Conselho Estadual do Meio Ambiente avaliará parecer técnico de Licença Ambiental Prévia de implantação da Linha 19 – Celeste, de São Paulo a Guarulhos

Empreendimento consiste na implantação e operação de 19,1 km de linha metroviária entre as futuras estações Bosque Maia, em Guarulhos, e Anhangabaú, no centro da capital

ALEXANDRE PELEGI

O Conselho Estadual do Meio Ambiente publicou nesta quarta-feira, 11 de outubro de 2023, a súmula do Parecer Técnico elaborado pelo Departamento de Licenciamento com Avaliação de Impacto Ambiental – IL para subsidiar o licenciamento ambiental prévio da implantação da Linha 19 – Celeste do Metrô (trecho Bosque Maia – Anhangabaú), nos munícipios de Guarulhos e São Paulo.

O projeto está sob responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô.

Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a implantação do empreendimento tem como objetivo conectar o centro de Guarulhos com o centro de São Paulo, oferecendo uma ligação radial para atendimento de viagens predominantemente pendulares, contribuindo para a redução dos tempos de deslocamento e da demanda sobre o sistema viário, com consequente melhoria da qualidade de vida da população.

O parecer conclui que se trata de obra de utilidade pública de importância estratégica para o transporte público.

De acordo com o Departamento de Licenciamento com Avaliação de Impacto Ambiental, que submeteu o parecer ao Consema, “foram avaliadas alternativas locacionais, e que os potenciais impactos ambientais poderão ser mitigados com a devida implementação dos Programas Ambientais propostos e das solicitações do Parecer Técnico”.

Caberá agora ao Conselho verificar o interesse na apreciação e deliberação sobre a concessão da Licença Ambiental Prévia – LP para a implantação da Linha 19 – Celeste.

O empreendimento consiste na implantação e operação de aproximadamente 19,1 km de linha metroviária entre a as futuras estações Bosque Maia e Anhangabaú da Linha 19 – Celeste.

O empreendimento inclui 15 estações, um pátio de estacionamento e manutenção de trens; 18 poços de ventilação e saídas de emergência – VSEs; um terminal rodoviário; duas subestações de energia e três estacionamentos de trens.

Além de 15 estações, o projeto prevê a implantação de um terminal rodoviário para linhas municipais e intermunicipais na estação Dutra. Também será implantado, junto à estação

Jardim Julieta, um pátio de estacionamento e manutenção de trens, denominado Pátio Vila Medeiros, ocupando uma área de 333.400 m2, localizado no entroncamento das rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra, à margem do Rio Cabuçu de Cima.

Fazem ainda parte do projeto as adequações necessárias nas estações em operação São Bento (Linha 1 – Azul) e Anhangabaú (Linha 3 – Vermelha).

As estimativas de demanda para cenário de 2025 indicam que a Linha 19 – Celeste movimentará um total de aproximadamente 684 mil passageiros diários.

De acordo com o cronograma, a implantação está prevista para até 2030, demandando 10.578 empregos diretos e 18.164 indiretos e investimento de R$11,45 bilhões em obras civis e R$1,08 bilhões com as desapropriações.

Veja a seguir a íntegra da Súmula apresentada ao Consema:

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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