Prefeitura do Rio de Janeiro vai demitir oito responsáveis por greve do BRT

Demissões são por justa causa, em razão da ilegalidade do movimento e do não comparecimento ao trabalho, de acordo com gestão municipal, que opera o BRT

ADAMO BAZANI

A prefeitura do Rio de Janeiro, informou na manhã deste sábado, 26 de fevereiro de 2022, que a Mobi-Rio – empresa gestora do BRT, já identificou oito pessoas apontadas pela administração como líderes da greve no sistema de corredores

Segundo a administração municipal, os responsáveis serão notificados ainda neste sábado (26) sobre suas demissões por justa causa, em razão da ilegalidade do movimento e do não comparecimento ao trabalho.

A prefeitura esclareceu ainda, por meio de nota, que os motoristas que participam da greve foram indenizados com recursos públicos e recentemente contratados pela Mobi-Rio. Os trabalhadores estão com seus salários em dia.

Ainda neste sábado a Mobi-Rio vai entrar com uma petição na Justiça para que seja iniciada a cobrança da multa diária de R$ 100 mil reais, determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho, já que a paralisação é abusiva.

SEGUNDO DIA:

Entrou no segundo dia neste sábado, 26 de fevereiro de 2022, a greve no BRT (Bus Rapid Transit) do Rio de Janeiro.

No início da manhã, a prefeitura, que é responsável pelas operações, informou que montou um esquema operacional para reduzir os impactos.

Veja:

Plano de contingência

-Linha 10 – Santa Cruz x Alvorada-direto: 28 carros/ 5 min;

-Linha 12 – Pingo d’Água x Alvorada direto: 28 carros/5 min;

– Linha 20: Santa Cruz x Salvador Allende, expresso / 10 min;

– Linha 19: Pingo D’água x Salvador Allende, expresso / 8 min;

– Linha 25: Mato Alto x Alvorada, parador / 10 min.

Ônibus Convencionais:

Nas áreas desatendidas, a população deverá buscar as linhas convencionais.

No trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são 803, 900, 766 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus, o ponto final da linha 565 será estendido temporariamente até o Terminal Paulo da Portela, em Madureira, e fará retorno próximo ao viaduto de Cascadura.

No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck.

No trecho entre Madureira e Penha, o usuário tem as linhas 721 e 355 como opção.

No trecho entre Penha e Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313.

Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.

APLICAÇÃO DE MULTA:

A prefeitura do Rio informou também que vai acionar a justiça para o cumprimento da frota de 80% determinada pela desembargadora-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro, Edith Maria Correa Tourinho. Caso não cumpra, o Sindicato que representa os rodoviários pode ser multado em R$ 100 mil por dia.

“Apesar da decisão judicial determinar o retorno imediato do funcionamento do sistema, os motoristas do BRT não estão trabalhando na manhã deste sábado. A Mobi-Rio, empresa pública gestora do serviço, vai entrar com uma petição na justiça para que seja iniciada a cobrança da multa diária de R$ 100 mil reais. A prefeitura orienta ainda a população para que procure alternativas de transporte público para locomoção, como ônibus urbanos, trens e metrô”

REIVINDICAÇÕES:

Como mostrou o Diário do Transporte, a greve na empresa, que agora é administrada pela prefeitura, começou ainda de madrugada.

A categoria diz que está há quatro anos sem reajuste salarial, pede o rompimento dos contratos de trabalho antigos e criação de novos com a prefeitura, garantido todos os direitos trabalhistas em caso de demissão, retorno de 50 trabalhadores que tinham sido afastados por licença médica, mas que já estão liberados, melhoria na frota, entre outros pontos.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2022/02/25/greve-do-brt-rio-afeta-circulacao-na-manha-desta-sexta-feira-25-prefeitura-chama-movimento-de-ilegal/

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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