Eletromobilidade

VÍDEO: Ônibus Brasileiro, hidrogênio para a Europa, dois andares e câmeras no lugar de espelho retrovisor

Estes foram alguns dos destaques do estande da Mercedes-Benz, Daimler Buses e Setra na BusWorld 2023 na Bélgica, que teve cobertura presencial do Diário do Transporte

ADAMO BAZANI

A BusWorld 2023, realizada entre os dias 05 e 12 de outubro de 2023 em Bruxelas, na Bélgica, reforçou a preocupação de todo o setor de transportes em como achar modelos para bancar a transição dos ônibus a diesel para modelos que poluam menos na operação ou com emissões zero.

O evento mostrou que as plantas industriais instaladas nos principais países, inclusive no Brasil, já têm uma série de opções de modelos de ônibus.

As dúvidas maiores ainda são quanto à infraestrutura necessária para tantos ônibus elétrico e a hidrogênio, como aumentar a duração das cargas das baterias e como financiar a compra, instalação e operações de coletivos que não dependam do diesel.

Ao longo da semana passada, o Diário do Transporte trouxe reportagens e discussões sobre estes mais variados assuntos. Na área de busca do site, se o leitor colocar DT na BusWorld, terá a relação de reportagens.

O Diário do Transporte viajou para a Bélgica a convite da Mercedes-Benz.

Quanto aos ônibus do presente e do futuro, diversas marcas trouxeram as mais variadas opções.

O estande da Mercedes-Benz, Daimler Buses e Setra resumiu bem o que o mundo tem a oferecer e sem deixar de lado o Brasil.

O chassi de ônibus elétrico montado em São Bernardo do Campo (SP), eO500 U, foi exposto na Bélgica e chamou a atenção, sendo um dos mais fotografados do estande.

A Mercedes-Benz quer transformar o Brasil em um dos polos exportadores de ônibus elétricos para América Latina, África e Ásia, atendendo também, logicamente, o mercado interno, como as encomendas para a grande quantidade prevista para a capital paulista.

O lançamento eCitaro Fuel Cell também foi destaque no estande. É um ônibus elétrico que carrega “na tomada” (plugin), mas que tem pequenos tanques de hidrogênio que geram energia para o veículo. Com essa geração auxiliar, a autonomia das baterias passa de 250 km (se fosse só plugin) para 400 km, segundo a fabricante.

A linha de rodoviários da Setra exibiu, como já é característica da linha Premium do conglomerado, bom acabamento e design.

Destaque para o modelo de dois andares que possui duas escadas de acesso do primeiro para o segundo andar.

No Brasil, os chamados DDs (Double Decker) possuem uma escada somente.

Em relação a tecnologia de equipamentos, foi possível perceber que as câmeras no lugar dos espelhos retrovisores estão cada vez mais comuns nos ônibus europeus. A promessa é oferecer uma visão melhor que os tradicionais espelhos, eliminado ponto-cegos (partes da lataria que não são visualizadas pelo motorista) e sem as restrições visuais do período noturno e durante a chuva.

A visão no período noturno por estes retrovisores sem o tradicional espelho é como se fosse durante o dia graças a tecnologia das câmeras. Quando chove, não há o problema das gotas de chuva que deixam o espelho quase sem utilidade.

No Brasil, esta tecnologia já existe, como nos ônibus rodoviários de dois andares da oitava geração (G8) da linha de produtos da fabricante de carrocerias Marcopolo. Mas o empresariado brasileiro ainda prefere os tradicionais espelhos.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 

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Comentários

Comentários

  1. Mario Aquino disse:

    O país tem capacidade tecnológica de produzir isto, mas continua produzindo carroças para a nossa população, caminhões travestidos de ônibus.

  2. Dasson disse:

    É isso mesmo, no Brasil en arroçam ônibus em chassis de caminhão, empresários gananciosos e o usuário que se dane.

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