TRT julga dissídio dos metroviários no dia 02 de junho e até lá não haverá greve do Metrô em São Paulo

Categoria fará uma série de movimentações; Trabalhadores aceitaram proposta do tribunal e do MPT, mas Companhia do Metrô rejeitou

ADAMO BAZANI

O Tribunal Regional do Trabalho vai julgar no dia 02 de junho de 2021 o dissídio dos metroviários de São Paulo, às 15h

Com isso, até pelo menos esta data, não haverá novas paralisações da categoria.

No dia 03 deve haver uma assembleia.

A informação é dos diretores do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, Altino dos Prazeres e Camila Lisboa em transmissão pelas redes sociais da entidade nesta terça-feira, 25 de maio de 2021, quando estava prevista uma assembleia para decidir a continuação da greve que foi realizada em 19 de maio de 2021, que na ocasião parou parte das linhas públicas de Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha) e do monotrilho (15-Prata).

Até lá, devem ser realizados atos como retirada de uniformes na jornada de trabalho e até uma manifestação na Avenida Paulista no dia do julgamento, o que deve ser votado pelos trabalhadores numa assembleia virtual de 24 horas que começa na noite desta terça-feira e vai até na noite de quarta-feira (26).

“Se o Metrô recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), como anunciando, vamos fazer nossas mobilizações e pode sim haver a continuidade da greve” – disse Fajardo.

O MPT (Ministério Público do Trabalho) e o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) propuseram os seguintes pontos:

– Reajuste salarial e no Vale-Refeição e Vale Alimentação de 7,79% a partir de maio/2021;

– Pagamento diferido do adicional noturno de 40% até janeiro de 2022, e pagamento das diferenças atrasadas nos meses de fevereiro, março e abril de 2022;

– Pagamento diferido do adicional de férias: Pagamento de 60% até janeiro de 2022, e pagamento das diferenças atrasadas nos meses de fevereiro, março e abril de 2022;

– Gratificação por tempo de serviço: congelamento por um ano a partir de maio de 2021, com o restabelecimento dos pagamentos a partir de maio de 2022;

– Pagamento em 31 de janeiro de 2022, da 2ª. parcela da PPR de 2019 (judicializada) mediante a formalização de um acordo que contemple as condições e critérios do valor a ser pago;

– Abono salarial a ser pago em 31 de março de 2022, equivalente ao piso normativo da categoria dos metroviários vigente em março de 2022 para todos os empregados;

– Manutenção de todas as demais cláusulas previstas na Sentença Normativa 2020/2021;

O TRT e o MPT propuseram também uma “cláusula de paz”, na qual aos trabalhadores suspenderiam o Movimento Grevista e a Cia do Metrô se comprometeria a não realizar demissão, punição e desconto salarial durante o procedimento judicial 2021/2022.

O Metrô não concordou com as propostas econômicas, mas que aceitaria a cláusula de paz.

A companhia ainda expôs no encontro que pode melhorar a sua proposta do dia 17 de maio, antecipando o pagamento da PR de 31 de janeiro de 2022 para 31 de agosto de 2021 e o abono salarial de 31 de março de 2022 para 31 de janeiro de 2022

REIVINDICAÇÕES INICIAIS:

Os metroviários pediam reajuste salarial de 9,72% como reposição dos salários e de 29% como reposição de Vale Refeição e Vale Alimentação de 29% referentes a 2019 e 2020.

Os trabalhadores pediram também o pagamento da PR (Participação nos Resultados) dos últimos dois anos, que não foi feito pelo Metrô.

A paralisação tinha sido marcada para ocorrer em 12 de maio de 2021, mas durante uma das reuniões de tentativa de conciliação, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) pediu que não houvesse a greve para análise de novas propostas.

Na ocasião, o Metrô ofereceu proposta de correção de 2,61% (índice do ano passado), a ser paga em janeiro de 2022, caso a demanda de passageiros volte a ser igual a antes da pandemia de covid-19.

A Companhia do Metropolitano ainda apresentou proposta de pagar a segunda parcela da PR (Participação dos Resultados) referente a 2019 em janeiro de 2022, vinculado também à recuperação da demanda aos patamares pré-pandemia.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Claudia Porto Soares disse:

    Estamos a favor dos metroviario pois tudo sobra pro trabalhador

  2. José Ricardo Berbe disse:

    Quem está pagando os sindicatos para criar a terceira onda de covid com aglomerações? Só a teve já é suficiente ou terá que ter uma nova paralização paea provocar a terceira onda?

  3. Claudio disse:

    O tribunal deveria, acabar com todas as mordomias dessa classe para saber o quanto é duro ser trabalhador de empresa privada e deveria multar esse sindicato de forma que nunca mais fizessem greve sem motivo, nenhum trabalhador no Brasil teve aumento, pelo contrário tivemos a redução em virtude da pandemia

  4. Rogério Oliveira disse:

    Tem e d
    e privatizar os metrô e trens isso sim

  5. Marli disse:

    Sou a favor da tarifa de metrô e trem e buso único:R$ 0,50!!!!!

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