São Paulo poderá ter greve de ônibus na próxima semana caso viações não negociem PLR

Presidente substituto do Sindmotoristas, Nailton Francisco

Decisão foi tomada em plenária do Sindicato dos Motoristas nesta quarta (05) e paralisações vão atingir empresas de forma individual

ADAMO BAZANI

A cidade de São Paulo poderá ter greve de ônibus na próxima semana.

Em plenária realizada nesta quarta-feira, 05 de outubro de 2022, o Sindmotoristas, que representa os motoristas e cobradores de ônibus, decidiu que vai notificar cada empresa de ônibus da cidade para que sejam reabertas as negociações sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da categoria.

Como mostrou o Diário do Transporte, no dia 29 de junho de 2022, motoristas e cobradores entraram em greve com uma série de reivindicações.

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) decretou abusiva a greve de ônibus em São Paulo na ocasião.

No julgamento, a Justiça decidiu reajuste de 12,47% nos salários e vale-refeição, entre outros pontos, mas algumas questões ficaram pendentes, como a PLR.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2022/06/29/termina-greve-de-onibus-em-sao-paulo-apos-determinacao-da-justica/

O presidente substituto do Sindmotoristas, Nailton Francisco, disse que o TRT determinou que no caso da PLR, as negociações devem ser empresa por empresa.

Assim, segundo o sindicalista, serão enviados ofícios de forma individual para cada empresa pedindo a abertura das conversas e que as viações reconheçam as comissões de negociação do sindicato.

Os ofícios ainda dirão que se não forem iniciadas as conversas, em 72 horas após a notificação das garagens, poderá haver paralisações que podem afetar as empresas de forma isolada.

Assim, segundo a entidade sindical, as empresas que retomarem a negociação não terão greve. Já as empresas que não negociarem, ainda de acordo com o sindicato, podem ter paralisação.

Em nota, o SPUrbanuss diz que não foi notificado e vê novas paralisações como ameaça “despropositda”.

O SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo não foi notificado sobre essa decisão do Sindmotoristas. A questão do pagamento do PLR ainda está pendente no TRT/SP, no julgamento da greve ocorrida em junho passado. Portanto, qualquer movimento paredista significa ignorar a manifestação (ainda não efetivada) do TRT/SP sobre essa questão. O SPUrbanuss está avaliando essa nova ameaça despropositada feita às empresas, pelo sindicato dos trabalhadores.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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