Rodoviários de São Vicente (SP) decidem iniciar greve de ônibus nesta quarta (19)

Publicado em: 18 de janeiro de 2022

Paralisação tem início a partir da meia-noite, de acordo com o sindicato

JESSICA MARQUES

Os rodoviários de São Vicente, no Litoral Paulista, decidiram iniciar uma greve de ônibus nesta quarta-feira, 19 de janeiro de 2022. A paralisação terá início a partir da meia-noite, de acordo com o sindicato.

Os motoristas e demais empregados da empresa Otrantur, que opera o transporte coletivo em São Vicente, vão cruzar os braços para reivindicar direitos.

A categoria reclama salários, horas extras e benefícios atrasados, entre eles plano de saúde, vale-refeição, adicional de assiduidade, pagamento da PLR e férias vencidas.

Organizados no sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, os trabalhadores aprovaram a greve em assembleia às 18h30 desta terça-feira (18).

COMUNICADO

No sábado (15), o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana, publicou dois editais, um convocando a assembleia desta semana e outro avisando aos usuários sobre a greve.

No comunicado, ele pondera sobre “a intranquilidade dos trabalhadores e suas famílias, que estão prestes a ficar desassistidas”. Além disso, Pestana também diz que “a mora tem sido contumaz”.

No documento, Pestana adverte que, caso a empresa não salde as dívidas, a greve será por tempo indeterminado. Ele ressalta, porém, que os requisitos para preservar os usuários serão observados.

No edital de convocação da assembleia, o sindicalista reclama da falta de medidas sanitárias frente à nova onda da pandemia e destaca o risco de corte do plano de saúde.

EMPRESA E PREFEITURA

O documento também responsabiliza a “inércia” da empresa e da Prefeitura, como contratante dos serviços, pelo não cumprimento dos direitos trabalhistas. Além disso, adianta que acionará a Justiça e o Ministério Público.

Na assembleia da semana passada, o vice-presidente, o secretário-geral e o diretor jurídico, Alberto Simões ‘Betinho’, Eronaldo Oliveira ‘Ferrugem’ e Walter Gomes ‘Mineiro’ orientaram os trabalhadores.

Lembraram que não devem fazer greves espontâneas, sem cobertura do sindicato e observação da Lei de Greve, alertando que isso poderá prejudicá-los em eventual julgamento.

Jessica Marques para o Diário do Transporte