Polícia Rodoviária Federal descumpre proibição do TSE e faz operações visando o transporte coletivo neste domingo (30)
Publicado em: 30 de outubro de 2022

Ministro Alexandre de Moraes havia proibido ações do tipo no sábado (29)
ARTHUR FERRARI
Colaborou Willian Moreira
A PRF (Polícia Rodoviária Federal), que foi proibida pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, de fazer operações visando o transporte público de passageiros para não comprometer eleitores que vão às urnas neste domingo, 30 de outubro de 2022, como mostrou o Diário do Transporte, vem realizando ações do tipo, indo contra a decisão.
Relembre:
De acordo com a Campanha Passe Livre pela Democracia, 19 pontos de ação da PRF contra ônibus em 11 Estados já foram identificados através de relatos por WhatsApp de eleitores enfrentando problemas para votar em várias cidades e estados o país.
Frente às denúncias das operações contra veículos do transporte público, Alexandre de Moraes intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a interromper as ações, podendo, caso descumpra a determinação, ser multado em R$ 100 mil a cada hora, além de ser afastado do cargo e preso por crime eleitoral.
Baseado no pedido de voto em Jair Bolsonaro por parte de Vasques e no descumprimento da determinação do TSE, o pedido de prisão de todos os envolvidos nas operações foi feito no início da tarde deste domingo, acreditando que ações tentam prejudicar eleitores do presidente Lula.
Confira os documentos que pedem a prisão.
Em coletiva neste domingo, em meio ao segundo turno das Eleições Gerais, o ministro do STF, Alexandre de Moraes disse que as operações da PRF não prejudicaram as eleições, e que segundo o diretor-geral da instituição, as fiscalizações visaram veículos sem condições de transitar pelas vias públicas. “As operações, e foram inúmeras, foram, segundo o diretor-geral da PRF, que veio ao TSE explicar a questão, realizadas com base no código de trânsito brasileiro, ou seja, um ônibus com pneu careca, por exemplo, era abordado. Isso retardou a chegada dos eleitores aos seus pontos eleitorais, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegarem aos destinos”, disse Moraes.
“Segundo o diretor (da PRF) foi essa questão de interpretação, foram somente feitas intervenções em veículos sem condições de transitar, mas em nenhum momento esses ônibus retornaram à origem, mas seguiram ao destino final”, completou.
Moraes ainda disse que informações da PRF e dos tribunais regionais eleitorais não indicam que pessoas foram impedidas de exercer o direito ao voto por conta das operações.
“Nenhum eleitor disse que deixou de votar, que voltou à origem. Então não houve prejuízo aos eleitores”, explicou.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte