Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da ALESP aprova Projeto de Lei para bilhete unificado do transporte intermunicipal por ônibus com municípios
Publicado em: 7 de agosto de 2023

União de funções em um único cartão permitirá ao passageiro usar um bilhete apenas para usar ônibus entre cidades e também dentro de cada município
WILLIAN MOREIRA
A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) aprovou Projeto de Lei para criar um sistema único de bilhetagem para ônibus municipais e do transporte intermunicipal em São Paulo.
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 07 de agosto de 2023.
Segundo o PL 486/2019, o objetivo é através do Cartão BOM criar uma integração entre os sistemas municipais e estadual, onde o passageiro seria beneficiado com a possibilidade de utilizar um único bilhete para viajar utilizando transportes operadores em locais e empresas diferentes.
Na avaliação da comissão onde dez deputados deram o voto favorável, não existem impedimentos nas questões financeiras e orçamentárias para vetar a aprovação do projeto.
Quando o projeto foi criado e apresentado, o Cartão BOM era utilizado no serviço intermunicipal, mas durante a gestão de João Doria houve a implantação do Cartão TOP, substituindo o anterior, mas com a mesma função, além de integrar outros serviços como o cartão de crédito ou débito (opcional a escolha do passageiro).
Este projeto ainda deve passar por outras comissões, ser apreciado antes de ir em votação ao plenário. Ainda sim, caso venha superar todo este processo deve ser apreciado pelo governador Tarcísio de Freitas.
Willian Moreira, para o Diário do Transporte
10 anos ou mais para isso? Mas gente?!
O ponto é que na prática, cidades como Cotia por exemplo já existe o uso do bilhete metropolitano (atualmente e infelizmente o TOP), salvo engano Carapicuíba e Poa também.Não precisava (só) da lei para isso. Bastava atitudes políticas práticas, e uma responsabilidade maior no sistema de cobrança – algo que me aparenta agora depois da troca de operação algo estranho.
O problema maior também não é nem só a questão do BOM/TOP, mas também o fato de que a EMTU atua em outras regiões metropolitanas e já existem cartões regionais exclusivos para cada área de atuação – quando não para cada município também. E muitas vezes tais cartões são apenas restritos às áreas onde operam, e muitas vezes também restritos apenas às empresas ou grupos empresariais regionais. Para a região da Baixada Santista por exemplo é apenas um cartão (BR Card), para Campinas acho que são dois, tou por fora. Lembrando que serviços Artesp também hoje operam com cartões de cobrança eletrônico. Alguns que operam ligando cidades do extremo da RM até cidades vizinhas operam com o TOP ou com cartões próprios.
O ideal agora é o estudo de algum sistema para gerar uma espécie de “banco do transporte público” para centralizar as operações e com isso facilitar a transparência e remuneração às operações de transporte público em São Paulo.