Pelo menos 15 funcionários de empresas de ônibus de São Paulo podem ter morrido de Covid-19, diz sindicato da categoria
Publicado em: 17 de abril de 2020
De acordo com entidade, 12 mortes são investigadas e três já foram confirmados. Regiões Oeste e Leste registram maior número de casos
ADAMO BAZANI
Os casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que teve origem na China, têm aumentado entre os funcionários do sistema de ônibus da capital paulista.
É o que diz um levantamento do Sindmotoristas, sindicato que representa a categoria.
Segundo a entidade, até esta quinta-feira, 16 de abril de 2020, eram 175 trabalhadores com suspeita de contaminação, 27 casos confirmados e 15 mortes registradas, destas três já são confirmadas e outras 12 aguardam o resultado dos exames.
Em nota, o secretário de saúde do sindicato, Valdemir do Santos (Mi), disse que a partir deste levantamento é possível cobrar ações pontuais de cada empresa.
“Nossa equipe está trabalhando diariamente nesses levantamentos, atualizando, buscando informações sobre a saúde dos profissionais, se inteirando sobre as medidas tomadas pelos patrões, bem como, intensificando nossas reivindicações pelo bem estar e saúde dos condutores”, disse.
O presidente do Sindmotoristas, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, disse também em nota que é dever das empresas de ônibus fornecerem os equipamentos de proteção individual como máscaras, luvas e álcool em gel.
“Neste momento de calamidade pública, em que todos lutam por um mesmo objetivo (a vida), não permitiremos que as necessidades mais urgentes da categoria sejam negligenciadas. É responsabilidade das empresas garantirem o fornecimento de EPIs como máscaras, luvas e álcool em gel para os trabalhadores”, afirmou.
Entretanto, segundo motoristas que procuraram o Diário do Transporte, empresas de ônibus e SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia o sistema, não têm dado o respaldo completo aos trabalhadores.
“Se eu não trouxer o meu álcool em gel de casa, na empresa não tem. Ponto final é um abandono e máscara, nem pensar. Estamos jogados a sorte” – disse Severino dos Reis, motorista de uma das empresas da zona Leste.
GARAGENS E REGIÕES:
O levantamento do Sindmotoristas também aponta as garagens e regiões com o maior número de casos.
A região Oeste lidera, com 10 casos confirmados, 44 suspeitos e nove mortes (entre investigadas e suspeitas), sendo que a garagem matriz da empresa Transppass reúne o maior número de registros de casos entre suspeitos e confirmados: 30. Já em relação ao número de mortes, a maior concentração é na garagem III da Viação Gato Preto e na garagem filial da Viação Santa Brígida, com dois registros cada. Na região, o número de mortes, entre suspeitas e confirmadas chega a nove.
A zona Sul é onde está a maior quantidade de casos suspeitos: 109
CORTINAS:
Nesta semana, o Diário do Transporte mostrou que a SPTrans autorizou as empresas de ônibus da capital paulista a usarem cortinas em “L” nos postos dos motoristas para proteção do contágio do coronavírus, que surgiu na China e em semanas se alastrou por todo o mundo.
O objetivo das cortinas é criar uma espécie de barreira mecânica principalmente contra gotículas de quem for falar com os motoristas.
As gotículas de uma pessoa já infectada, mesmo assintomática, em contato com as mucosas estão entre as principais formas de transmissão.
O Diário do Transporte foi o primeiro veículo de comunicação a mostrar que o novo coronavírus já tinha chegado ao sistema de ônibus causando preocupação entre os funcionários das empresas.
Acesse:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Tem um motorista da área 6 transwolff,com COVID, isso não entra no gráfico acima??
Tem de ver com o sindicato
Sabemos que os números reais nunca serão divulgados, absurdo.
O sindicato se importa apenas com as empresas do sistema estrutural, as ex cooperativa estão a mercê infelizmente não tem ninguém para ver a situação que trabalhadores que estão morrendo.
Na metrópole paulista tem 4 confirmados e foi passado pro sindicato antes do fechamento da edicao
Sindicato não está nem aí para nós na Sambaiba G3 nem sabão no banheiro tem , palhaçada esse sindicato , é digo verdade pois sou cobrador na G3