Doria prorroga quarentena até 16 de novembro em publicação oficial deste sábado (10)

Doria em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 09

Cinco regiões, incluindo capital e Grande São Paulo foram para a fase verde, com menos restrições

ADAMO BAZANI

A prorrogação da quarentena no Estado de São Paulo para 16 de novembro de 2020 foi oficializada neste sábado, 10 de outubro de 2020.

O decreto 65.237, com a prorrogação, é o primeiro da edição deste sábado do Diário Oficial do Estado de São Paulo, e passa a valer a partir deste dia 10.

Nessa sexta-feira, 09, o governador de São Paulo, João Dia, em entrevista coletiva, havia anunciado a nova classificação das cidades no Plano São Paulo,com validade até 16 de novembro.

A quarentena foi instituída em 22 de março deste ano,tendo início efetivo em 24 de março.

Com as regiões nas fases verde e amarela (apenas Barretos na laranja), as regras estão mais flexíveis (veja os detalhes logo após a imagem do decreto)

Como já havia mostrado o Diário do Transporte, o governo alterou a classificação das regiões no Estado quanto às fases do Plano São Paulo.

A capital paulista foi para a fase verde, uma das menos restritivas do plano.

Também foram para a fase verde todas as cidades da Grande São Paulo, regiões de Sorocaba, Baixada Santista, Taubaté, Campinas e Piracicaba.

Estas regiões representam 76% da população.

Esta nova classificação vale até 16 de novembro.

A região de Barretos retrocedeu de fase.

As demais continuam na fase amarela.

Com isso, atividades como culturais e algumas noturnas podem ser retomadas.

GRANDE SÃO PAULO VOLTA SER UNIFICADA:

A região metropolitana de São Paulo, que estava dividida em cinco áreas passa a ser unificada para avaliação dos indiciadores de saúde.

MAIOR TEMPO COM COMÉRCIO ABERTO:

Na fase amarela, o funcionamento do comércio passa de oito para 10 horas e na fase verde a permissão é de 12 horas de funcionamento.

BARES E RESTAURANTES ATÉ 22H/23H

Estabelecimentos como restaurantes e bares que estão em cidades nas fases amarela e verde poderão atender os clientes até 22h e deverão estar totalmente fechados às 23h.

“A capacidade máxima de público, entretanto, continua mantida em 40% – exceto academias, com limite de 30%. Nas regiões que avançaram para a fase verde, o atendimento local pode ser feito por até 12 horas diárias, com máximo de 60% da capacidade para todos os setores liberados.” – explica o governo em nota

NOVA METODOLOGIA:

Ainda em nota, o governo do estado explicou que “agora, a evolução da pandemia será considerada na comparação entre as médias móveis de novos casos e mortes dos últimos 28 dias e o período epidemiológico equivalente imediatamente anterior. Antes, as médias eram comparadas em espaços de sete dias.”

TRANSPORTES: OFERTA MAIOR QUE DEMANDA E FONTES EXTRA-TARIFÁRIAS:

Toda alteração no Plano São Paulo é acompanhada de perto pelo setor de transportes.

Nos casos de flexibilização maior há impactos diretos na demanda de passageiros de ônibus, trens e metrô, e também aumento no trânsito de veículos particulares.

Em relação ao transporte público, de acordo com os especialistas, o ideal é ampliar a oferta de ônibus e composições num percentual maior que o da demanda para evitar superlotação e risco maior de contágio. Ao mesmo tempo, tem sido um desafio manter os sistemas economicamente sustentáveis com uma oferta maior que a demanda, num cenário ideal de operação neste momento.

O consenso é que os sistemas de transportes não devem depender apenas das tarifas, mas obter formas de subsídios externos para a continuidade dos serviços.

DECRETO E FASES:

Diário do Transporte mostrou no dia 29 de maio de 2020, a gestão João Doria publicou o decreto 64.994, em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado de São Paulo, com as regras para as mudanças de fases nas cidades.

A região metropolitana foi dividida em cinco sub-regiões,mas agora foi unificada.

Norte: Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã;

Leste: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Salesópolis, Santa Isabel, Suzano

Sudeste: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul;

Sudoeste: Cotia, Embu,Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista;

Oeste: Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba

São cinco fases. No decreto, a equipe de Doria também detalha quais as atividades permitidas em cada uma destas fases:

Fase 1 (Vermelha): Alerta Máximo – Fase de contaminação, com liberação apenas para serviços essenciais)

Na fase vermelha, ficam liberadas apenas as atividades consideradas essenciais

– Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal.

– Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local.

– Bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive thru). Válido também para estabelecimentos em postos de combustíveis.

– Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção.

– Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.

– Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais.

– Segurança: serviços de segurança pública e privada.

– Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

– Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições.

Fase 2 (Laranja): Controle – Fase de atenção, com eventuais liberações.

Na fase laranja, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade limitada a 20%, horário reduzido para quatro horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Fica proibida a abertura de bares e restaurantes para consumo local, salões de beleza e barbearias, academias de esportes em todas as modalidades e outras atividades que gerem aglomeração.

Fase 3 (Amarela): Flexibilização – Fase controlada, com maior liberação de atividades

Na fase amarela, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade a limitada 40%, horário reduzido para seis horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Adiciona-se à lista salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados com restrições. O governo do Estado antecipou para esta fase as academias, parques e salões de beleza e barbearias.

Fase 4 (Verde): Abertura Parcial – Fase decrescente, com menores restrições

Na fase verde, fica liberado o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços, incluindo academias e praças de alimentação dos shoppings, desde que com capacidade limitada a 60% e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Ficam proibidos eventos que gerem aglomeração.

Fase 5 (Azul): Normal controlado – Fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos de segurança e higiene.

Retomada da economia dentro do chamado “novo normal”

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Willian Moreira, em colaboração especial para o Diário do Transporte

Comentários

Comentários

  1. Maria Helena do Amaral disse:

    O que falar sobre a credibilidade deste governo que aí está? Além de incompetente e vaidoso, se mostra altamente PERVERSO quando, através de decreto, TIRA DOS APOSENTADOS o dinheiro do salário. Como pode neste momento em que mais precisamos de recursos para nossas despesas médicas, com alimentação inclusive sermos descontados a ponto de recebermos MENOS do que recebíamos em 2014. Sinal de COVARDIA quando ROUBA dos aposentados esses valores para cobrir deficits. Onde está a incrível capacidade para gerir empresas??? Assim, TIRANDO DOS MAIS INDEFESOS fica fácil. Que a população toda saiba desta manobra cruel que este DESGOVERNO fez conosco. Isto NÃO PODE FICAR ASSIM!

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Diário do Transporte

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading