Somente com mais faixas e corredores de ônibus, tarifas poderiam ser 25% mais baixas
Publicado em: 28 de agosto de 2019
Levantamento é da NTU que representa 500 viações no País.Presidente da entidade, Otávio Cunha, disse ainda que no Rio de Janeiro, sete empresas de ônibus podem fechar as portas neste. Para entidade, transporte coletivo nunca recebeu a prioridade que precisa no espaço urbano
ADAMO BAZANI
As tarifas de ônibus em todo o País poderiam ser até 25% mais baixas se a velocidade comercial dos sistemas de transportes nas cidades e regiões metropolitanas dobrasse.
Para isso, seriam necessários mais investimentos na criação de faixas e corredores de ônibus.
A constatação é da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne em torno de 500 viações no País.
Enquanto os serviços de ônibus não satisfazem plenamente, a população vai se desinteressando pelos sistemas e migrando para outras formas de deslocamento, em especial as de transporte individual, já que as redes de trens e metrô avançam muito pouco no País.
Como mostrou o Diário do Transporte na última semana, levantamento da NTU releva que 12,5 milhões de passageiros nas principais regiões metropolitanas brasileiras abandonaram os ônibus na comparação entre abril de 2018 e abril de 2019.
Relembre:
Os dados foram apresentados no Seminário Nacional da NTU, na última semana em Brasília, que teve cobertura do Diário do Transporte.
O presidente da entidade, Otávio Cunha, disse em entrevista após a apresentação dos dados, que há um ciclo negativo. Os ônibus estão mais lentos, o que afasta os passageiros. Com menos passageiros e menor velocidade, os custos são maiores. Com custos maiores, as tarifas aumentam. Com tarifas mais altas, mais passageiros desistem de usar o transporte público.
“Nós estamos falando hoje em 12 km/h [média nacional] de velocidade e poderíamos chegar a 20 km/h e 22 km/h. Se nós conseguirmos ter essa velocidade para reduzir o tempo de viagem, a economia no preço e no custo do serviço é da ordem de 25%” – explicou.
Ouça:
A lógica é simples, segundo Cunha. As empresas precisam colocar mais ônibus numa mesma linha porque os coletivos ficam presos no trânsito. Só que são mais ônibus para transportar menos pessoas e fazer menos viagens.
Com menores interferências de congestionamentos, cada ônibus teria uma velocidade maior. Assim, seria possível fazer mais viagens e transportar mais gente por veículo.
Como também mostrou o Diário do Transporte, a NTU apresentou um programa com ações que, segundo os empresários, podem fazer com que as tarifas ficassem em torno de 50% mais baixas.
Além do financiamento por meio de receitas extra-tarifárias, principalmente para gratuidades, os donos das viações propõe que o Governo Federal aporte para os estados e municípios R$ 18,7 bilhões nos próximos quatro anos para a implantação de 8.899 quilômetros de faixas, corredores de ônibus centrais comuns e BRTs – Bus Rapid Transit.
Os investimentos seriam direcionados para 112 cidades brasileiras com mais de 250 mil habitantes.
O custo seria de R$ 18,7 bilhões em quatro anos, mas os ganhos seriam de R$ 11,5 bilhões por ano com viagens mais rápidas, menor poluição e economia de insumos de operações, segundo a proposta.
Relembre:
Otávio Cunha ainda disse que os transportes por ônibus estão se tornando cada vez mais desinteressantes para a população, mas também para empresários e revelou que, neste ano, no Rio de Janeiro, mais sete empresas correm o risco de fechar as portas.
“Precisamos avançar muito na qualidade do transporte público, que não está mais competitivo e atrativo para as pessoas continuarem utilizando esse serviço. A produtividade é muito baixa. Nós estamos num dilema. O problema é que deixou de ser atrativo para as pessoas em geral e para os empresários que operam esses serviços. Se vocês pegarem o exemplo do Rio de Janeiro, 14 empresas fecharam nos últimos quatros anos e tem mais sete para fechar neste ano” – disse Cunha.
Ouça:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Autopass ITS já funciona em quase 950 ônibus e já beneficiou mais de 5 milhões de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo
Caso de Sucesso Viação Alpha, do Rio de Janeiro: como as otimizações da operação podem reduzir custos e atender picos de demanda de passageiros
Poderiam mas no Brasil funciona assim….quando os corredores estiverem pronto e abaixar 25% dos custos da passagem…esses 25% vai para o bolso do patrao e nao para abaixar a tarifa….estamos no Brasil ne…onde todo mundo quer levar vantagem!!
Quando os ônibus de São Paulo tinham propaganda, era para que a passagem fosse reduzida ou não houvesse novos aumentos, e isso não aconteceu, na região do ABCD, tiraram os cobradores, o motorista faz dupla função e a passagem é mais cara que em São Paulo, só o lucro é que não cai, empresas nunca estão contentes e esse ciclo não acaba nunca
Amigos, boa tarde.
Passando para avisar:
Papai Noel não existe e esse blá blá blá é mais antigo do que o Zagaia.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
No Barsil nunca tarifas e preços diminuíram, independente do motivo.
Só AUMENTARÃO sempre.
Parem de falar besteiras e promessas infundadas,
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Que país é esse…
Já dizia o poeta.
Att,
Paulo Gil
Em Sao Bernando a SbC Trans tirou todos os cobradores….e a tarifa aumentou mais …..kkkkkk….paises capitalistas o lucro e prioridade