.
Em São Paulo, Marta Suplicy teve de alterar a padronização que tinha desenhos que lembrava a estrela do PT.
Em Santo André, em menos de 9 meses, as empresas de ônibus e a população ficaram confusas porque enquanto as pinturas ainda estavam sendo renovadas, com a troca de prefeitos, do PT para o PTB, as cores dos ônibus também tiveram de ser trocadas.
A população de Mauá aprovou muitas mudanças nos transportes, como a entrada de uma nova operadora, com uma nova cultura de transportes e 100% de ônibus 0 km, está se acostumando com a racionalização das linhas com o sistema tronco-alimentador, com linhas de bairro e terminais locais, gostou de linhas expressas e aprovou o fato de duas empresas terem duas cores e desenhos diferentes: a branca e vermelha serve o lote 01 da cidade e a prata e azul o lote 02.
Mas a vontade de colocar o nome da administração em espaço maior na lataria do que o nome da empresa falou mais alto que a aprovação da população.
Talvez as cores vivas da Viação Cidade de Mauá e a Águia com um significado especial da Leblon dêem lugar a algumas faixinhas sem graça, mas que ensejam que os ônibus sejam da prefeitura, o que não são.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Comentários

Comentários

  1. gabriel disse:

    Padronização, é fundamental para organização de um sistema. Mas dependendo da ordem q for aplicado acaba se tornando inviável.

  2. O duro é que em Mauá aconteceu o seguinte. Deixaram a empresa entrar com a cor dela. Depois, menos de 1 ano de operação, vão mandar trocar.

    Que obrigassem a empresa a adotar um padrão logo de início, mas trocar a pintura agora, depois de 01 ano, é fazer a companhoa gastar um dinehiro desnecessário. Dinheiro que é do dopovo, das passagens, que poderia ser investido em outra coisa na empresa, como modernizaççao de sistemas, já que os carros são novos, aperfeiçoamento do GPS, ou mesmo garantir saude financeira à companhia. Afinal, quyantos contratos emergenciais foram feitos, custando alto para os cofres públicos, porque as empresas não ficaram bem financeiramente, independentremente dos motivos.

    Num sistema muito grande, como de São Paulo e Curitiba, nos quais a pasdronização se dá por região ou tipo de serviço, é até admissível. Mas Mauá, que tem dois lotes só e tantas outras coisas a fazer na áerea (isso sem contar em educação, áreas de risco – chove tem morte – saneamento, asflato, etc)…..poupe-nos, querida adminsitração pública.

    A REAL DOS FATOS>: A Viação Cidade de Mauá tem mais reclamações e muitos perguntam por que a Leblon não assume as outras linhas (Claro, não pode, é contrato de licitação, mas boa parte da população não entende). Em Mauá, parece que há duas cidades quanto a transporte. Então a prefeitura quer unificar, quer nivelar. Bom para o ruim, ruim para o bom.

    1. Paulo Gil disse:

      Adamo, boa noite

      Padronizar, não vai nivelar nada.

      Músculo será sempre músculo e

      Filet Mignon será sempre Filet Mignon.

      Isto é mentalidade antiga e tacanha.

      Grato
      Paulo Gil

    2. Gustavo Cunha disse:

      Bom dia Adamo e à todos.

      Parabéns pelo seu último parágrafo. Ele explica, completamente, o que se deseja fazer.

  3. selmo disse:

    Já dava para imginar … o prefeito é petista, quer dar a impressão de que a prefeitura é dona dos onibus.
    Beto Mansur (PP) tambem fez o mesmo, mas nem o nome das empresas aparecia nas carrocerias, dava impressão que era tudo da prefeitura.
    Os petistas já estão em campanha para 2012, conseguir o maior numero de prefeituras possivel
    E cá entre nós, padronizção faz os onibus e empresas perderem sua identidade .

  4. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite

    “A Prefeitura, que deve criar uma autarquia para gerenciar os transportes…”

    Como dizia um personagem da TV:

    “TAVA INDO TÃO BEM, MEU JESUS CRISTINHO”

    A solução para o caso é discutir esta questão no Poder Judiciário, pois só
    assim podemos aceitar.

    Caso contrário, é um atento à democracia e um tremendo desrespeito à empresa L EBLON.

    Eu sou literalemente contra a padronização de pinturas.

    Mas LEBLON, fiquem tranquilos: O que é da Águia o homem não come.

    Muito obrigado
    Paulo Gil

  5. Barros disse:

    Padronização não é problema nenhum se o sistema funcionar e houver fiscalização. Temos que ser práticos…o que importa mesmo é um transporte de qualidade e aí não interessa se o ônibus é branco, preto, tem faixinhas…

  6. onibus é serviço publico e a prefeitura tem todo o direito de colocar o padrão visual que ela quiser , importante para evitar a pintura do prefeito x e não a da cidade , que a diferencia das outras é colocar as pinturas por força de lei dentro da lei organica dos municipios pra tornar mais dificil a troca por capricho politico , mas que pintura particular não faz sentido em serviço publico , mesmo que operado por particular , não faz mesmo .
    márcio machado

  7. Luiz Gustavo disse:

    Concordo com o Adamo, pra que deixa a empresa fazer da pintura oq ela entende pra depois virr e querer padronizar sem o consentimento das empresas, isso é fazer a Empresa gastar Din din atoa.

    Ou padroniza por região, ou tipo de linha, ou naum padroniza.

    Esta questão de pintura é até bom para a sociedade carente, que mts não sabem ler, e identificam os onibus pela pintura, quantas vezes vi akie em sampa, pessoas perguntarem o Onibus verde claro q vai pra Pirituba passa aqui?? O onibus laranja que passa na Raposo Tavares faz final aqui?

    Axo que é um erro se isso for aceito pelas empresas.

    Vejam o pensamento da Leblon, o desenho naum é só um desenho tem um significado!!

    Politicos ao invés de se preocupar com seu nome, seu cargo, seus votos que tal fazer algo que realmente preste? Que tal mostrar o que um prefeito deve fazer ao invés de ficar preocupado com a pintura dos onibus da cidade….

  8. pintor disse:

    eu sa sei como va ser se preparem vai bonito

  9. Marco Antonio dos Santos disse:

    É Simplesmente uma palhaçada o que o sr Osvaldo Dias, Paulo Eugenio e seus dicipulos estão fazendo.
    Tanta coisa a se preocupar, tanto a fazer no Municipio e eles apenas conseguem administrarem seus bolsos e preocupados com os votos que querem conseguir.
    è linda, criativa a pintura dos onibus da Leblon e particularmente quero parabenizar o idealizador desta.
    Para o povo com certeza se eles pudessem opinar não aceitariam tal mudança, mais infelismente estamos na época da ditadura em Mauá.
    Será que o poder publico pode fazer algo para impedir?
    Parabens Srt. Adamo por icrivel reportagem!

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