Prefeitura avança na licitação para requalificação da Avenida Santo Amaro e do corredor de ônibus, zona sul de São Paulo

Licitação visa a modernização do trecho entre a Rua Periquito e a Av. dos Bandeirantes, com drenagem, corredor de ônibus de alta capacidade e melhoria urbana; propostas foram classificadas e consórcios habilitados; certame entra na fase recursal

ALEXANDRE PELEGI

A São Paulo Obras (SPObras) avançou na licitação para as obras de requalificação da Avenida Santo Amaro e reforma do corredor de ônibus, no trecho entre a Rua Periquito e a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista. A Comissão Permanente de Licitação concluiu o julgamento das propostas e a análise de habilitação das empresas concorrentes, etapa que antecede a definição do vencedor.

Na avaliação das propostas comerciais, o Consórcio Conecta Santo Amaro, formado pelas empresas Talude e Soebe, ficou em primeiro lugar, com 0,52% de desconto. Em seguida aparecem o Consórcio Requalifica Santo Amaro (Gestor, Dang e Fremix), com 0,18%, e o Consórcio DPV Santo Amaro (DP Barros e VTC), que não apresentou desconto.

Após essa classificação, a SPObras analisou a documentação técnica, jurídica e financeira dos participantes e habilitou todos os consórcios, por atendimento às exigências do edital. Com isso, o processo entra agora na fase recursal, com prazo de cinco dias úteis a partir da publicação do resultado no Diário Oficial do Município.

Disputa já havia sido acirrada

A etapa atual sucede a abertura das propostas realizada no início de dezembro, quando três consórcios confirmaram participação na concorrência. À época, os valores apresentados mostraram equilíbrio na disputa, com média estimada em torno de R$ 98,6 milhões, o que evidenciou a relevância e a complexidade do projeto.

A requalificação da Avenida Santo Amaro envolve intervenções estruturais em um dos principais corredores de ônibus da zona sul, com impacto direto na operação do transporte coletivo, na reorganização do espaço viário e na melhoria das condições de circulação para usuários do sistema.

Valores das propostas apresentadas na fase inicial.

O que prevê o projeto de requalificação

Conforme o edital e o Termo de Referência da licitação, o escopo da obra abrange um conjunto de intervenções integradas, com foco na modernização da infraestrutura viária, na priorização do transporte coletivo e na melhoria da mobilidade urbana e da acessibilidade. Entre os principais pontos do projeto estão:

  • Pavimentação do corredor de ônibus em pavimento rígido de concreto, com implantação de faixas exclusivas à esquerda, faixas de ultrapassagem e paradas acessíveis;
  • Renovação do pavimento asfáltico das demais faixas destinadas ao tráfego geral;
  • Reforma completa do sistema de drenagem pluvial, com novas galerias, coletores e bocas de lobo, visando reduzir os históricos alagamentos da via;
  • Enterramento das redes elétricas e de telecomunicações, reduzindo impacto visual e ampliando a segurança;
  • Ampliação e qualificação das calçadas, com piso tátil, rampas de acessibilidade universal e estrutura voltada à mobilidade ativa;
  • Implantação de iluminação pública em LED, com foco em travessias e pontos de ônibus, reforçando a segurança noturna;
  • Paisagismo, arborização e mobiliário urbano, além de bicicletários, abrigos de ônibus modernizados e nova sinalização horizontal, vertical e semafórica, em conformidade com as normas de acessibilidade.

O trecho em questão da Avenida Santo Amaro concentra forte fluxo de ônibus, veículos e pedestres, sofrendo historicamente com problemas de drenagem, calçadas estreitas sem acessibilidade, redes aéreas e um corredor de ônibus com pavimento desgastado.

A requalificação busca:

  • melhorar a fluidez e confiabilidade do transporte público;
  • recuperar e modernizar a infraestrutura viária;
  • ampliar a acessibilidade para pedestres e ciclistas;
  • tornar o espaço urbano mais seguro, confortável e organizado — com calçadas amplas, iluminação adequada, drenagem eficiente e mobilidade ativa;
  • reduzir emissões e impactos ambientais, estimulando transporte coletivo e modos ativos;
  • incentivar o desenvolvimento urbano da região sul da capital.

O projeto segue as diretrizes da Operação Urbana Consorciada Faria Lima, responsável pelo financiamento das intervenções.



Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

 

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