Terceirização de serviços nas estações do Metrô de São Paulo tem vencedora em licitação nesta sexta (10), mas resultado só valerá ao final de ação judicial

Empresa Works Construção & Serviços Ltda ofereceu preço de R$ 51,3 milhões

ADAMO BAZANI

O Metrô de São Paulo declarou vencedora por volta de 16h30 desta sexta-feira, 10 de novembro de 2023, a empresa Works Construção & Serviços Ltda na concorrência para a terceirização de serviços nas estações, como atendimento aos passageiros e operação nos bloqueios (catracas) e SSO, por exemplo.

As empresas que foram inabilitadas nesta licitação podem entrar com recurso administrativo.

A Works ofereceu proposta de R$ 51,3 milhões pelos serviços (51.374.292,97) e o contrato, segundo o edital, é de 34 meses após a assinatura.

A empresa diz que atua desde 1986 no ramo de terceirização de atendimentos e que tem como clientes o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Prodesp (empresa de processamento de dados do Governo do Estado de São Paulo, a Faculdade de Medicina da USP, a USP (Universidade de São Paulo), a Prefeitura de Campinas, a CEF (Caixa Econômica Federal), o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), PGR (Procuradora Geral da República), entre outros.

O resultado, entretanto, só vai valer depois do julgamento de uma ação movida pelo Sindicato dos Metroviários contra a licitação que chegou a suspender a concorrência.

E o contrato só valerá caso o Metrô ganhe na Justiça. Se o Sindicato ganhar, a concorrência perde a efetividade.

Em 06 de outubro de 2023, em primeira instância, a Justiça tinha atendido o pedido do sindicato e suspendeu a licitação.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/06/metroviarios-de-sao-paulo-obtem-liminar-e-suspendem-realizacao-de-pregao-do-governo-do-estado-que-terceiriza-servicos/

Mas o Metrô recorreu e, no dia 09 de outubro de 2023, a juíza do Trabalho do TRT paulista, Ana Paula Scupino Oliveira, atendeu parcialmente à estatal e liberou o leilão, porém, o resultado só poderá ser colocado em prática após o julgamento final do mérito da ação movida pela entidade trabalhista.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2023/10/09/justica-libera-licitacao-do-metro-de-sao-paulo-para-terceirizar-servicos-em-estacoes-mas-resultado-so-tera-efeitos-apos-fim-do-processo/

Em redes sociais, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, disse que uma audiência do processo está marcada para 12 de dezembro de 2023.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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Comentários

Comentários

  1. Sheisa Davia Fernandes Leme disse:

    A empresa Works é a pior empresa q eu já trabalhei,com atraso de salário e vale transporte fora vale alimentação e refeição que na época era pouco e ainda atrasavam o pagamento.

    1. laurindo junqueira disse:

      Estão destruindo o Metrô de SP. E vai piorar …

  2. Jose disse:

    Privatiza que melhora

    1. laurindo junqueira disse:

      Melhora o quê? O Metrô de SP, afora os prêmios nacionais e o reconhecimento público como “a imagem de Sampa”, ganhou mais de dez prêmios internacionais por sua qualidade de atendimento aos cidadãos! Foi baseado na sua qualidade de serviço que a totalidade dos serviços hospitalares de excelência com que contamos em nossa cidade, adquiriu status de qualidade internacional, ao ponto de atrair, a cada ano, mais de 60 mil turistas de saúde de todo o mundo. As receitas geradas por esse fluxo turístico ajudam a manter os serviços oferecidos a muitos brasileiros, inclusive aos que, moradores de estados irmãos, fazem uso deles. O primeiro SAC, serviço de atendimento ao cidadão, foi criado pelo Metrô de SP, vindo a se espalhar por todos os demais serviços públicos (e privados) do País. Ao defender a privatização dessa maneira tão pouco pensada, para não dizer irresponsável, estariam os nossos interlocutores cientes disso tudo? O que se pretende com a privatização? Privatizar a Linha 4 Amarela e sustentá-la com subsídios governamentais? Repassar serviços públicos essenciais para os “amigos dos amigos” e tirar uma casquinha a mais do dinheiro público? Pensem no fato de que essa moda começou na Inglaterra da Primeira Ministra Margareth Tatcher e que TODAS – TODAS! – as empresa concedidas para privados foram devolvidas para o governo inglês, com prejuízos enormes (que foram assumidos pelo povo) e registrando índices de reclamações cinco a sete vezes superiores dos que se verificavam quando eles eram operados pelo governo. algo similar aconteceu no Chile, que acompanhou essa malfadada experiência inglesa. Abçs.

      1. João Humberto disse:

        Aparências, somente aparências! Ganham um bom salário,bons benefícios,e ainda ficam atrás de sindicatos? Tem que privatizar mesmo, que seja essa works ou outra, que venha pra melhorias!

      2. laurindo junqueira disse:

        Quais melhorias? As do Apagão?

      3. laurindo junqueira disse:

        Aparências que quem não quer, não vê!

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