Antonov AN-225 será reconstruído, diz Governo Ucraniano

Aeronave foi destruída em um ataque das forças da Federação Russa durante a invasão da Ucrânia

WILLIAN MOREIRA

O Governo da Ucrânia anunciou neste domingo, 27 de fevereiro de 2022, por meio de suas contas em redes sociais, que o maior avião cargueiro do mundo, o Antonov AN-225 foi destruído durante um ataque do exército russo ao Aeroporto de Gostomel, nas proximidades de Kiev, capital do país.

A aeronave teria sido atacada por militares russos que já estavam nas dependências deste aeroporto.

Porém, ainda sem avaliar os reais danos causados ao avião, o governo ucraniano afirmou na mesma publicação que o Antonov será reconstruído.

Veja abaixo a declaração oficial.

“O maior avião do mundo “Mriya” (The Dream) foi destruído por ocupantes russos em um aeródromo perto de Kiev. Vamos reconstruir o avião. Cumpriremos nosso sonho de uma Ucrânia forte, livre e democrática.”

SOBRE O ANTONOV

O AN-225 foi construído no final dos anos 80 e realizou seu primeiro voo, em 1988. Tinha como missão ser um avião de transporte de peças e componentes do programa espacial soviético, inclusive para levar acoplado um ônibus espacial.

Com o fim da União Soviética, a sua função foi perdida, com o avião ficando anos parado e depois passando por uma ampla modernização no começo dos anos 2000. Em seguida voltou a voar pela Antonov na função de cargueiro, transportando produtos que seriam impossíveis de ser levados por outras aeronaves.

De acordo com a fabricante, a capacidade de transporte era de até 250 toneladas de cargas. A aeronave e possui 88 metros de envergadura, que são as medidas entre as pontas das asas.

Além disso, para levantar este gigante era necessária a força de seis motores, contava com 32 pneus no seu trem de pouso e por ser grande, a retirada ou embarque de cargas no avião acontecia pelo seu nariz, que era aberto para cima e deixava um grande espaço para o trabalho em solo.

Uma outra fuselagem foi construída incompleta, e estimativas atuais colocam um preço alto (R$ 3 bilhões) para completar a construção da segunda unidade, o que no momento atual inviabiliza este projeto.

Sua última visita ao Brasil aconteceu em 2016. Na ocasião o superavião passou pelos aeroportos de Guarulhos e Viracopos em Campinas, de onde depois foi para o Chile transportando um transformador de 150 toneladas.

 Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte

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