Após depredações e protestos, presidente do Chile cancela aumento da tarifa do metrô
Publicado em: 19 de outubro de 2019

Governo chegou a decretar toque de recolher
ADAMO BAZANI
O presidente do Chile, Sebastán Piñera, suspendeu o aumento da tarifa do metrô de Santiago neste sábado, 19 de outubro de 2019.
O anúncio ocorreu depois de uma série de protestos e depredações generalizadas.
O general do exército encarregado da segurança de Santiago, Javier Iturrita, decretou toque de recolher com atuação das Forças Armadas para conter a violência.
Os protestos começaram com pacíficos panelaços e encontros próximos às estações durante a semana, mas os ânimos foram se exaltando e a situação saiu do controle.
O valor foi reajustado com base no aumento do preço do petróleo, no dólar e na modernização do sistema. Com isso, o valor do bilhete do metrô da capital chilena subiu nos horários de pico de 800 pesos para 830 pesos, ou de R$ 4,63 para R$ 4,80 na moeda brasileira.
Em janeiro passado o governo do presidente Sebastián Piñera já havia decretado um aumento geral de 20 pesos (R$ 0,12) nas tarifas do transporte.
O descontentamento da população foi catalisado em ações coordenadas pelas redes sociais.
O Metrô de Santiago, que transporta em torno de três milhões de passageiros por dia, não deve operar em todo este final de semana.
Segundo balanço da policia da capital, até a noite deste sábado, 308 pessoas foram detidas, 156 policiais ficaram feridos e 41 estações de metrô foram vandalizadas.
Ao menos uma composição foi incendiada.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Um país com uma população ciente que elegeu governantes pra fazerem o bem pra população e não cobrar mais impostos as coisas funcionam quando pressionam, já o Brasil todos são acomodados infelizmente.