Greve da CPTM termina após Baldy aceitar proposta de ferroviários

Paralisação atingiu integralmente ou parcialmente quatro linhas: 7,8,9 e 10

ADAMO BAZANI

Trabalhadores da CPTM que cruzaram os braços nesta quinta-feira, 15 de julho de 2021, decidiram encarrar a greve que atingiu integralmente ou parcialmente quatro linhas: 7,8,9 e 10.

As operações vão se normalizando aos poucos ao longo da noite

De acordo com as entidades sindicais, em nota, o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, aceitou atender propostas trabalhistas de ferroviários.

Após paralisação durante o dia 15 de julho, os ferroviários suspenderam a greve e retornaram ao trabalho. A decisão foi tomada em assembleia depois de a CPTM e o Governo Estadual aceitarem a proposta da categoria. “Ninguém nos procurou ao longo do dia, estávamos caminhando para a continuação da greve, mas no último momento o Secretário de Transportes, Alexandre Baldy, resolveu nos ouvir e chegamos a um acordo”, esclarece o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias.
Os ferroviários, através dos Sindicatos da Sorocabana, São Paulo e Engenheiros, protestavam contra a insistência da empresa em reajuste zero pelo segundo ano consecutivo e ainda o calote da CPTM sobre o pagamento do PPR 2020, “no ano passado nossa categoria não teve reajuste e esse ano a empresa queria seguir pelo mesmo caminho, mas como os ferroviários vão sobreviver, pagar as contas se tudo aumentou, menos o salário. A solicitação não é nada além de um pedido de respeito da empresa com os seus funcionários”, explica Messias.
A proposta feita pelos ferroviários para o encerramento da greve foi:
– 50% do PPR 2020 pagamento dia 10/08/2021;
– 50% restante do PPR 2020, com acréscimo da multa contratual em 10/01/2022;
– Não recorrer ao TST das decisões dos Dissídios Econômicos 2020 e 2021
O compromisso por parte das Entidades Sindicais é de suspensão do movimento grevista, com retorno gradual às atividades.
O secretário de transportes, Alexandre Baldy, entrou no circuito e decidiu aceitar a proposta dos ferroviários. “Nós tentamos negociar durante todo o dia com a CPTM, mas não houve êxito. Quando já estávamos em assembleia para seguir com a greve, o secretário resolveu entrar em contato e aceitar o que estávamos propondo”, finaliza Messias.

Os trabalhadores da CPTM estão divididos entre os seguintes sindicatos:

Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo: representa os trabalhadores da manutenção e engenharia das linhas.

Sindicato dos Ferroviários de São Paulo: trabalhadores das linhas 7-Rubi (Jundiaí/Brás) e 10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás);

Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana: trabalhadores das linhas 8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes), 9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)  e 13-Jade (ferroviários de estações localizadas na cidade de Guarulhos);

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil: trabalhadores das linhas 11-Coral (Estudantes/Luz) e 12-Safira (Brás/Calmon Viana) e da 13-Jade (no trecho da capital paulista).

Antes dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a demanda, as linhas da CPTM transportavam em torno de quatro milhões de pessoas por dia.

As linhas são:

7-Rubi (Jundiaí/Brás)

8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes)

9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)

10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás)

11-Coral (Estudantes/Luz)

12-Safira (Brás/Calmon Viana)

13-Jade (Estação Aeroporto de Guarulhos/Engenheiro Goulart/Brás/Luz)

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte

 

 

Paralisação foi decidida em assembleias dos sindicatos que alegam que empresa não atendeu às reivindicações da campanha salarial e  não pagou a participação nos resultados (PPR) referente ao ano de 2020

Trabalhadores protestam por reajuste salarial e pagamento na participação dos resultados

ADAMO BAZANI/WILLIAN MOREIRA

Apenas alguns trechos da rede de trens da Grande São Paulo estão em operação na manhã desta quinta-feira, 15 de julho de 2021, devido à greve de parte dos ferroviários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que reivindicam reajuste salarial e pagamento da participação dos resultados.

De acordo com a CPTM, as operações ocorrem da seguinte forma:

Linha 7-Rubi: trens circulando entre a estação Palmeiras-Barra Funda e a estação Caieiras.

