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‘Aquático’ avança na capital: Ricardo Nunes define implantação de Terminal Atracadouro Pedreira

Localização prevista para o Terminal e Atracadouro Pedreira

Decreto do prefeito visa desapropriar área de 22 mil metros quadrados para construção do equipamento, fundamental para a travessia aquática para Cocaia pela represa Billings

ALEXANDRE PELEGI

A Prefeitura de São Paulo deu mais um passo para a implantação de importante obra do transporte coletivo da capital.

Nesta quarta-feira, 06 julho de 2022, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, publicou decreto que declara de utilidade pública cerca de 22 mil metros quadrados de imóveis particulares para a implantação do Terminal Atracadouro Pedreira, em Cidade Ademar.

A declaração tem por finalidade permitir ao Município a desapropriação judicial ou a aquisição da área mediante acordo.

Como o Diário do Transporte mostrou em 14 de fevereiro deste ano, o prefeito declarou também de utilidade pública área destinada ao Terminal Cocaia, equipamento planejado para ser implantado próximo à Estrada Canal do Cocaia. Neste caso, trata-se de terminal de ônibus que integra o projeto do ‘Aquático’ – Sistema de Transporte Público Hidroviário na Represa Billings. Relembre: Prefeitura de SP inicia processos de implantação do Terminal Cocaia, na Billings, e da continuação de parte do corredor Leste Itaquera

Este Terminal acomodará linhas de ônibus da localidade, permitindo a transferência dos usuários do sistema de ônibus para as embarcações de travessia aquática entre Cocaia e Pedreira.

AQUÁTICO

O primeiro modo de transporte coletivo por embarcações na cidade, o “Aquático”, situado na represa Billings, terá cerca de 3km de extensão.

O “Aquático” será integrado aos demais sistemas de transportes. Para isso, terá atracadouros e terminais de ônibus para permitir a transferência dos usuários entre os modais.

A São Paulo Transporte S/A (SPTrans) estima que com a implantação do “Aquático” reduzirá o tempo de deslocamento dos moradores entre as regiões da Estrada da Cocaia e o bairro de Pedreira, localizados próximos à represa, além de beneficiar também a região do Grajaú. A demanda prevista é de 10 mil passageiros por dia útil.

Vale lembrar que o prefeito Ricardo Nunes, então vereador da capital em 2014, propôs um projeto que previa a incorporação do Sistema de Transporte Público Hidroviário de São Paulo (STPHSP) à rede de transporte coletivo.

Aprovada e depois promulgada no mês de junho daquele ano, a Lei 16.010/2014 determina integrar o transporte por rios e represas da cidade ao sistema de transporte por ônibus e trilhos, tudo pago com o Bilhete Único. Pela Lei, os portos estarão integrados ao sistema de ônibus, metrôs e trens.

Uma vez eleito, o falecido prefeito Bruno Covas incluiu em seu Plano de Metas, hoje aprovado pela Câmara, a implantação do Sistema de Transporte Público Hidroviário na represa Billings. A proposta inclui a construção de atracadouros integrados a terminais de ônibus para embarque e desembarque na rede de transporte público hidroviário.

Os processos de desapropriação de áreas destinadas para implantação do Terminal Cocaia e agora para o Terminal Atracadouro Pedreira sinalizam que o projeto poderá sair do papel.


Modelo na utilização do transporte hidroviário, Londres possui alguns barcos com acesso à internet sem fio e lanchonetes. Apesar da importância histórica, hidrovias londrinas passaram por um processo de abandono e foram recuperadas apenas nos anos 1960.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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