Paris vai cobrar taxa de empresas de patinetes e bicicletas

Assim como Paris, São Paulo quer regular o uso correto de bicicletas e patinetes no espaço público. (Foto: Alexandre Pelegi)

Projeto de regulação será apresentado no próximo Conselho da capital francesa em abril

ALEXANDRE PELEGI

Enquanto São Paulo debate a forma de lidar com as patinetes elétricas e bicicletas, que de uma hora para outra se popularizaram nas áreas centrais da cidade ocasionando preocupações às autoridades de trânsito e transporte, Paris em enfrentando o problema e definiu já algumas ações para melhor controlar a livre circulação desses equipamentos.

Nesta quinta-feira, 21 de março de 2019, a capital francesa anunciou que vai implementar uma taxa para operadores que pretendam desenvolver a sua oferta de serviços na cidade.

O projeto de regulação será apresentado no próximo Conselho de Paris em abril.

Com cerca de 15 mil equipamentos oferecidos pelas chamadas “Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas” (OTTC), Paris poderá receber mais 40 mil unidades, a se confirmar o anúncio de novos veículos feito pelas OTTCs para os próximos meses.

Se de um lado esses veículos de microacessibilidade não poluem e nem geram ruídos acima do normal, por outro lado o excesso de patinetes e bicicletas têm passado aos parisienses uma sensação de desconforto e de um espaço público saturado.

Uma primeira ação da prefeitura, em apoio à chegada de novos operadores de frota livre, foi lançada em junho de 2018. A cidade estabeleceu cartas de bom comportamento para as operadoras, como forma de garantir o conforto dos pedestres, o bom uso das calçadas e o corretor ordenamento dos locais de desembarque, para evitar obstáculos principalmente para pessoas com mobilidade reduzida.

Além dessa medida, a prefeitura de Paris quer agora ir além, enquanto o projeto de lei voltado a criar um marco regulatório para esses usos é revisado pelos parlamentares.

A ideia é estabelecer uma taxa para todos os operadores de patinetes e bicicletas. Além da taxa, definir uma estrutura para regular o espaço público e controlar melhor o fluxo de novos participantes, que até aqui não precisavam comparecer perante a prefeitura antes de se instalar na cidade.

As taxas serão cobradas por equipamento. Um operador com uma frota entre 1 e 499 equipamentos deve pagar uma taxa de 20 euros por cada bicicleta com ou sem motorização. Essa taxa sobe para 50 euros por veículo de transporte pessoal com motorização eléctrica, no caso das patinetes.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Diego Kapaz disse:

    sobre a taxa descrita no último parágrafo, 20 a 50 euro mensais ou anuais, ou o que?

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