Valparaíso, no Chile, pode aposentar sistema de trólebus em 31 dezembro

Trólebus articulado em curva. Veículos fazem parte da história da cidade. Foto: Wikimedias. Clique para ampliar

Negociações tentam evitar fim dos serviços. Empresa acusa governo de não enviar os recursos necessários para o sistema

ADAMO BAZANI

Um dos símbolos de Valparaíso, no Chile, pode deixar a cidade em 31 de dezembro.

A empresa Trolebuses de Chile S.A. anunciou que pode abandonar os serviços por problemas financeiros.

O diretor da companhia, Pedro Heimpell, disse nesta sexta-feira, 12 de outubro de 2018, ao jornal local Mercurio de Valparaíso que o Ministério dos Transportes do Chile não honra por sete anos consecutivos os compromissos de repasses de verbas para subsidiar parte do sistema.

O senador Francisco Chahuán e o governo regional já iniciaram as negociações para tentar manter os trólebus em funcionamento.

O presidente do Conselho Regional, Percy Marín, disse ao jornal que sua equipe já trabalha com um projeto para dar uma solução ao caso. A expectativa é que o conselho aprove as propostas que visam dar equilíbrio econômico e atualização técnica ao sistema.

 “Vamos gerar um projeto que será feito pela equipe técnica do prefeito, uma vez que seja resolvido, vamos colocá-lo para votar no Conselho Regional e passar pelos procedimentos do Estaremos em condições no ano que vem, se tivermos apoio suficiente do Conselho Regional, e não tenho dúvidas de que esse será o caso. “

Jornal anuncia inauguração dos serviços

Os trólebus começaram a circular em Valparaíso em janeiro de 1953, fazendo parte da empresa pública chilena de transportes. Em 1952, chegaram 30 unidades Pullman, dos Estados Unidos, para iniciar os serviços.

Após o corte de verbas pelo governo nacional em 11 de setembro de 1973, os sistemas de trólebus de Valparaíso e da capital Santiago começaram a entrar em declínio.

Em 1981, os trólebus chegaram a deixar de circular por quatro meses, mas a entrada da iniciativa privada retomou os serviços.

Os investidores criaram a ETCE – Transportes Colectivos Elétricos Ltda e colocar os trólebus nas ruas de novo. Em 2007, as operações foram assumidas pela empresa Trolebuses de Chile S.A.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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