Ex-Prefeito de Itaboraí (RJ) tem bens sequestrados pela justiça após receber propina de dono de empresa de ônibus
Publicado em: 17 de outubro de 2022

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Sérgio Soares era líder de grupo criminoso
ARTHUR FERRARI
O ex-prefeito de Itaboraí (RJ), Sérgio Alberto Soares, o advogado Eraldo Jorge de Oliveira e Sérgio Roberto Schiavini Soares tiveram os bens sequestrados através de uma decisão obtida pelo MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta segunda-feira, 17 de outubro de 2022.
Os homens foram denunciados pelo GAECO por corrupção e associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
De acordo com o MPRJ, a 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado recebeu a denúncia e determinou o sequestro de ativos financeiros, imóveis ou veículos até o valor de R$ 4 milhões, bem como o bloqueio de contas e bens.
As investigações, que começaram a partir da colaboração de um homem, dono de empresas de ônibus que operavam em Itaboraí, descobriram que um acordo, entre o empresário do transporte e o ex-prefeito, havia sido feito para que o transporte clandestino na cidade fosse reprimido, e em troca, o pagamento de propina no valor de R$ 40 mil por mês em espécie seria feito, sendo levado pelo empresário na Prefeitura de Itaboraí ou retirado por Sérgio nas sedes das empresas.
Ainda segundo o MPRJ, o ex-prefeito Sérgio Soares teria pedido ao empresário que parte da propina fosse paga através de uma mansão, localizada no bairro de Camboinhas, em Niterói. Imóvel que foi registrado no nome da empresa de seu advogado, Eraldo Jorge.
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Sérgio Soares era o líder do grupo criminoso, pois cuidava da operação ilícita, tendo “(…) a última palavra no grupo criminoso”.
Já Sérgio Roberto, filho do ex-prefeito, era sócio administrador da empresa da família, que recebeu parte do valor proveniente de propina.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte
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