História

ÔNIBUS HÍBRIDO JÁ RODA PELA TRANSPPAS

ÔNIBUS HÍBRIDO

O ônibus Volvo elétrico – híbrido, movido a eletricidade e a biodiesel ou diesel convencional opera agora na Transppas a título de testes, que devem durar 90 dias prorrogáveis por outros 90. Os resultados na linha 7904 (Jardim Maria Luíza – Hospital das Clínicas) serão acompanhados pela Gerência de Tecnologia da SPTrans e pela Fundação Clinton, que financia os estudos. A Volvo deve produzir os híbridos já em 2012 na planta de Curitiba, no Paraná. A estima é de redução de 35% no consumo de combustível e de 80% a 90% na emissão de poluentes. Foto: Agência Estado.

Híbrido da Suécia já está operando na linha da Transppas que serve o Hospital das Clínicas
Testes serão monitorados pela Fundação Clinton e pela SPTrans

ADAMO BAZANI – CBN

Os passageiros da linha 7904 (Jardim Maria Luíza – Hospital das Clínicas), operada pela empresa Transppass, na zona Oeste de São Paulo, têm uma novidade à disposição.
Desde esta terça-feira, dia 05 de julho, está operando na linha o ônibus Volvo Elétrico- Híbrido, fabricado na Suécia, a título de testes.
O veículo proporciona uma economia de combustível de 35% e uma redução na emissão de poluentes entre 80% e 90%, dependendo das condições de operação e da análise individual de cada elemento poluidor.
O Hybridus possui dois motores, um elétrico e um diesel, que funcionam de forma paralela ou individualmente de acordo com as necessidades operacionais.
O motor elétrico dá partida no ônibus e é responsável pela circulação do veículo até 20 km/h. Depois entra em ação o motor a diesel.
Há também o sistema de frenagem regenerativa, pelo qual, a energia gerada pelas freadas do ônibus, que provocam atritos entre as peças responsáveis por pararem o veículo ou reduzirem sua velocidade, é armazenada em baterias, o que dispensa o carregamento elétrico por fontes externas.
O desempenho operacional e os índices de emissão de poluentes do ônibus serão acompanhados pela Gerência de Desenvolvimento Tecnológico da SPTRans (São Paulo Transportes), gerenciadora do sistema municipal, e pela Fundação Clinton.
Os testes vão durar 90 dias, prorrogáveis por mais 90.

ÔNIBUS NO BRASIL:

O ônibus Híbrido da Volvo já passou por testes no Brasil. O veículo circulou pelas cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
De acordo com a empresa, os testes tiveram resultados positivos e depois de uma disputa entre unidades da montadora sueca no mundo, os veículos híbridos serão produzidos já a partir de 2012 na planta da montadora em Curitiba, no Paraná.
Além dos bons resultados dos ônibus no Brasil, o País é um promissor mercado para veículos de tecnologia limpa.
As cidades estão criando legislações ambientais que obrigam que o transporte público seja menos poluente. Em São Paulo, por exemplo, de acordo com a lei municipal 14.933, de 5 de junho de 2009, até 2018 todos os ônibus de São Paulo terão de operar com fontes renováveis de energia.
Além disso, os projetos de BRT – Bus Rapid Transit -, corredores de ônibus rápido e modernos com boa capacidade de transportes e acessibilidade, impulsionados pelos eventos internacionais, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016, devem ter ônibus menos poluentes, o que incluiu os veículos elétricos híbridos.
Assim, o Brasil terá demanda para ônibus como os híbridos (Volvo), a etanol (Scania), flex Gás Natural e Biodiesel (MAN/Volkswagen) e os de diesel de cana de açúcar (Mercedes Benz).
O momento é interessante, pois apesar de cada empresa montadora ter mais de uma solução, elas apostam mais em um determinado tipo de combustível e as apostas são diferentes entre as concorrentes.
Todos os sistemas têm prós e contras, mas pe inegável que trazem ganhos ambientais.
Em relação ao desempenho e disponibilidade do combustível, bem como saber qual o que polui menos, ainda estão sendo feitos vários testes. Alguns concomitantes nas mesmas cidades.
Além disso, em 2012, a tecnologia nos veículos a diesel vai proporcionar menos emissão de poluentes.
Os ônibus, caminhões e picapes com este tipo de combustível terão de seguir as normas da fase 7 do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) que se equivalem às mais rigorosas exigências do Euro V (adotado na Europa desde 1 de setembro de 2009).
Entre as principais exigências do Euro V estão:
• monóxido de carbono: 500 mg/km;
• partículas: 5 mg/km (ou seja, uma redução de 80% das emissões em relação à norma Euro 4);
• óxidos de azoto (NOx): 180 mg/km (ou seja, uma redução de mais de 20% das emissões em relação à norma Euro 4);
• emissões combinadas de hidrocarbonetos e de óxidos de azoto: 230 mg/km.

A FUNDAÇÃO CLINTON:

A Fundação Clinton, criada pelo ex presidente norte-americano Bill Clinton (1993 – 2001), começou a atuar em 2002, quando ele se aliou ao magnata canadense Frank Giusta e o empresário mexicano Carlos Slim. O objetivo era combater o avanço da Aids, da malária, contribuir para a redução da pobreza e do aquecimento global em 55 países das Américas, África, Ásia, Caribe e Europa.
O canadense Frank Giusta doou logo de início US$ 100 milhões e prometeu dar metade do seu lucro deduzido de impostos obtido pela exploração de recursos naturais.
O mesmo valor foi doado pelo mexicano Carlos Slim, dono de uma fortuna de quase 50 bilhões de dólares.
A Fundação Clinton também conta com a ajuda do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A equipe do presidente Barack Obama, em 2008, chegou a investigar a Fundação Clinton. Mas não havia suspeitas de irregularidades financeiras. O que o presidente dos Estados Unidos queria saber é se entre os doadores ou as ações da Fundação poderia existir algum conflito de interesse contra alguma posição do governo norte-americano, para a então possível nomeação da ex esposa de Bill e membro da fundação, Hillary Clinton, para ser Secretária de Estado.
Nada foi encontrado.
A Fundação Clinton atua em diversos países e em parceria com a Unicef (o fundo da Infância e Juventude da ONU – Organização das Nações Unidas) já ajudou milhares de crianças abaixo da linha da pobreza e consideradas à beira da morte.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Sergio disse:

    Já que a tecnologia do diesel de cana, permite que este seja utilizado em qualquer motor movido a diesel, porque a empresa Amyris, criadora do Diesel de Cana e a Fundação Clinton, que patrocina o ônibus hibrido, não se conversam e criam um ônibus que realmente não polua?????????????????

  2. Questão comercial: a Amyris é parceira no projeto da Mercedes Benz e o híbrido é da Volvo.

  3. Rafael (Only Buses) disse:

    Adamo, esse é o mesmo hibrido que rodou pela Transppass no ano passado?

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