Estação Memória, o túnel do tempo dos transportes na Sé que vale a pena percorrer
Publicado em: 10 de novembro de 2018
Exposição especial, no formato de um túnel de metrô, mostra como a metrópole se relaciona com os transportes
ADAMO BAZANI
Transportes são vida, movimento e evolução.
Talvez na correria do dia a dia não é possível perceber como uma cidade e seus cidadãos são tão influenciados e influenciam nos diversos serviços de mobilidade.
Uma cidade está bem quando seus transportes também estão. Uma região se desenvolve quando os transportes evoluem.
Tudo isso fica muitas vezes mais fácil de entender quando é possível reservar um tempinho para olhar pelo retrovisor e passear pelo túnel do tempo.
É justamente isso que o Metrô de São Paulo proporciona com a Estação Memória, um espaço dentro da estação Sé (das linhas 1-Azul e 3-Vermelha) reservado para contar a história da relação dos transportes com a metrópole.
Jardineiras (ônibus rústicos feitos de madeira), bondes, trens, ônibus, trólebus, metrô … todos têm ou tiveram papel fundamental para que São Paulo se tornasse a cidade que nunca dorme.
Conforme o Diário do Transporte mostrou, o espaço foi aberto nesta semana e ficará disponível para visitação inicialmente de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 18h. A exposição vai durar dois anos e ao longo deste tempo devem surgir novidades. A visitação é gratuita.
Relembre:
https://diariodotransporte.com.br/2018/11/06/exposicao-conta-a-historia-do-primeiro-metro-do-brasil/
Nesta sexta-feira, 09 de novembro de 2018, a reportagem do Diário do Transporte esteve no local. Pelo túnel, com fotos, vídeos, mapas, uniformes dos metroviários e passes de diversas épocas, é possível percorrer em poucos minutos mais de 146 anos de história, dos quais 50 anos da Companhia do Metrô.
Tudo começa pela “Cidade Antes do Metrô”, com dados e mapas desde 1872, que mostram que a São Paulo ainda tinha área urbana pequena, mas que já era notória sua aspiração à metrópole.
Mapas das linhas de bondes da Light & Power, fotos dos ônibus prateados da cidade (até os anos de 1960 era comum os coletivos terem a lataria polida), uma imagem da evolução que representou a chegada dos trólebus em 1949, desenhos e esboços dos planejamentos para uma rede metroviária e muito material sobre a construção do Metrô em São Paulo…tudo isso se torna no túnel do tempo, documentos vivos que não deixam dúvida: os transportes públicos conduziram a pacata cidade ao status de metrópole.
Muitos materiais que estão no museu pertencem ao metroviário apaixonado pelo sistema e pela mobilidade em geral, Emerson Juilão.
Abaixo algumas das imagens e documentos, uma pequena parte do rico material que pode ser conferido e vivido na Estação Memória, dentro da estação da Sé.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes