Pista central da Marginal Tietê deve ser liberada até 11 de fevereiro e acidente não causou danos aos túneis da linha 6-Laranja
Publicado em: 2 de fevereiro de 2022

Informações foram divulgadas em coletiva do Governador João Doria junto com o prefeito Ricardo Nunes e representantes da Acciona
ADAMO BAZANI
A pista central da Marginal do Rio Tietê deve ser liberada até o dia 11 de fevereiro se for necessário o estaqueamento da região onde ocorreu um acidente com uma rede de esgoto nas obras da linha 6-Laranja de metrô, nas proximidades da ponte do Piqueri.
Se não for necessário o estaqueamento, a liberação será feita em até três dias.
O acidente não causou danos aos túneis da linha 6-Laranja.
As informações foram divulgadas em coletiva do Governador João Doria junto com o prefeito Ricardo Nunes e representantes da Acciona, no início da tarde desta quarta-feira, 02 de fevereiro de 2022.
O Governo de São Paulo cobrou da Acciona as providências necessárias para a retomada das obras e do tráfego na Marginal Tietê, além de medidas ambientais e para a segurança dos trabalhadores e demais pessoas que precisam circular pela região.
Doria ainda anunciou que o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para acompanhar os procedimentos tomados pela Acciona.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, disse que a Acciona apresentou duas possibilidades de soluções para liberar a pista central da Marginal: colocar estacas no local, o que faria com que a liberação ocorresse até o dia 11 de fevereiro, ou, se não precisar de estacas, a liberação poderá ser feita em dois ou três dias.
O secretário disse que as rochas no local que foram colocadas são apenas para conter a argamassa e estabilização e que depois vão ser retiradas para continuar as obras.
Ainda de acordo com o chefe da pasta de transportes de Doria, os custos pelo acidente, que ainda não foram mensurados, serão de responsabilidade da Acciona.
Galli citou também a criação do Comitê formado pela pasta, Secretaria de Infraestrutura e Obras, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pela Sabesp que apura o acidente.
O Diário do Transporte noticiou o comitê:
O presidente da Sabesp, Benedito Braga, apresentou um plano de remanejamento e transposição da captação de esgoto para substituir provisoriamente a rede que foi danificada.
O presidente da Acciona no Brasil, André de Angelo, falou sobre o trabalho de concretagem do local onde foi aberta a cratera e disse que não haverá lançamento de esgoto no Rio Tietê.
Segundo o diretor da Acciona, Lucio Matteucci houve carregamento de solo provocando acidente.
O tatuzão estava a 1,80 m da parede do poço onde ocorreu o acidente.
“Ao chegar a 1,8 metro, houve o carreamento de solo, que veios posteriormente com o esgoto que estava neste coletor, e acabou carreando todo este material para dentro do poço. Não houve nenhuma ruptura de nenhuma estrutura da obra. Os túneis estão intactos assim como o poço.” – disse Matteucci
O diretor da empresa ainda disse que a solução emergencial teve quatro passos: Aterro do poço para impedir a perda de solo, interrupção do fluxo do interceptor (captação do esgoto), preenchimento da cavidade da cratera com argamassa e barreira de estacas para contenção de cavidade.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que o desvio que será implantado tem como foco principal as cinco linhas de ônibus que passam pelo local e atendem diariamente a cerca de 40 mil pessoas.
O Diário do Transporte mostrou que Nunes em despacho publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial, 02 de fevereiro de 2022, autorizou que sejam tomadas as providências necessárias para a implementação, em caráter emergencial, de planos viários de contingência em torno da região do acidente ocorrido nas obras da Linha 6 do Metrô.
Os planos viários apresentados no Diário aparecem em um croqui, e a autorização de Nunes possibilita, inclusive, se for o caso, a requisição administrativa de áreas privadas.
Caberá à SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito operacional as mudanças.
Pelo croquis, o desvio será realizado pela Rua Aquinos, após acesso pela Marginal Tietê pela Rua Cenno Sbrighi. A nova proposta de desvio envolve área privada na continuidade da Aquinos, até desaguar mais à frente na Marginal na rua Visconde de Nanique.
Relembre:
O prefeito disse na coletiva que a Defesa Civil concluiu que não houve impactos e danos nos imóveis no entorno.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Comentários