Linha 8-Diamante: trens estão circulando entre a estação Palmeiras-Barra Funda e a estação Barueri

Linha 9-Esmeralda: trens não circulam

Linha 10-Turquesa: entre Santo André e Tamanduateí (depois das 9h)

Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade: operam normalmente

As linhas do metrô, de monotrilho e de ônibus urbanos e metropolitanos também operam normalmente.

Os ônibus da operação PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) não foram acionados pela CPTM.

Em nota, a CPTM atualizou as informações

A CPTM informa que ampliou a operação parcial das linhas com circulação de trens na Linha 10-Turquesa entre as estações Santo André e Tamanduateí com intervalos médios de 25 minutos entre trens.

Desde 4h da manhã desta quinta-feira, os trens circulam parcialmente nas Linhas 7-Rubi e 8-Diamante.

Na Linha 7-Rubi, os trens circulam entre a estação Palmeiras-Barra Funda e a estação Caieiras. Na Linha 8- Diamante, os trens circulam entre a estação Palmeiras-Barra Funda e a estação Barueri. Os intervalos médios serão de 10 minutos nas duas linhas. A conexão com o Metrô na Linha 3-Vermelha na Estação Palmeiras-Barra Funda está garantida.

Na Linhas 9-Esmeralda a adesão à greve foi total, contrariando decisão da Justiça do Trabalho, que exigiu a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil diários.

As Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade estão funcionando normalmente nesta quinta-feira.

Segundo os sindicatos dos trabalhadores, o TRT propôs que a CPTM repusesse o salário em 6,22%, mas a empresa não aceitou. A categoria pede também o pagamento dos valores do PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente ao ano de 2020 que ainda não foi pago e deveria ter sido quitado em março deste ano de 2021.

A CPTM diz que aciona plano de contingência e que tem uma decisão da Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$100 mil.

Os trabalhadores da CPTM estão divididos entre os seguintes sindicatos:

Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo: representa os trabalhadores da manutenção e engenharia das linhas.

Sindicato dos Ferroviários de São Paulo: trabalhadores das linhas 7-Rubi (Jundiaí/Brás) e 10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás);

Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana: trabalhadores das linhas 8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes), 9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)  e 13-Jade (ferroviários de estações localizadas na cidade de Guarulhos);

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil: trabalhadores das linhas 11-Coral (Estudantes/Luz) e 12-Safira (Brás/Calmon Viana) e da 13-Jade (no trecho da capital paulista).

Antes dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a demanda, as linhas da CPTM transportavam em torno de quatro milhões de pessoas por dia.

As linhas são:

7-Rubi (Jundiaí/Brás)

8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes)

9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)

10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás)

11-Coral (Estudantes/Luz)

12-Safira (Brás/Calmon Viana)

13-Jade (Estação Aeroporto de Guarulhos/Engenheiro Goulart/Brás/Luz)

O presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, responsabilizou a própria CPTM pela greve

“Lamentavelmente a responsabilidade por essa greve é da CPTM e do Governo do Estado. Os ferroviários como categoria essencial têm trabalhado e vem trabalhando em toda a pandemia. Tivemos muitos contaminados, vários óbitos e estamos sem reajuste salarial desde o ano passado.  Em agosto de 2020, nós assinamos um PPR para aquele exercício para pagamento em duas parcelas agora em março e junho de 2021 e a CPTM simplesmente não honrou o acordo assinado com os trabalhadores. Na data base já de 2021 da nova negociação coletiva, depois de exaustivas reuniões, a data base é março, estamos em julho e agora no dia 29 de junho, a CPTM envia um oficio ao sindicato simplesmente encerrando as negociações e propondo reajuste zero para essa data base. Então infelizmente os trabalhadores chegaram ao limite e o único recurso que nós temos que é constitucional é o direito de greve, infelizmente”, disse o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, para o Diário do Transporte

O presidente interino do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, José Claudinei Messias, disse que a CPTM não foi pega de surpresa

“O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, dos Engenheiros de São Paulo vem tentando negociar com a CPTM há mais de dois meses a reposição salarial dos ferroviários e a empresa vem sempre oferecendo zero já desde o ano passando. Lembrando que durante toda a pandemia, os ferroviários continuaram trabalhando, se dedicando e garantindo um transporte de qualidade para os profissionais da saúde, da educação, da segurança pública, entre outros e a empresa não reconheceu isto.

