Greve dos metroviários de BH entra no 3º dia; trens não circularão o dia todo
Publicado em: 31 de maio de 2018
Liminar do TRT exige escala mínima de 80% de funcionamento dos serviços no horário de pico. Metroviários alegam não ter recebido notificação oficial
ALEXANDRE PELEGI
O Metrô-BH não funciona nesta quinta-feira, mesmo com decisão judicial determinando escala mínima de 80% nos horários de pico, anunciada no final da tarde de ontem, dia 30 de maio.
Os metroviários estão em greve desde terça-feira, dia 29 de maio, e o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro-MG) decidiu suspender integralmente a circulação dos trens durante o feriado de Corpus Christi. Decidiram ainda que o metrô vai operar em escala mínima, entre 5h30 e 9h30, na sexta-feira (1) e no sábado (2). No domingo o metrô também não funcionará, segundo decisão dos metroviários.
No final da tarde dessa quarta-feira (30), no entanto, a Justiça determinou que o metrô deve circular com escala mínima de 80% nos horários de pico. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deferiu parcialmente a liminar requerida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Os metroviários, que decidiram paralisar totalmente o metrô hoje, alegaram que não receberam a notificação judicial.
O Sindmetro-MG marcou uma assembleia extraordinária para a manhã dessa sexta-feira, dia 1º de junho, na estação central do metrô.
A categoria está em campanha salarial. O sindicato reclama que não houve avanços na audiência de conciliação, onde não teria sido apresentada sequer uma proposta oficial da CBTU.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia proposto na segunda-feira, dia 28 de maio, uma escala de funcionamento integral do metrô das 5h30 às 9h e de 16h30 às 20h. No horário intermediário, entre 9h e 16h30, os trens rodariam com 50% da capacidade. Em assembleia, a categoria rejeitou a tabela de horários, e vai trabalhar apenas no início da operação. Em audiência os trabalhadores recusaram a escala. A CBTU entrou com pedido de medida cautelar.
Os metroviários reivindicam o INPC de 2017/2018, em torno de 4,9%. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) sugeriu índice de reajuste menor, de 3,98%. A CBTU sugeriu, extraoficialmente, 3,26% de aumento (80% do INPC de 2017/2018).
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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