Goiânia retoma obra de BRT

Obra lançada em 2015 tinha previsão para ser entregue em 20 meses, mas foi interrompida por falta de verba

ALEXANDRE PELEGI

Após seis meses de paralisação as obras do BRT de Goiânia foram finalmente retomadas. A atual administração negociou com o consórcio formado pelas empresas EPC e WVG uma dívida de R$ 11 milhões para que o serviço fosse reiniciado.

A obra, lançada em 2015, tem causado transtornos aos moradores da cidade, a ponto do atual prefeito Íris Rezende, que tomou posse em janeiro deste ano, se referir ao corredor como um “trambolho de concreto”. O pouco que havia sido construído acabou sendo utilizado para outras atividades, como pista de caminhada e estacionamento.

Com a obra retomada, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Fernando Cozetti, garante que o impacto e os benefícios serão enormes. “Grande quantidade de bairros atendidos, de usuários, com ônibus modernos, apoio tecnológico, o que trará segurança, comodidade e economia de tempo em vias exclusivas”, disse o secretário ao jornal O Popular.

OBRA FOI LANÇADA EM 2015:

A Prefeitura de Goiânia anunciou o BRT em março de 2015, um corredor exclusivo que ligaria as regiões norte e sul da capital. A solenidade, com a presença do consórcio formado pelas empresas Isolux, EPC e WVG, contou com a presença da então presidente da República, Dilma Rousseff. À época a obra estava orçada em R$ 242 milhões, e deveria ser iniciada em 30 dias.

Na solenidade divulgou-se que o BRT, com extensão de 21,8 km, atenderia pelo menos 148 bairros da capital e de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Com 93 ônibus – 28 veículos articulados e 65 convencionais -, distribuídos em quatro linhas, a expectativa era de que cerca de 120 mil pessoas usem o transporte diariamente.

A obra, com previsão de término em 20 meses (era para ser entregue em março de 2017), quase não andou, e chegou a ficar parada por seis meses por falta de verba. Segundo informa o Portal da Transparência, apenas 2,4% da obra foi concluída. Já a Prefeitura garante que 21% das obras foram concluídas.

PROJETO:

O projeto do BRT pretende não somente mudar o transporte coletivo de Goiânia, como influenciar no aspecto urbanístico da cidade. As calçadas serão refeitas e padronizadas com acessibilidade total. A obra, que vai impactar na organização do trânsito, vai proporcionar mais segurança viária. O trecho do BRT receberá nova iluminação, sensores e câmeras de monitoramento com funcionamento 24 horas.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Eeeeeeeeee Goiaaaaaaaaania.

    E isso ai o BRT Anhanguera ja tem um tempao.

    Pau na maquina.

    Goias e o futuro do Brasil.

    Goiania sim, todo buzao precisa de ar condicionado.

    Ai tem calor, sol e vida.

    Quem sabe um dia eu vou morar em Goias e num volto nunca mais pra Sampa..

    Parabens Goiania.

    Att,

    Paulo Gil

  2. O.Juliano disse:

    Conhecendo a realidade atual que é o precário sistema de BRT de Goiânia que, embora os ônibus rodem normalmente, tem acesso às plataformas não facilitado, um grande número de assaltos e arrastões, sem suporte necessário em dias de grandes eventos (pior dia: Goiás x Vila), além dos ônibus já estarem muito mal cuidados e a infraestrutura ser feia que dói, fica difícil, pra não dizer impossível, acreditar que isso um dia irá sair do papel. No vídeo, a apresentação é linda e magnífica, mas a realidade e a cultura local é completamente outra.

    Mais um projeto pra lista do sonhado “Brasil 1º Mundo” que sabe lá quando será possível realizar.

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