Nós tivemos inclusive que entrar na justiça para garantir o fornecimento de máscaras e álcool em gel. Então, a empresa não respeita os ferroviários e, por conta disto, nós fizemos uma assembleia no dia 6 de julho e a empresa foi oficialmente comunicada em 7 de julho da paralisação agora do dia 15. Então não foi avisado de última hora como a empresa vem alegando, foi avisado a mais de uma semana de antecedência.

Nós lamentamos também que por conta da omissão da CPTM e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos nós tivemos atos de vandalismo. A responsabilidade é totalmente deles porque os sindicatos estão fazendo um ato pacífico e respeito. Infelizmente a população está sendo prejudicada por conta da omissão da CPTM e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos”, disse para a imprensa, o presidente interino do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, José Claudinei Messias.

FRANCISO MORATO:

No final da madrugada por volta das 6h desta quinta-feira, 15 de julho de 2021, uma confusão aconteceu na estação Francisco Morato da Linha 7-Rubi, com um grupo de pessoas praticando vandalismo e tentando invadir a estação.

A Polícia Militar foi acionada e permanece no local para evitar novos tumultos. Ainda assim foi necessário o uso de bombas de efeito moral contra essas pessoas que tentavam depredar a estação.

Uma mulher ficou ferida durante a confusão. Segundo publicação nas redes sociais ela foi alvo de um disparo de arma de borracha no rosto.

ABC:

Há ao menos 14 linhas da EMTU que levam os moradores do ABC ao Terminal Sacomã de onde é possível seguir a viagem pela linha 2-Verde do Metrô, de onde é possível continuar viagem.

004 SAO BERNARDO DO CAMPO (PARQUE ALVARENGA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): VIAÇÃO RIACHO GRANDE – R$ 6,80

006 SAO BERNARDO DO CAMPO (JARDIM NAZARETH)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): ABC SISTEMA R$ 6,20

008 SAO CAETANO DO SUL (NOVA GERTI)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): VIAÇÃO TUCURUVI – R$ 5,20

063 RIBEIRAO PIRES (OURO FINO PAULISTA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): RIBEIRÃO PIRES – R$ 7,60

063EX1 RIO GRANDE DA SERRA (SANTA TEREZA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): VIAÇÃO RIBEIRÃO PIRES – R$ 7,60

066 SANTO ANDRE (JARDIM LAS VEGAS)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA PUBLIX – R$ 7,45

123: SAO CAETANO DO SUL (TERMINAL RODOVIARIO NICOLAU DELIC)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA TUCURUVI – R$ 5,20

152: SAO BERNARDO DO CAMPO (AREA VERDE)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA) – VIAÇÃO RIACHO GRANDE – R$ 6,80

153 SAO BERNARDO DO CAMPO (CONJUNTO TERRA NOVA II)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): VIAÇÃO RIACHO GRANDE – R$ 6,80

154 SAO BERNARDO DO CAMPO (JARDIM NAZARETH)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA ABC SISTEMA -R$ 6,80

158 MAUA (JARDIM ZAIRA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA EAOSA R$ 7,45

160 MAUA (JARDIM ADELINA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA EAOSA – R$ 7,45

212 DIADEMA (JARDIM SAPOPEMA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA ABC SISTEMA – R$ 6,20

236 DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO PIRAPORINHA)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA: ABC SISTEMA – R$ 6,20

431: SAO BERNARDO DO CAMPO (JARDIM LAS PALMAS)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): VIAÇÃO RIACHO GRANDE R$ 6,80

493 SANTO ANDRE (PRINCIPE DE GALES)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA VIPE – R$ 5,75

493DV1 SANTO ANDRE (PRINCIPE DE GALES)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA: VIPE R$ 5,75

494 SAO CAETANO DO SUL (TERMINAL RODOVIARIO NICOLAU DELIC)/ SAO PAULO (TERMINAL SACOMA): EMPRESA TUCURUVI – R$ 5,20

GRAJAÚ:

Por causa de bloqueios policiais na região da Estação Grajaú da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para evitar tumultos em razão da greve dos ferroviários, linhas de ônibus estão sendo desviadas nas imediações.

De acordo com a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), há alterações de rota das linhas 012 e 226 na região. Estas linhas partem da cidade de Embu-Guaçu.

012EMBU-GUACU (VILA DIRCE)/ SAO PAULO (TERMINAL GRAJAU)

226 EMBU-GUACU (CHACARA

FLORIDA)/ SAO PAULO (TERMINAL GRAJAU)

As linhas municipais gerenciadas pela SPTrans também têm desvios nas imediações , de acordo com nota da gerenciadora.

A SPTrans informa que as linhas de ônibus que atendem o Terminal Grajaú, na Zona Sul, estão fazendo o retorno, em ambos os sentidos, desde as 6h05 desta quinta-feira, dia 15 de julho, em razão de interferência na via.

Linhas afetadas:

5630-10TERM. GRAJAÚ-METRÔ BRÁS
6003-10TERM. GRAJAÚ-TERM. VARGINHA
6016-10JD. NORONHA-TERM. GRAJAÚ
6016-41JD. PORTO VELHO-TERM. GRAJAÚ
6031-10JD. SÃO BERNARDO-TERM. GRAJAÚ
6034-10PQ. RES. COCAIA-TERM. GRAJAÚ
6050-10PQ. COCAIA-TERM. GRAJAÚ
6053-10JD. ELLUS-TERM. GRAJAÚ
6056-10PQ. STA. CECÍLIA-TERM. GRAJAÚ
6056-41VL. NATAL-TERM. GRAJAÚ
6057-10VL. NATAL-TERM. GRAJAÚ
6061-10JD. MARILDA-TERM. GRAJAÚ
6062-10JD. CASTRO ALVES-TERM. GRAJAÚ
607M-10TERM. GRAJAÚ-TERM. ÁGUA ESPRAIADA
6083-10JD. ELIANA-TERM. GRAJAÚ
6092-10JD. DAS PEDRAS-TERM. GRAJAÚ
6093-10VARGEM GRANDE-TERM. GRAJAÚ
6099-10TERM. GRAJAÚ-DIVISA DE EMBU-GUAÇU
6115-10CANTINHO DO CÉU-TERM. GRAJAÚ
6115-41PQ. RES. DOS LAGOS-TERM. GRAJAÚ
6116-10JD. PRAINHA-TERM. GRAJAÚ
6120-10JD. LUCÉLIA-TERM. GRAJAÚ
6726-10JD. GAIVOTAS-TERM. GRAJAÚ
675X-10TERM. GRAJAÚ-AACD-SERVIDOR
6970-10TERM. GRAJAÚ-TERM. STO. AMARO
6L11-10ILHA DO BORORÉ-TERM. GRAJAÚ

IMPASSE:

A maioria dos funcionários ao votar optou pela paralisação depois que os sindicatos apresentaram o resultado da reunião de tentativa de conciliação realizada na tarde da quarta-feira (14) na TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que terminou sem acordo.

Os sindicatos dizem que a estatal não apresentou uma nova proposta referente ao impasse trabalhista.

Segundo comunicado coletivo das entidades divulgado para a imprensa, o movimento grevista foi motivado pelo fato de a companhia encerrar as negociações sobre o pagamento da PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente ao ano de 2020 que ainda não foi pago e deveria ter sido quitado em março deste ano de 2021.

A situação se junta ao fato destas negociações acabarem com zero reajuste sobre a data base de 2021 e 2022.

Em nota a CPTM diz que lamenta a decisão dos sindicatos que representam as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa de fazer greve nesta quinta-feira (15/07) e que  tem uma decisão da Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$100 mil.

A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais. As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operarão normalmente nesta quinta-feira, segundo a estatal

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) considera inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira (15/07) prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19.

A CPTM lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. A Companhia reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários. A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.

Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas – a renda média do trabalhador é de R$ 2.500,00, a CPTM mantém salários e benefícios rigorosamente em dia – salário médio de R$ 6.500,00, mesmo tendo sido duramente afetada pela queda na demanda de passageiros durante 2020 e todo o ano de 2021. Não é possível que estes sindicatos estejam em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome.

As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operarão normalmente nesta quinta-feira.

Veja o comunicado dos sindicatos na íntegra:

Sem acordo em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, os Sindicatos da Sorocabana, de São Paulo e dos Engenheiros de São Paulo convocaram os ferroviários e se reuniram em assembleia para dar andamento à paralisação nessa quinta-feira, dia 15/07. “O TRT propôs que a CPTM repusesse o salário em 6,22%, mas a empresa não aceitou. A categoria está cansada de tanto desrespeito e resolveu parar o serviço a partir da 0 hora dessa quinta”, esclareceu o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias.

