Greve de ônibus na região Metropolitana de Salvador continua e Metrô tem interrupção em trecho nesta terça (25)
Publicado em: 25 de julho de 2023

Sindicato dos rodoviários quer quitação de rescisões contratuais de 530 trabalhadores rodoviários dispensados por empresas
ADAMO BAZANI
Entrou no segundo dia nesta terça-feira, 25 de julho de 2023, a greve de ônibus na Região Metropolitana de Salvador.
Liminar concedida pela desembargadora Luiza Aparecida Oliveira Lomba, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região, determinou “circulação de 50% da frota do transporte rodoviário da Região Metropolitana de Salvador, das 5h às 9h e das 17h às 19h, e 30% nos demais horários, sob pena de multa diária no valor de R$10 mil”.
Para piorar a situação, o Metrô de Salvador ficou sem operar no início da manhã, entre as estações Pirajá e Acesso Norte, nas Linha 1, por causa da queda de um galho de árvore nos trilhos.
A greve prejudica em torno de 250 mil passageiros em cidades como Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Dias D’Avila, Mata de São João, Praia do Forte, Porto de Sauípe, Subaúma, Conde, Imbassaí, Rio Real e Arembepe.
Permanece o esquema especial de reforço em linhas municipais de Salvador para tentar minimizar os impactos da paralisação de ônibus metropolitanos.
– 0125 – Barroquinha x Pq. São Cristóvão,
– 0310 – Barroquinha x Aeroporto,
– 1001 – Aeroporto x Praça da Sé,
– 1035 – Aeroporto x Praça da Sé (via Garibaldi),
– 1007 – Lapa x Jd. Das Margaridas,
– 1625 – Paripe x Aeroporto (via Cajazeiras)
– 1653 – Paripe x Aeroporto (via Pau da Lima)
Foram 42 ônibus remanejados para estas linhas.
Como mostrou o Diário do Transporte, o Sindmetro (Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviários da Região Metropolitana).
Entre os motivos apontados pela entidade, estão a não resolução da quitação de rescisões contratuais de 530 trabalhadores rodoviários dispensados por empresas que atendem a Região Metropolitana de Salvador e por não concordarem com o valor do repasse feito pelo Governo do Estado ao metrô.
“Esclarecemos que, ao longo de mais de 01 ano, temos negociado com as empresas do setor e com o Governo do Estado a solução para a quitação das rescisões contratuais de cerca de 530 (quinhentos e trinta) trabalhadoras e trabalhadores dispensados pelas empresas BTM, VSA e Linha Verde, as quais encerraram suas atividades em razão dos efeitos da pandemia. Acreditávamos que a liberação dos recursos advindos da EC n.º 123/22 poderia viabilizar resposta para o problema.
Em razão dos critérios absolutamente injustificáveis e desproporcionais utilizados pelo Governo do Estado para definição dos valores dos repasses, houve evidente favorecimento do “Metrô” – que já é, ressalte-se, subsidiado nos termos da PPP – em detrimento das demais empresas rodoviárias (estas, sim, diretamente atingidas com a alta dos combustíveis nos últimos anos)”, declarou o sindicato.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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