Coronavírus: Crivella pede recursos da Lava Jato para complementar renda de operadores de transportes do Rio de Janeiro
Publicado em: 7 de abril de 2020
Proposta será enviada ao juiz federal da 9ª Vara Criminal, José Eduardo Nobre Matta
JESSICA MARQUES
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, informou que vai enviar uma proposta ao juiz federal da 9ª Vara Criminal, José Eduardo Nobre Matta, para que parte dos recursos obtidos pela Operação Lava Jato sejam destinados para complementar a renda de operadores dos transportes públicos municipais impactados pela crise gerada pela pandemia.
A Secretaria Municipal de Transportes informou, em nota, que concluiu nesta terça-feira, 07 de abril de 2020, o texto da proposta. No documento, a Prefeitura sugere pagar a cada trabalhador do segmento – motoristas e cobradores de ônibus, taxistas (permissionários e auxiliares), mototaxistas, motoristas escolares, operadores de vans, cabritinhos e veículos de fretamento – um valor complementar à renda atual.
“O doutor José Eduardo Nobre fez contato com nosso procurador geral, Marcelo Silva Marques, e informou dessa possibilidade. Estamos elaborando propostas nesta e em mais áreas da Prefeitura para que os recursos provenientes dessas operações, roubados do povo, possam voltar ao uso da população nesse momento tão diferente de tudo que nós vivemos”, disse o prefeito.
De acordo com a proposta, o pagamento é para ser feito em uma única data, beneficiando 80 mil famílias. A quantia pode variar de uma ajuda de custo até o pagamento de um salário integral referente à cada categoria.
OUTROS PEDIDOS
Crivella chegou a enviar um ofício ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando um subsídio emergencial de R$ 90 milhões para pagar os rodoviários.
Relembre: Crivella solicita subsídio de R$ 90 milhões a Paulo Guedes para pagar rodoviários do Rio de Janeiro
Além disso, Crivella fez ainda um apelo para que o governo federal libere o saque do FGTS de algumas categorias prejudicadas pela pandemia do novo coronavírus.
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PASSAGEIROS
Segundo a Prefeitura, devido às recomendações para que as pessoas permaneçam em casa, o número de passageiros nos transportes públicos caiu significativamente.
No sistema de ônibus, de acordo com a administração municipal, a redução atingiu uma média de 70%. Com isso, empresas operadoras passaram a ter dificuldades em manter o sistema operando adequadamente e muitos motoristas tiveram a carga de trabalho reduzida, assim como o salário.
“Operadores dos demais meios de transportes também enfrentam sérias adversidades por causa da redução drástica de usuários e os recursos poderão ajudar a superar esse cenário atual”, informou a Prefeitura, em nota.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
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