São Paulo deve ter mais 60 ônibus elétricos e garagem terá placas solares para gerar energia

Mudanças ocorrem a partir da empresa Ambiental que opera na zona leste de São Paulo

ADAMO BAZANI

A Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta sexta-feira, 14 de julho de 2017,  que a cidade deve ter 60 ônibus elétricos no lugar de veículos a diesel.

As mudanças ocorrem na empresa Ambiental Transportes, que opera na zona Leste de São Paulo até a região central.

Ao Diário do Transporte, o diretor de marketing, novos negócios e sustentabilidade da BYD, Adalberto Maluf, empresa chinesa que fabrica ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo, disse no início desta tarde que a alimentação das baterias deste ônibus será por placas que captam a energia solar e transformaram em elétrica.

“O projeto é muito legal e a conta fecha, além de ambientalmente positivo, financeiramente se sustenta”

Na manhã de hoje a prefeitura apresentou um modelo da BYD com carroceria Caio, que o Diário do Transporte tinha antecipado na noite de ontem.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/07/13/bydcaio-millennium-ja-esta-em-garagem-de-sao-paulo/

O ônibus tem baterias com autonomia em torno de 300 quilômetros, dependendo das operações, e usa o sistema de frenagem regenerativa, que aproveita a energia gerada quando o ônibus frear.

As baterias podem ser carregadas em quatro horas na garagem e os ônibus possuem capacidade para 84 passageiros entre sentados e em pé.

A empresa Ambiental já opera com 200 trólebus que serão mantidos em serviço.

O modelo da BYD, feito em Campinas, no interior de São Paulo, recebe carroceria Caio Millenium IV, fabricada em Botucatu, também no interior paulista

Prefeito João Doria e secretário de mobilidade e transportes Sérgio Avelleda, em coletivo, confirmaram as informações anteriormente veiculadas pelo Diário do Transporte

Em nota, a BYD relaciona algumas características do modelo

Emissão zero de poluentes, silencioso, com autonomia de até 300 km por recarga e baixo custo de manutenção. O motor elétrico de imãs magnéticos da BYD está integrado a cada uma das rodas do eixo traseiro, contando com um módulo de controle eletrônico de tração. O chassi é de piso baixo, assim, não existem degraus para o embarque e desembarque de passageiros, gerando acessibilidade universal aos ônibus. Sua estrutura usa material de alta resistência à torção e uso intensivo. Freio a disco regenerativo com sistema ABS nas rodas dianteiras e traseiras, que proporcionam maio segurança e autonomia ao veiculo. Suspensão pneumática integral que gera conforto aos passageiros e ao motorista. Sistema de rebaixamento bilateral (ECAS) – permite o “ajoelhamento” da suspensão, aumentando o conforto e a segurança para embarque e desembarque de passageiros. Também é possível elevar a altura da carroceria para transpor alguns obstáculos das vias públicas. Coluna de direção regulável – permite a regulagem de acordo com as características de cada motorista, melhorando a questão de ergonomia. Oito anos de garantia para o trem de força. Atualmente o modelo K9 da BYD é o ônibus elétrico mais vendido em todo o mundo.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. davilson de abreu silva disse:

    são paulo é uma cidade diversa. Quando não tinhamos energia suficiente tinhamos uma rede de troleibus até grande para a época. quando temos suficiencia de energia ele´trica, facilidade de outras fontes de energia, a rede foi diminuida. Assim fica dificil.

  2. Arthur Lira disse:

    Bastante novidade com esses ônibus elétricos.
    Quando os empresários começarem a se interessar mais por esse tipo de transporte, um dia o meio ambiente terá uma solução.

