Prefeito de Guaratinguetá rejeita pedido de reajuste da tarifa do transporte antes de início de novo contrato
Publicado em: 20 de julho de 2019
Passagem segue a R$ 3,50. Novo valor de R$ 4,10 só poderá ser cobrado quando empresa vencedora da licitação assumir a operação e respeitar todas exigências contratuais
ALEXANDRE PELEGI
A empresa Rodoviário e Turismo São José, uma das empresas que atualmente opera no transporte coletivo de Guaratinguetá, interior de São Paulo, protocolou pedido de reajuste emergencial no preço da tarifa dos ônibus junto à prefeitura.
A São José quer 13% de reajuste, o que elevaria o valor da passagem dos atuais R$ 3,50 para R$ 3,80.
No documento, a atual concessionária justifica o pedido diante da “inviabilidade que vem sendo bancada e suportada” pela empresa.
O prefeito Marcus Soliva negou qualquer possibilidade de reajuste antes do início do novo contrato do transporte coletivo municipal.
Como noticiado pelo Diário do Transporte, a prefeitura assinou em abril de 2019 contrato com a empresa Rodoviário Oceano Ltda, que assumirá o transporte em substituição às atuais concessionárias, dentre elas a São José. Com o novo contrato de concessão, como previsto no edital, a tarifa subirá para R$ 4,10, mas somente quando a nova empresa iniciar a operação, previsto para 2 de outubro de 2019. Relembre: Com novo contrato, transporte público de Guaratinguetá terá tarifa a R$ 4,10
O detalhe é que a São José é do mesmo grupo da Rodoviário Oceano, que assumirá sozinha as 32 linhas do transporte municipal de Guaratinguetá.
Segundo matéria do Jornal Atos, o prefeito, em sua negativa ao pedido da empresa São José, afirmou que “não vai ter reajuste em cima daquilo que vem sendo pago nesse intervalo entre o período que houve a licitação e início das operações, onde a empresa poderá cobrar os R$ 4,10”.
O grupo Rodoviário Oceano, que opera parte da malha do município por meio da São José, precisa renovar a frota antes de iniciar as operações. Diante do pedido de reajuste, o prefeito afirmou que espera que não haja quebra de confiança entre a contratante e a contratada, pelo fato de tanto a São José como a Oceano pertencerem ao mesmo grupo.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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