Retirada de esgoto em obra do Metrô é suspensa nesta sexta (11)

Publicado em: 11 de fevereiro de 2022

Quase 20 milhões de litros já foram drenados

WILLIAN MOREIRA

O processo de retirada de esgoto na obra da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, afetada pela ruptura de uma adutora da Sabesp, foi suspenso nesta sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022.

Com isso, o nível da água suja no canteiro de obras da Freguesia do Ó voltou a subir.

A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos), no entanto, não informou o motivo desta elevação na quantidade de esgoto nos poços, mas afirmou que técnicos da Sabesp e da STM compareceram ao local para acompanhar os trabalhos.

Nesta sexta também foi iniciado o processo de injeção de argamassa no espaço entre o interceptor de água suja e o túnel por onde futuramente vão passar os trens do Metrô.

Ainda segundo a secretaria, 19,3 milhões de litros já foram drenados do local afetado.

Veja abaixo a nota na íntegra:

“A Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp enviaram técnicos para acompanhar os trabalhos realizados pela Acciona para bombeamento do esgoto no túnel da Linha 6-Laranja do Metrô. Nesta sexta (11), após concluída a primeira etapa de concretagem, técnicos da concessionária iniciaram a injeção de argamassa no local para estabilização entre o interceptor danificado e o túnel. Segundo a Acciona, aproximadamente 19,3 milhões de litros foram drenados do local.

Além disso, a Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp acompanham o andamento dos trabalhos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para apurar os fatos e possíveis causas do acidente.”

SOBRE O ACIDENTE

Em 1º de fevereiro, durante o trabalho de perfuração dos túneis da futura Linha Laranja, uma adutora da Sabesp, chamada de interceptor de esgoto, foi rompida, os túneis da obra foram inundados e a pista local da Marginal Tietê desabou parcialmente.

Como o trabalho de recuperação no local é complexo, uma via alternativa foi aberta em paralelo à pista da marginal, poucos dias depois, com preferência para o trânsito de motocicletas, automóveis e ônibus.

O dano ao túnel de esgoto da Sabesp inclusive foi alvo de crítica do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), que afirmou ser pequena a distância de três metros entre os túneis, quando o ideal deveria ser de no mínimo 20 metros.

Relembre:

Sindicato afirma que tatuzão deveria passar 20 metros abaixo de adutora da Sabesp

Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte