Comec suspende alteração de linhas de Quitandinha e Mandirituba
Publicado em: 30 de março de 2018

Alteração estava prevista para este sábado, 31 de março, em ônibus intermunicipais da Região Metropolitana de Curitiba
JESSICA SILVA PARA O DIÁRIO DO TRANSPORTE
A mudança que ocorreria nas linhas intermunicipais de Mandirituba e Quitandinha, no Paraná, foi suspensa na noite desta quinta-feira, 29 de março de 2018. As alterações estavam programadas para este sábado, 31 de março.
A suspensão foi efetuada pela Comec – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, após manifestação da Prefeitura de Mandirituba. A decisão foi tomada porque a mudança foi informada apenas por redes sociais, segundo a prefeitura.
“O prefeito reforçou o pedido de que antes de qualquer movimentação a respeito de integração de transporte em Mandirituba, deveriam ser comunicados, a prefeitura, a câmara municipal e a população. Essa gestão preza pela democracia e bem-estar dos Mandiritubenses. A prefeitura reforça ainda que quer um estudo e uma audiência pública antes da alteração” – informou a Prefeitura de Mandirituba, em nota.
Após a suspensão, a Comec vai discutir o assunto na próxima semana. A intenção do debate é encontrar um consenso entre as Prefeituras de Fazenda Rio Grande e Mandirituba e as empresas operadoras dos transportes.
A Leblon Transporte de Passageiros opera a ligação de Fazenda Rio Grande à Capital. Já a empresa Transportes Coletivos Reunidas também atua na região e teria integração com a Leblon.
A mudança afetaria a forma de pagamento do transporte intermunicipal. As pessoas iriam embarcar em Quitandinha e Mandirituba (incluindo o Distrito de Areia Branca), pagar uma única tarifa de R$ 4,85 (cartão metropolitano ou dinheiro) e se deslocar até o Terminal Fazenda Rio Grande. Assim, desembarcariam no próprio Terminal, para fazer integração com outras linhas, sem pagar outra passagem.
Já, no retorno, as pessoas pagariam uma tarifa de R$ 4,25 para o sistema URBS. E, ao chegarem ao Terminal Fazenda Rio Grande, para embarcarem nas linhas G21-Areia Branca/T.Fazenda ou G31-Quitandinha/T.Fazenda, elas teriam de entrar pela porta dianteira e pagar uma tarifa de R$ 4,85.
Atualmente, o cidadão paga R$ 6,50 até Curitiba e mais R$ 4,25 para chegar ao seu destino. No retorno, paga novamente as duas tarifas, tendo um custo diário de R$ 21,50. Com a integração, o custo passaria a ser de R$ 13,95, por dia, ou seja, uma economia de R$ 7,55, que representa 35,1%. Se forem considerados 22 dias úteis, no final do mês, a economia será de R$ 166,10, segundo informações da Comec.
A população de Fazenda Rio Grande tinha dúvidas sobre proposta, principalmente em relação à estrutura atual do terminal de passageiros da cidade.
Segundo usuários, em redes sociais, o terminal já fica lotado nos horários de pico com a s atuais linhas. A perda de ligações diretas com linhas que devem ser seccionadas também foi alvo de críticas.
No último dia 09 de março, o secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná (SEDU), João Carlos Ortega, se reuniu com o diretor- presidente e o diretor de Transportes da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC), respectivamente, Omar Akel e Marcos Scheremeta, o coordenador da RMC do Serviço Social Autônomo (Paranacidade), Francisco Santos, e os prefeitos de Quitandinha, Maria Júlia Wojcik, e o de Mandirituba, Luís Antônio Biscaia. O objetivo foi debater os estudos da nova integração.
Confira as linhas que seriam integradas no Terminal de Fazenda Rio Grande:
F72 – Fazenda/Mandirituba (Leblon Transporte de Passageiros)
F73 – Fazenda/Areia Branca (Leblon Transporte de Passageiros)
G11- Quitandinha/Pinheirinho (Transportes Coletivos Reunidas)
G12 – Areia Branca/Fazenda Rio Grande (Transportes Coletivos Reunidas)
G71 – Curitiba /Mandirituba (Transportes Coletivos Reunidas)
G72 – Curitiba/Areia Branca (Transportes Coletivos Reunidas)

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