Ferrovia que une Centro-Oeste ao Porto de Santos terá aporte de R$ 750 mi do BNDES

Foto: Reprodução

Recursos serão investidos na melhoria da segurança da ferrovia e no aumento da produtividade do transporte de cargas

MICHELLE SOUZA

O BNDES subscreveu R$ 750 milhões em debêntures de infraestrutura em oferta pública de R$ 1,5 bilhão realizada pela Rumo S.A. Os recursos são para investimentos previstos na Malha Paulista, que faz parte do maior corredor de exportação do agronegócio brasileiro, ligando os principais produtores de soja, milho e açúcar do Centro-Oeste ao Porto de Santos.

A emissão recebeu o selo de debênture sustentável, atribuído a projetos que geram impactos sociais e ambientais positivos. Caso a emissora não cumpra o compromisso de reduzir em 17,6% as toneladas de emissões diretas de gases do efeito estufa (GEE) por quilômetro útil até 2026, e em 21,6% até 2030, tomando como referência as emissões de GEE em 2020.

Os recursos serão investidos na melhoria da segurança da ferrovia e no aumento da produtividade do transporte de cargas, por meio da construção, reforma ou ampliação de pátios, linhas férreas, passarelas e passagens de nível.

O superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim, disse que os investimentos na Malha Paulista vão beneficiar não só os trechos existentes no Estado de São Paulo, mas também os trechos que alimentam o corredor de exportação e vêm de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reforçando a competividade do agronegócio brasileiro. Além da ampliação de capacidade e do ganho de eficiência operacional, haverá melhoria na segurança para a população do entorno e avanço na descarbonização do transporte de cargas.

O esforço do Banco em diversificar as soluções de financiamento para empresas brasileiras, é refletido na atuação em conjunto com outros financiadores e em parceria com o mercado de capitais por meio da emissão de títulos de longo prazo.

O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa fala que na atuação como estruturador de emissões de debêntures, o BNDES adiciona experiência em análise de projetos de infraestrutura, contribuindo para a atração de capital privado para investimentos de longo prazo no setor a taxas competitivas. “O BNDES vê o mercado de capitais como parceiro e pretende estruturar mais operações de debêntures no futuro, em especial no setor de infraestrutura”, completa.

Michelle Souza, para o Diário do Transporte

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