Os Sindicatos entraram com ação de Dissidio Coletivo de Greve no TRT solicitando que a empresa aceite os termos propostos no ACT 2021/2022 que foi parcialmente assinada, mas, justamente, as cláusulas econômicas não foram aceitas pela companhia que insistem em reajuste zero pelo segundo ano seguido. “O ferroviário trabalhou toda a pandemia e se dedicou, já no ano passado a empresa não reajustou o salário e agora querem isso de novo, mas tudo aumentou, como os ferroviários vão ter condições de viver sem saber se vão conseguir pagar as contas”, indaga Messias.

Reunidos em assembleia, os ferroviários, resolveram avançar com a greve paralisando o serviço a partir da 0 hora dessa quinta-feira, dia 15/07, sem previsão de retomada da operação.

 

Nós, Ferroviários da CPTM- Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, estamos em greve desde as 00:00 de 15/07/2021.

O motivo dessa atitude foi a intransigência da CPTM em querer retirar o pouco que a categoria tem de benefício. Esses poucos benefícios foram conquistados através de anos de luta!

Além disso a CPTM insiste em não repor a inflação de consome nossos salários, assim como o de todos os Paulistas.

Estamos Sem reposição da inflação desde Março de 2019.

Durante toda pandemia cumprimos nossa obrigação de prover transporte de qualidade à toda população, mesmo a custa de nossa vida – vários colegas de trabalho morreram em virtude da pandemia de Covid-19.

Desde Fevereiro desse ano estamos negociando com a CPTM e a única coisa que ela propõem é retirada de direitos e 0%(ZERO) de reposição salarial.

Em 14/07/2021 o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo propôs que a CPTM aplicasse um reajuste aos salários de 6,22%. Isso foi negado pela CPTM, que insiste em 0%(ZERO) de reposição.

A inflação acumulada de Março de 2019 até Fevereiro de 2020 foi de 3,64% – A CPTM ofereceu 0%(ZERO) de reajuste.
A inflação acumulada de Março de 2020 até Fevereiro de 2021 foi de 6,35% – A CPTM ofereceu 0%(ZERO) de reajuste.

Não nos resta outra alternativa a não ser o movimento grevista. Gostaríamos de trabalhar com as catracas abertas, porém a CPTM não aceita essa alternativa e prefere ocorra o movimento grevista.

A CPTM possui sete linhas em 271 Km de linhas e 94 estações operacionais atendendo a 23 municípios, incluindo capital, Grande São Paulo, e a região de Jundiaí, no interior paulista.

Antes dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a demanda, as linhas da CPTM transportavam em torno de quatro milhões de pessoas por dia.

As linhas são:

7-Rubi (Jundiaí/Brás)

8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes)

9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)

10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás)

11-Coral (Estudantes/Luz)

12-Safira (Brás/Calmon Viana)

13-Jade (Estação Aeroporto de Guarulhos/Engenheiro Goulart/Brás/Luz)

Os trabalhadores da CPTM estão divididos entre os seguintes sindicatos:

Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo: representa os trabalhadores da manutenção e engenharia das linhas.

Sindicato dos Ferroviários de São Paulo: trabalhadores das linhas 7-Rubi (Jundiaí/Brás) e 10-Turquesa (Rio Grande da Serra/Brás);

Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana: trabalhadores das linhas 8 -Diamante (Amador Bueno/Júlio Prestes), 9-Esmeralda (Osasco/Grajaú)  e 13-Jade (ferroviários de estações localizadas na cidade de Guarulhos);

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil: trabalhadores das linhas 11-Coral (Estudantes/Luz) e 12-Safira (Brás/Calmon Viana) e da 13-Jade (no trecho da capital paulista).

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte

 

 

Comentários

Comentários

  1. vagligeiro disse:

    O engraçado é pensar que se fizerem uma greve, vão justificar o pensamento de vários sobre a privatização da linha. O sindicato tinha que fazer algo para chutar o balde.

  2. EDUARDO Sparapam disse:

    Lamentável é não cumprirem com os direitos de quem trabalha. Ninguém está mendigando nada. É direito !!!

  3. JOSÉ CARLOS disse:

    E o meu direito de ir e vir quem respeita eu tenho 67 anos e trabalho, quem quer ganhar mais vai empreender por conta, e não fica atrapalhando a vida de quem realmente trabalha, se quer ganhar dinheiro, não trabalhe no serviço público, para não atrapalhar a vida do cidadão que depende do serviço público.

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