  3. É incrível como no Brasil as autoridades ignoram a tecnologia desenvolvida pelas empresas brasileiras. O primeiro ônibus elétrico fabricado no Brasil não é este com tecnologia de tração elétrica chinesa. O primeiro ônibus elétrico fabricado no Brasil é BRASILEIRO com tecnologia desenvolvida pela ELETRA. O marketing não pode superar os fatos.
    Enquanto os países desenvolvidos preservam o seu maior patrimônio: o CONHECIMENTO, no Brasil as empresas brasileiras são ignoradas e preteridas na disputa de mercado com gigantes internacionais.
    Parabéns à BYD que merece todo o nosso respeito pelo belo desenvolvimento que possibilitou sua expansão mundial, que foi possível em grande parte pelo apoio do governo do seu país, que reconhece a importância do conhecimento para o desenvolvimento de uma nação.
    Iêda Maria Alves de Oliveira – Diretora ELETRA – Tecnologia Brasileira a Serviço da Sustentabilidade

    1. Andre disse:

      Parabéns por seu patriotismo Iêda Maria, todos seus argumentos estão corretos. Mas faço uma ressalva no sentido de que o monopólio de um segmento industrial gera elevado custo do produto, fazendo com que o cliente não tenha opção de compra. Isso também é um fato.
      Do ponto de vista de investimentos estrangeiros acho favorável que outras indústrias se instalem no Brasil para ajudar na geração de empregos. Enfim, deve ter faltado alguma barreira no mercado a ser superada pela Eletra que justifique essa rejeição do estado e empresariado a seu produto, mas por mim teriam mais Eletras no Brasil e com potencial de exportação.

      1. Paulo Gil disse:

        Andre, bom dia.

        Você colocou um ponto importante e como após ou meu comentário eu refleti mais um pouco, vou fazer uma colocação complementar aproveitando que você abordou o assunto.

        A Eletra tem de rever a atuação de sua área comercial e fazer um esforço de vendas mais expressivo.

        Isto com certeza aumentará a colocação dos produtos Eletra no mercado.

        A princípio creio que a BYD foi e está sendo mais atuante comercialmente.

        Abçs,

        Paulo Gil

    2. Paulo Gil disse:

      Iêda M. A. de Oliveira, boa noite.

      Você tem toda razão.

      Precisa ter muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita energia para ser empresário nesse Barsil.

      Além de um sócio parasita, as empresas nacionais tem um inimigo público e notório.

      Mas como diz o ditado:

      “Santo de casa não faz milagre.”

      Foquem nas exportações e esqueçam o Barsil.

      Alem do preterimento isto é uma ofensa a todos os colaboradores da Eletra, incluindo ai os seus donos.

      Att,

      Paulo Gil

    3. Arthur Lira disse:

      Concordo! Como vão querer uma solução se não valorizam o próprio país, que inovou primeiro, e desviam a atenção apenas para uma empresa internacional?

      Isso é um desrespeito à Eletra, que perde os créditos que merecia (mesmo que a BYD também merece atenção por investir nesse tipo de tecnologia, mas a Eletra foi responsável pelo pioneirismo no quesito).

  4. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Por que esse “BYD” ai tem capacete ???

    Os outros não tinham não.

    Vocês viram que uma das cores no painel da PMSP no primeiro vídeo é PRETO ??

    Acabou o azul ?????????

    Está bem contemporâneo, na cor da situação do Barsil – PRETO.

    Att,

    Paulo Gil

  5. Raphael disse:

    Um fato a ser observado é que a BYD mudou a ideia inicial em fabricar o ônibus completo aqui no Brasil e viu que era mais fácil fazer somente chassi e componente elétrico para as fabricantes de carrocerias em vez de entrar em concorrência com elas. E se tratando de SP, mais CAIO para a frota municipal…

  6. Rodrigo Zika! disse:

    Goste da iniciativa, apesar de ser Caio, não ficando no teste eterno esta valendo.

  7. Edson disse:

    Não tem dúvida que o governo Brasileiro, o BNDS, estão desacreditados como fomentadores de desenvolvimento e das novas tecnologias e das empresas brasileiras. Poderíamos citar o caso da Varig também.

    Porém, não podemos ficar parados no tempo. Se no momento a alternativa á essa, vamos acreditar. Só não soube quanto custa a nova tecnologia e quem está financiando.

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