Alckmin pede autorização ao BID para comprar portas-plataforma de Metrô
Publicado em: 7 de março de 2018
Empréstimo do Banco, no valor de R$ 111 milhões, estava destinado à Linha 5, que foi concedida à iniciativa privada. Governo quer realocar os recursos, e já pediu autorização também à Assembleia
ALEXANDRE PELEGI
Conforme anunciou com exclusividade o Diário do Transporte em 24 de fevereiro de 2018, o Governo do Estado de SP propôs à Assembleia Legislativa alterações em três leis, de 2008, 2011 e 2012, que permitirão que R$ 759,82 milhões que “sobraram” de custos de operações previstos para as linhas 5-Lilás do Metrô e 15-Prata do monotrilho, sejam remanejados para a conclusão das obras civis da linha 13 Jade da CPTM (São Paulo/Guarulhos – Aeroporto) e para a compra de 88 portas-plataforma para estações do Metrô já em operação.
Conforme divulgado pelo Diário, o Projeto de Lei 82, de 23 de fevereiro de 2018, de autoria do executivo, afirma que alterações dos projetos originais de linhas e a concessão das operações à iniciativa privada farão com que “sobrem” esses recursos.
No mesmo projeto de lei, o Governo apontou para uma “sobra” de US$ 111 milhões que foram obtidos por meio do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento para implantação e operação da Linha 5 – Lilás do Metrô. Com o dinheiro, o Governo manifestou a intenção de comprar e instalar 88 portas-plataforma nas estações do Metrô.
Na justificativa, a administração diz que o recurso foi economizado pela concessão à iniciativa privada da operação da linha 5-Lilás.
Como o recurso foi obtido junto ao BID, é necessária a autorização do banco, além da aprovação da Assembleia.
Nesta terça-feira, dia 6 de março, o governador Geraldo Alckmin pediu formalmente ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington (EUA), autorização para usar esta “sobra” para equipar as plataformas de metrô com portas automáticas.
A publicação no Diário Oficial diz:
“Face ao saldo existente de US$ 111 milhões do contrato de financiamento da Linha – 5 Lilás do Metrô, Trecho Treze – Chácara Klabin, assinado com Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID em setembro/2010 no valor de US$ 480,958 milhões, faz-se necessário a alteração da referida Lei para permitir que o Metrô possa utilizar o saldo existente do contrato da Linha 5 na Implantação de Portas de Plataforma nas Linhas Metroviárias”.
Relembre a notícia publicada pelo Diário do Transporte em 27 de fevereiro, que anunciou com exclusividade a intenção do Governo de SP:
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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em vez de emprestimo, privatiza e deixa os operadores comprarem as portas e usa a grana para hospitais e escolas. Mané.
Iniciativa privada não investi nada quer tudo mastigado e em época de eleição tem que agradar os padrinhos com dinheiro público.