Eletromobilidade

Banco Mundial aprova nesta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, US$ 500 milhões para ônibus elétricos no Brasil

Segundo a Caixa Econômica Federal, a transição da frota de ônibus, ampliando a presença da indústria nacional de veículos elétricos, poderá gerar um incremento de R$ 300 bilhões economia brasileira e criar mais de 500 mil empregos até 2050

ADAMO BAZANI

O Conselho Diretor do Banco Mundial aprovou nesta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, uma liberação de US$ 500 milhões para a financiar cerca de 540 ônibus elétricos no Brasil, contando com infraestrutura. A informação foi confirmada pela assessoria da instituição ao Diário do Transporte.

Trata-se da primeira fase da chama Abordagem Programática Multifásica (APM) para Eletromobilidade no Brasil, que visa auxiliar as cidades a modernizarem seus sistemas de transporte público, melhorarem a qualidade do serviço e reduzirem as emissões por meio da introdução de ônibus elétricos (e-ônibus) e infraestrutura associada.

O convênio com Caixa Econômica Federal teve publicação oficial.

Segundo a instituição internacional, a Fase 1, implementada pela Caixa Econômica Federal (Caixa), representa um investimento de US$ 500 milhões. A operação apoiará a criação de uma linha de crédito nacional para financiar a substituição de ônibus a diesel por ônibus elétricos, a modernização de garagens e redes de distribuição de energia, e a prestação de assistência técnica a cidades e operadores.

Já a fase 2, com US$ 10 milhões, financiará um Mecanismo de Desenvolvimento de Projetos e o fortalecimento institucional. Isso inclui apoio à estruturação de projetos de mobilidade elétrica viáveis, aprimoramento dos sistemas de avaliação da Caixa e desenvolvimento de um serviço de mercado de carbono para agregar e negociar créditos de projetos de ônibus elétricos.

IMPACTOS SOCIAIS:

Segundo a Caixa Econômica Federal, a transição da frota de ônibus, ampliando a presença da indústria nacional de veículos elétricos, poderá gerar um incremento de R$ 300 bilhões economia brasileira e criar mais de 500 mil empregos até 2050, considerando toda a cadeia.

Os dados são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Veja nota completa do Banco Mundial enviada ao Diário do Transporte:

WASHINGTON, DC, 22 de dezembro de 2025 — O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou a primeira fase da Abordagem Programática Multifásica (APM) para Eletromobilidade no Brasil , que visa auxiliar as cidades a modernizarem seus sistemas de transporte público, melhorarem a qualidade do serviço e reduzirem as emissões por meio da introdução de ônibus elétricos (e-ônibus) e infraestrutura associada.

A Fase 1, implementada pela Caixa Econômica Federal (Caixa), representa um investimento de US$ 500 milhões em mobilidade urbana mais limpa e eficiente. A operação apoiará a criação de uma linha de crédito nacional para financiar a substituição de ônibus a diesel por ônibus elétricos, a modernização de garagens e redes de distribuição de energia, e a prestação de assistência técnica a cidades e operadores. Ao catalisar novos investimentos ao longo da cadeia de valor da mobilidade elétrica, espera-se que o programa crie empregos na fabricação, operação, manutenção e serviços altamente qualificados , além de apoiar uma transição justa e inclusiva da força de trabalho.

“ O Projeto Eletromobilidade ajuda a reduzir as emissões e a melhorar a qualidade do ar nas cidades brasileiras, marcando um importante passo rumo à modernização do transporte público por meio de serviços mais eficientes e sustentáveis. Viabilizada pela parceria estratégica entre a Caixa e o Banco Mundial , essa iniciativa garante investimentos, assistência técnica e inovação para acelerar a transição energética e alinhar o país às metas nacionais de descarbonização ”, afirmou Jean Rodrigues Benevides, Vice-Presidente Interino da Caixa .

“Este programa representa um ponto de virada para o transporte urbano no Brasil. Ele melhorará os deslocamentos diários, reduzirá as emissões e abrirá novas oportunidades para empregos de qualidade”, afirmou Cécile Fruman, Diretora do Banco Mundial para o Brasil . “Ao combinar investimentos em ônibus elétricos e infraestrutura com reformas institucionais e capacitação, o Brasil poderá atrair capital privado, fortalecer sua indústria nacional e tornar o transporte público mais confiável e inclusivo para milhões de usuários.”

O objetivo do projeto é melhorar a qualidade e reduzir as emissões do transporte público nas cidades brasileiras . A Fase 1 apoiará a implantação de aproximadamente 540 ônibus elétricos e a infraestrutura de recarga e rede elétrica associada, beneficiando diretamente cerca de 1,3 milhão de moradores que vivem próximos a corredores de transporte público e aproximadamente 280 mil usuários e motoristas regulares. Veículos mais limpos e serviços mais confiáveis ​​contribuirão para a redução do ruído, das emissões de gases de efeito estufa e da poluição do ar nas cidades participantes.

Investimento e Geração de Empregos:
No âmbito do Componente 1 (US$ 490 milhões) , a Caixa oferecerá linhas de crédito dedicadas para frotas de ônibus elétricos e infraestrutura associada, incluindo garagens, estações de recarga, melhorias na rede elétrica e medidas complementares como ciclovias e melhorias de acessibilidade. Espera-se que esses investimentos estimulem a demanda por ônibus e componentes elétricos produzidos no Brasil , aproveitando a forte base industrial brasileira na fabricação de ônibus e ajudando a manter e criar empregos em fábricas de montagem, cadeias de suprimentos, construção e operações e manutenção de longo prazo.

O Componente 2 (US$ 10 milhões) financiará um Mecanismo de Desenvolvimento de Projetos e o fortalecimento institucional. Isso inclui apoio à estruturação de projetos de mobilidade elétrica viáveis, aprimoramento dos sistemas de avaliação da Caixa e desenvolvimento de um serviço de mercado de carbono para agregar e negociar créditos de projetos de ônibus elétricos. O projeto também inclui medidas específicas para aumentar a participação das mulheres na força de trabalho da mobilidade elétrica , oferecendo treinamento profissional e apoio à inserção no mercado de trabalho para mulheres que atuam como cobradoras de tarifas e outras trabalhadoras em transição para funções como motoristas, técnicas e gestoras de frota, em um ambiente de trabalho mais seguro e limpo.

Espera-se que o programa mobilize investimentos públicos e privados adicionais ao longo do tempo, aprimorando modelos de negócios, contratos de concessão e acordos de compartilhamento de riscos. Ao abordar barreiras importantes, como a falta de financiamento de longo prazo, a capacidade técnica limitada e as restrições da rede elétrica, a operação ajudará a estabelecer as bases para uma segunda onda de mobilização de capital privado e a criação de mais empregos no setor de mobilidade elétrica.

Implementação e alinhamento com as metas climáticas:
A Caixa atuará como intermediária financeira e agência implementadora da Fase 1, valendo-se de sua vasta experiência em financiamento de infraestrutura e de sua presença em 99% dos municípios brasileiros. Uma unidade dedicada à gestão do projeto coordenará as operações de crédito, a assistência técnica e a gestão de riscos ambientais e sociais, em conformidade com a Estrutura Ambiental e Social do Banco Mundial.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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