Curitiba registra redução de 35% em reclamações sobre transporte coletivo

Administração municipal atribui redução a novo modelo de manutenção de terminais e estações-tubo

JESSICA MARQUES

A Prefeitura de Curitiba registrou uma redução de 35% em reclamações sobre o transporte coletivo da capital. A administração municipal atribui essa redução ao novo modelo de manutenção de terminais e estações-tubo.

Segundo informações da Prefeitura, a Urbs (Urbanização de Curitiba) adotou o novo modelo visando aumentar a qualidade do transporte coletivo.

De acordo com a Unidade de Manutenção de Transporte da Urbs, que gerencia estações-tubo e pontos de parada, no período de fevereiro até junho de 2018, foram registradas 948 reclamações pela Central 156. De julho a novembro, por sua vez, o número de notificações de usuários caiu para 617.

As reclamações apontam falhas no funcionamento das portas das estações-tubo, iluminação, porta de isenção, elevadores das estações-tubo, vidros, acessos, piso interno e calçada do entorno, conforme explicou a Urbs, em nota enviada ao Diário do Transporte.

Segundo o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a nova forma de manutenção dos locais substituiu o sistema de manutenções ponto a ponto, que era mais caro e menos eficiente.

“Com o modelo de gestão de manutenção programada, as equipes monitoram os equipamentos e decidem o cronograma de manutenção de acordo com a urgência de cada caso. Com isso, os consertos são planejados e mais duradouros, trazendo mais segurança e conforto para o usuário do sistema”, explicou Ogeny.

A mudança no modelo foi feita em julho de 2018. Desde então, as 328 estações-tubo da cidade estão passando por uma revisão e, segundo a Prefeitura, os elevadores para acesso de deficientes que estavam com problemas estão sendo consertados.

“Também foi trocada a cobertura deteriorada de várias delas; 194 portas de embarque das 543 que a cidade possui foram consertadas. Além disso, 141 das 362 câmeras que o município mantém nos tubos e terminais foram revisadas e recuperadas”, informou a administração municipal, em nota.

“Com administração planejada e gestão mais eficiente, estamos restaurando a qualidade perdida no transporte coletivo nos últimos anos”, avaliou o prefeito Rafael Greca.

No caso das estações-tubo, foram destacadas nove equipes para cuidar dos 328 equipamentos, sendo que duas delas se dedicam exclusivamente aos elevadores do equipamento.

Além da estrutura, a Prefeitura informou que a Urbs também está consertando as câmeras das estações-tubo e PMVs (Painéis de Mensagens Variáveis), dos terminais. Para atender essa demanda, foi criado um setor específico.

PADRONIZAÇÃO

Além do novo modelo de manutenção, a Urbs também está implantando a padronização das estações-tubo, uma vez que elas foram concebidas em épocas diferentes.

Segundo a Prefeitura, no caso da iluminação, a Urbs adotou a substituição de lâmpadas de LED e cerca de 90% das estações-tubo já estão com nova iluminação.

“O mecanismo das portas também está sendo equipado com material mais robusto, o que torna o conserto mais durável além de melhorar a funcionalidade.”

PLANEJAMENTO PARA MANUTENÇÃO DOS TERMINAIS

A Prefeitura também divulgou o plano de manutenção dos 22 terminais de ônibus de Curitiba. Neste caso, a Urbs adotou o sistema de manutenção contínua.

Uma equipe formada por dois engenheiros mecânicos e quatro estagiários fazem inspeções constantes nestes locais, segundo a administração municipal. O programa de gestão de manutenção implantou o planejamento nas ações.

O engenheiro Thiago Augusto Sielski Marquardt, um dos responsáveis pelo trabalho, explicou que os terminais do Campo Comprido e do Boqueirão já passaram por reparos usando esta sistemática.

O terminal do Boqueirão, por exemplo, tinha um problema sério de goteiras que só se agravava porque anteriormente eram feitos só reparos pontuais.

“Fizemos um levantamento completo lá e realizamos a reforma necessária para solucionar o problema”, explicou Marquardt.

No caso do terminal do Campo Comprido, foi feita a revisão da parte elétrica, e o terminal Guadalupe também teve serviços realizados para correção de problemas.

Os fiscais percorrem os terminais com uma lista e vão anotando os problemas encontrados. Uma vez identificado o problema, é feito um diagnóstico para a resolução e a montagem de um cronograma de acordo com a previsão orçamentária para execução do trabalho, segundo a Prefeitura.

Jessica Marques para o Diário do Transporte

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