Greve de trabalhadores da 1001 em São Luís (MA) chega ao terceiro dia nesta sexta-feira (26)

Foto: Fabio Sandro/Ônibus Brasil

Paralisação atinge cerca de 30% da frota; passageiros de diversos bairros da capital são afetados

ARTHUR FERRARI

A paralisação dos rodoviários da empresa 1001 entrou no terceiro dia nesta sexta-feira (26) em São Luís (MA), mantendo 162 ônibus fora de circulação desde as primeiras horas da manhã. A greve, iniciada na véspera de Natal, continua sem acordo após tentativa de negociação entre sindicato e empresários.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), permanecem em atraso o pagamento do 13º salário, o adiantamento salarial e o ticket alimentação dos funcionários. A entidade informa que, na quarta-feira (24), houve uma rodada de negociação, mas a proposta apresentada pela empresa não foi aceita pelos trabalhadores.

Nenhum coletivo da empresa deixou a garagem localizada no bairro da Forquilha, em São Luís (MA). A paralisação compromete aproximadamente 30% da frota de ônibus que opera na capital. Com a redução do serviço, passageiros enfrentam filas e longas esperas nos terminais. No Terminal da Cohab, o movimento foi intenso desde o início do dia.

Os bairros diretamente atingidos pela suspensão das linhas são Ribeira, Vila Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.

O Sttrema informou que, ainda na terça-feira (23), encaminhou ofícios à Superintendência Regional do Trabalho (SRT), à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), à Secretaria de Estado de Transporte (SET-MA) e à Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), comunicando oficialmente a paralisação iniciada no dia seguinte.

A atual greve ocorre pouco mais de um mês após o encerramento da última paralisação dos rodoviários da empresa 1001, que durou 12 dias e terminou em 26 de novembro de 2025. Na ocasião, o retorno da operação ocorreu após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), que determinou o repasse integral do subsídio municipal às empresas de transporte.

Naquele episódio, a Prefeitura de São Luís vinha transferindo apenas 80% do valor do subsídio, alegando que a frota estava operando parcialmente. O desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior determinou que o repasse fosse feito conforme acordo firmado em 2024 entre o município e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), com pagamento direto ao sindicato patronal. A decisão também estabeleceu prazo para regularização de salários e benefícios, sob pena de sanções.

Até o momento, não há previsão para o encerramento da paralisação iniciada nesta semana.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte

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